MOSTRA NO CINE HUMBERTO MAURO EXIBE FILMES CLÁSSICOS DE FANTASIA DOS ANOS 80, COMO “A HISTÓRIA SEM FIM”, “CONAN O BÁRBARO’ E EXCALIBUR”

Quinta edição do projeto “Estudos de Cinema” terá sessões nas tardes de todas as sextas-feiras de julho; serão exibidos seis filmes, com um debate de encerramento


Estudos de Cinema | Ciclo V – “As dimensões da fantasia”

Datas: 5/7, 12/7, 19/7 e 26/7 (sempre às sextas-feiras)

Horários: consultar a programação

Local: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes

(Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte)

Classificações indicativas: consultar a programação

Entrada gratuita, com retirada de ingressos a partir de 1 hora antes de cada sessão, na bilheteria do cinema


A Princesa Prometida

No mês de julho, a quinta edição do projeto “Estudos de Cinema” traz uma seleção de filmes que exploram o imaginário, as lendas e os mitos que nos encantam e inspiram há gerações, como “A História Sem Fim” (1984), “Conan, o Bárbaro” (1982) e “Excalibur” (1981). Mergulhando no universo fantástico dos anos 80, as exibições do ciclo “As dimensões da fantasia” ocorrerão nas tardes de todas as sextas-feiras de julho, dias 5/7, 12/7, 19/7 e 26/7 no Cine Humberto Mauro. Serão seis filmes divididos em quatro recortes, além de um debate ao final da última sessão sobre o tema do ciclo, ministrado pelo professor José Ricardo Miranda Jr. e com certificado de participação. Todas as sessões do Cine Humberto Mauro são gratuitas. Os ingressos podem ser retirados a partir de 1 hora antes das exibições, na bilheteria do cinema. 

O “Estudos de Cinema” é um projeto lançado em março deste ano. A curadoria é feita pelo professor José Ricardo Miranda Jr., e a iniciativa celebra a parceria entre a plataforma “De Filme em Filme”, criada por ele, e o Cine Humberto Mauro. O objetivo é proporcionar ao público a oportunidade de explorar e aprender sobre cinema de maneira contínua e integrada, com a intenção de ampliar a compreensão e apreciação da sétima arte. No quinto ciclo do “Estudos de Cinema”, o recorte escolhido – filmes de fantasia da década de 1980 – é uma maneira de entender a relação histórica da produção cinematográfica desse período com o contexto em que as obras estavam inseridas. 

“Historicamente, o cinema de fantasia tem sido um palco de representações do imaginário, e nele se projeta um mundo fabular. Claro que todo o cinema, em alguma dimensão, faz isso, mas é no cinema de fantasia que a capacidade humana de imaginação transcende os limites da materialidade imediata, do real, criando situações que ajudam a entender as diversas dimensões do humano e do estar no mundo. A década de 1980 foi muito especial nesse sentido, pois raramente os filmes de fantasia foram tão sombrios quanto os desta época. Esse ciclo é uma chance para repensar, redescobrir e discutir essas obras, e traz a possibilidade de pensar esses filmes fora de uma dimensão meramente de entretenimento, embora eles certamente também sejam profundamente divertidos”, explica o curador da mostra, José Ricardo Miranda Jr.

O Ministério da Cultura, o Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam “Estudos de Cinema”. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm Patrocínio Master da Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal e correalização da APPA – Cultura e Patrimônio. Governo Federal, Brasil. União e Reconstrução.

A História Sem Fim

Os encantos da fantasia – Nesta edição do “Estudos de Cinema”, o primeiro dia (5/7) tem como tema a lendária espada do Rei Arthur. Será exibido o filme “Excalibur”, conto cinematográfico sobre a clássica lenda do rei e seus cavaleiros da Távola Redonda em busca do Santo Graal. A segunda sessão (12/7) aborda “O ato narrativo”, com “A Princesa Prometida” e “A História Sem Fim” (1984). “O ‘Excalibur’ é um filme já célebre. Ele abre a década determinando e desenhando um pouco o que vai ser esse período em termos do cinema de fantasia, do cinema que está tentando lidar com esses elementos do imaginário e até das questões espirituais. A sessão seguinte reflete sobre o que é o gesto de contar e o gesto de tentar traduzir uma experiência para o outro, e conta com dois grandes filmes dos anos 80, ‘A História Sem Fim’ e ‘A Princesa Prometida’. Ambos dizem respeito ao gesto de contar uma história, seja pelo método escrito ou verbal, e falam sobre o poder de fabular e de imaginar um mundo paralelo que dê conta de questões do nosso mundo. E, ao dar conta delas, se possibilita sonhar com um mundo melhor e com uma reconstituição e reconstrução do mundo em que nós vivemos”, conta José Ricardo. 

