A Fundação Clóvis Salgado realiza o concerto de premiação doVIII Concurso para Jovens Solistas da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. Nesta edição, foram cinco selecionados na categoria Instrumento, e os contemplados irão se apresentar ao lado da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, sob regência de Roberto Tibiriçá, em edições especiais das séries Sinfônica ao Meio-Dia, na terça-feira (04/04), e Sinfônica em Concerto, na quarta-feira (20h30). O concerto de gala, na quarta-feira, contará com a ilustre participação do padrinho dessa premiação, Arthur Moreira Lima. Os concertos contarão com um profissional intérprete de LIBRAS para o acompanhamento das ações e orientação ao público PCD auditivo nos espaços que dão acesso ao teatro (hall e foyer).
Os vencedores do VIII Concurso para Jovens Solistas da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais são a oboísta Laila Farinha Rodrigues, os pianistas Jordan Alexander Gomes Rodrigues Pereira e Emilly Alberto Souza, e os violinistas Gabriel de Almeida Oliveira e João Pedro Ferraz dos Santos Silva.
Na terça-feira (4), durante a série Sinfônica ao Meio-Dia, alguns dos vencedores interpretarão trechos das peças que integram o repertório do Concerto. Já a versão integral da apresentação, com participação de todos os vencedores, será na quarta-feira (5), na série Sinfônica em Concerto. O repertório contará com o primeiro movimento do “Concerto para violino e orquestra em Ré Maior, op. 77”, de Johannes Brahms, com solo de Gabriel de Almeida, seguido do primeiro movimento do “Concerto para oboé e orquestra em Dó Maior, KV314”, de Wolfgang Amadeus Mozart, com solo de Laila Rodrigues, e do primeiro movimento de “Concerto para violino e orquestra em Ré Maior op. 35”, de Piotr Tchaikovsky, com solo de João Pedro Ferraz.
Após o intervalo, o pianista Arthur Moreira Lima interpreta o segundo movimento de “Concerto para piano e orquestra n. 23 em Lá Maior, K. 488”, de Wolfgang Amadeus Mozart. A apresentação se encerra com o solo de Jordan Alexander para o segundo movimento de “Concerto para piano e orquestra n.2, op. 22”, de Camille Saint-Säens, seguido do primeiro movimento de “Concerto para piano e orquestra em Sol Maior”, de Maurice Ravel, com solo de Emilly Alberto.
Promovido pela FCS desde 2010, o concurso é uma iniciativa que busca ampliar as oportunidades no mercado de trabalho da música erudita para os que estão no início de carreira. Como prêmio maior, além de visibilidade, os cantores e músicos podem desfrutar do ambiente típico de um grande concerto, ao lado dos corpos artísticos da Fundação Clóvis Salgado, interpretando composições do repertório erudito mundial.
Para o presidente da FCS, Sérgio Rodrigo Reis, a manutenção do concurso é uma importante iniciativa. “O Concurso Jovens Solistas da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais permite que, a cada edição, novos talentos da música sinfônica sejam revelados. Já consolidado no cenário musical, o concurso é uma forma de projetar a carreira dos selecionados em âmbito nacional, ampliando e difundindo a arte do fazer musical erudito”, destaca a presidente.
Segundo Roberto Tibiriçá, a oportunidade de participar de um concerto ao lado da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais é de máxima importância para a carreira de um jovem cantor. Além disso, Tibiriçá destaca a relevância da disputa como um processo de troca de aprendizados. “O concurso valoriza não só o jovem, como também premia indiretamente os professores, que são os educadores responsáveis por esse sucesso”, afirma. O maestro ressalta, ainda, a oportunidade única dada aos vencedores de se apresentarem ao lado de uma grande orquestra. “O início da trajetória desses artistas é limitado a apresentações de pequena escala, e um evento dessa magnitude proporciona um grande diferencial na carreira de cada um”.
A banca de avaliação teve Roberto Tibiriçá como presidente. Regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais de 2010 a 2013 e titular da cadeira de nº 5 da Academia Brasileira de Música, o maestro foi, também, vencedor do prêmio de Jovem Regente da Osesp – Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo nos anos de 1983 e 1984, onde passou a ser o Principal Regente-Convidado, atuando por quase 18 anos ao lado do Maestro Eleazar de Carvalho, criador do Concurso de Jovem Regente da Osesp. Em 2010, o maestro sugeriu o concurso em igual formato para a FCS.
Concurso Jovens Solistas – O VII Concurso para Jovens Solistas da OSMG busca prestigiar o talento do jovem estudante de música erudita brasileiro, além de oferecer a oportunidade para os selecionados se apresentarem ao lado de Corpos Artísticos profissionais, revelando seu talento para o público, crítica especializada e para o mercado de trabalho.
Roberto Tibiriçá – Nascido em São Paulo (SP), Roberto Tibiriçá, dentre os muitos prêmios e honrarias que recebeu, destacam-se o XIII e XIV Prêmio Carlos Gomes como Melhor Regente Sinfônico; a Grande Ordem do Ipiranga (SP); a Grande Medalha Presidente Juscelino Kubitschek (MG) e o Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) como Melhor Regente. Ocupa a Cadeira Nº 5 da Academia Brasileira de Música. Em maio de 2018 foi eleito Membro Honorário da Academia Nacional de Música.
Arthur Moreira Lima – Começou a estudar piano aos seis anos de idade, tendo por professora Lúcia Branco que também tivera por alunos nomes como Tom Jobim ou Nelson Freire. Aos oito, tocou um concerto de Mozart com a Orquestra Sinfônica Brasileira. Seus mestres foram Lúcia Branco (Rio de Janeiro), Marguerite Long (Paris) e Rudolf Kehrer (Conservatório Tchaikovsky de Moscou). Moreira Lima projetou-se internacionalmente na Competição Internacional de Piano Frédéric Chopin de 1965, em que conseguiu o segundo lugar. Laureou-se também em várias outras competições, incluindo a também prestigiosa Competição Internacional Tchaikovsky de 1970, ficando em terceiro lugar. Moreira Lima apresentou-se em diversas salas de concerto através da Europa e da América Latina e também nos Estados Unidos e na Rússia. É considerado um grande intérprete de compositores românticos como Chopin e Liszt e também de modernistas tais como Prokofiev e Villa-Lobos. Notabilizou-se também como um intérprete da música popular brasileira, gravando Ernesto Nazareth e clássicos do repertório do choro e do samba.
Orquestra Sinfônica de Minas Gerais – Considerada uma das mais ativas do país, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre, na capital e no interior de Minas Gerais. Seu atual regente titular é Silvio Viegas. Criada em 1976, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais em 2013. Participa da política de difusão da música sinfônica promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, a partir da realização dos projetos Concertos no Parque, Concertos Comentados, Sinfônica ao Meio-dia, Sinfônica em Concerto, além de integrar as temporadas de óperas realizadas pela FCS. Mantém permanente aprimoramento da sua performance executando repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, do barroco ao contemporâneo, além de grandes sucessos da música popular, com a série Sinfônica Pop. Já estiveram à frente da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais os regentes Wolfgang Groth, Sérgio Magnani, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Aylton Escobar, Emílio de César, David Machado, Afrânio Lacerda, Holger Kolodziej, Charles Roussin, Roberto Tibiriçá e Marcelo Ramos.
Texto: Fundação Clóvis Salgado
Foto: Divulgação