Na terceira semana da mostra, que reflete sobre o tema “Em busca do Grande Prêmio”, serão exibidos “Highlander – O Guerreiro Imortal” (1986) e “O Feitiço de Áquila” (1985). “Essa é uma das sessões mais interessantes e aborda um dos temas mais populares do cinema de fantasia, que são as quests, as buscas por prêmios. Mas, nesse caso, abordamos as ideias mais imateriais de prêmio, distanciando-se da ideia do cálice sagrado ou de uma espada específica. Os filmes desta sessão estão buscando quase questões imateriais, que dizem respeito diretamente ao espírito ou à própria existência. ‘Highlander’ tem um dos prêmios mais interessantes da história: o prêmio da própria mortalidade, da finitude da existência e da ressignificação e de uma percepção ampliada do mundo e das pessoas. Já em ‘O Feitiço de Áquila’, o grande prêmio que pode ser entregue a dois seres humanos é a possibilidade de estabelecer uma relação afetiva e amorosa”, relata o curador da mostra. 

Na última sessão (26/7), será exibido “Conan, o Bárbaro”, para discutir o universo espiritual na fantasia. “O filme tem um espiritual muito constatado e muito material, que diz respeito ao estar no mundo e negar a dimensão espiritual dele. ‘Conan’ deve muito mais ao cinema da Nova Hollywood, ao cinema setentista.  Ele está muito mais perto da lógica de um filme como ‘Taxi Driver’ do que propriamente a outros filmes de fantasia do período, que vão tentar, com muito sucesso, se distanciar desse cinema da Nova Hollywood. E o ‘Conan’ me parece profundamente conectado a isso: uma espécie de errância, com personagens que não têm muita perspectiva e que estão meio soltos na existência, negando a dimensão que claramente se apresenta a eles, e, de certa forma, desconectados disso e conectados em absoluto com a materialidade”, diz o professor José Ricardo. Após essa exibição, haverá o debate de encerramento do quinto ciclo.

Conan, O Bárbaro

PROGRAMAÇÃO – Ciclo “As dimensões da fantasia”

5/7 – SESSÃO “EXCALIBUR”

15h Excalibur (John Boorman, EUA – Reino Unido, 1981) | 16 anos | 2h20

12/7 –  SESSÃO “O ATO NARRATIVO”

15h A Princesa Prometida (The Princess Bride, Rob Reiner, EUA, 1987) | Livre | 1h38

17h A História Sem Fim (The NeverEnding Story, Alemanha – EUA, Wolfgang Petersen, 1984) | Livre | 1h42

19/7 – SESSÃO “EM BUSCA DO GRANDE PRÊMIO”

15h Highlander – O Guerreiro Imortal (Highlander, Russell Mulcahy, Reino Unido – EUA, 1986) | 16 anos | 1h56

17h15 O Feitiço de Áquila (Ladyhawke, Richard Donner, EUA – Itália – Reino Unido, 1985) | 14 anos | 2h

26/7 – SESSÃO “MANIFESTAÇÕES DO ESPIRITUAL”

15h Conan, o Bárbaro (Conan the Barbarian, John Milius, EUA – México, 1982) | 14 anos | 2h10

17h30 Debate com o prof. José Ricardo Miranda Jr. 

Highlander

CINE HUMBERTO MAURO – Um dos mais tradicionais cinemas de Belo Horizonte, o Cine Humberto Mauro foi inaugurado em 1978. Seu nome homenageia um dos pioneiros do cinema brasileiro, o mineiro Humberto Mauro (1897-1983), grande realizador cinematográfico. Com 129 lugares, possui equipamentos de som Dolby Digital e para exibição de filmes em 3D e 4K. Nestes mais de 45 anos de existência, a Fundação Clóvis Salgado tem investido na consolidação do espaço como um local de formação de novos públicos a partir de programação diversificada, bem como através da criação de mecanismos de estímulo à produção audiovisual, com a realização do tradicional FestCurtasBH – Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte, e o Prêmio Estímulo ao Curta-metragem de Baixo Orçamento. O Cine Humberto Mauro também é um importante difusor do conhecimento ao promover cursos, seminários, debates e palestras. Sessões permanentes e comentadas também têm espaço cativo a partir das mostras História Permanente do Cinema, Cinema e Psicanálise, Curta no Almoço, entre outros. Todas as atividades do Cine Humberto Mauro são gratuitas.

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.  A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.


Texto: Fundação Clóvis Salgado


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