CINE HUMBERTO MAURO RECEBE 3ª EDIÇÃO DE MOSTRA COM FILMES RECÉM LANÇADOS NA ARGENTINA 

Programação gratuita contará com sete filmes dirigidos por mulheres argentinas e participação de Maria Laura Vasquez, que assina “A rebelião das flores”


3ª Mostra de Cine Argentino de Mujeres

Data: 29, 30 e 31 de maio   

Horários: consultar a programação

Local: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes

Entrada gratuita

Classificação indicativa: consultar a programação

Informações para o público: (31) 3236-7400


La Rebelión de Las Flores. (Crédito: María Laura Vásquez)

Nas últimas décadas, tornou-se comum acompanhar a indicação e a premiação de filmes argentinos nos eventos mais consagrados da sétima arte, como o Oscar e o Festival de Cannes. Obras como “A História Oficial”, “O Segredo dos Seus Olhos” e “Argentina, 1985” até hoje percorrem o mundo mostrando como os cineastas argentinos interpretaram alguns dos episódios mais marcantes da história recente do país, como a ditadura militar e a reconquista da democracia.

Uma questão fundamental, no entanto, é que estas e outras produções icônicas foram dirigidas e protagonizadas por homens, deixando com isso uma nova página a ser escrita: como as diretoras, roteiristas e atrizes argentinas enxergam estes e outros fenômenos que definiram, ao longo dos séculos, o país que a Argentina se tornou?      

Para mostrar ao público obras recém-lançadas e construídas sob o ponto de vista feminino, o Cine Humberto Mauro recebe, nos próximos dias 29, 30 e 31 de maio, a “3ª Mostra de Cine Argentino de Mujeres”. A programação é gratuita e contará também com palestras, sessões comentadas e a presença da diretora argentina Maria Laura Vasquez, responsável pelo longa-metragem “A rebelião das flores (La Rebelión de Las Flores, 2022) ”.   

O Ministério da Cultura, o Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam ”3ª Mostra de Cine Argentino de Mujeres”. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm Patrocínio Master da Cemig e do Instituto Cultural Vale, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal e correalização da APPA – Cultura & Patrimônio. Governo Federal – Brasil. União e Reconstrução.

O mês de maio foi escolhido para a exibição da mostra em convergência com duas datas simbólicas. A primeira é o 24 de maio, que celebra o Dia Internacional das Mulheres pela Paz e pelo Desarmamento. Já a segunda é o 25 de maio, data que marcou a Revolução Argentina, movimento ocorrido em 1810 e que levou à formação do primeiro governo patriótico do país, mesmo que seis anos antes da Independência da Argentina, declarada em 1816.

A programação inclui sete filmes, sendo um curta e seis longas-metragens, todos eles lançados a partir de 2017. Destaque para “O Vento que Arrasta” (2023), de Paula Hernández, que será exibido pela primeira vez no Brasil, e “A rebelião das Flores” (2022), da diretora convidada Maria Laura Vasquez, que retrata um fato histórico ocorrido em outubro de 2019, quando um grupo de mulheres indígenas de territórios em conflito se mobilizaram e ocuparam pacificamente o Ministério do Interior Argentino por onze dias, exigindo o fim do “terricídio” em suas comunidades.   

A curadora da mostra é a realizadora audiovisual argentina Luisina López Ferrari, que reside em Belo Horizonte desde 2011. Segundo a coordenadora da Mostra de Cinema Argentino de Mulheres (MCAM), “o recorte curatorial desta edição foi idealizado justamente para enaltecer essas duas datas. Veremos na tela mulheres que foram para a guerra, outras que estiveram no campo de batalha para reconhecer o corpo de seus filhos, irmãos, pais ou companheiros. Mulheres em luto e na luta por seus direitos básicos, mulheres que cuidam, que acolhem e criam redes”, explica Luisina. 

A ”3ª Mostra de Cine Argentino de Mujeres” será não apenas uma oportunidade de dar voz e visibilidade às cineastas cujos trabalhos serão exibidos, mas também de mostrar sua habilidade de provocar uma reflexão sobre questões sociais e humanas. A programação foi idealizada de forma a proporcionar um espaço de encontros e interações em que o público será convidado não apenas a assistir, mas também se envolver com as obras apresentadas.

De acordo com o gerente de Cinema da Fundação Clóvis Salgado, Vitor Miranda, a realização da mostra reafirma a vocação do Cine Humberto Mauro de fomentar e promover debates sobre temas fundamentais da contemporaneidade. “Desde sua primeira edição, em 2019, a Mostra de Cinema Argentino de Mulheres em Belo Horizonte vem se destacando como um grande sucesso de público. Para nós será mais uma vez um privilégio exibir os filmes, principalmente porque eles serão alternados com uma série de ações formativas que contarão inclusive com a honrosa presença de algumas destas mulheres que seguem construindo o cinema argentino feminino”, conclui.  

Os ingressos são gratuitos e deverão ser retirados uma hora antes de cada sessão na bilheteria do cinema.  

La Novia del Desierto. (Crédito: Cecilia Atán e Valeria Pivato )

Confira a programação:      

29/05 QUA

17h Sessão de Abertura

As Aspirantes (Las Aspirantes, Gretel Suárez, ARG, 2017) Livre | 16 min

Matria (Jimena Chaves, ARG, 2022) Livre | 1h10

19h A rebelião das flores (La Rebelión de Las Flores, Maria Laura Vasquez, ARG, 2022) Livre | 1h21 | Sessão com a presença da diretora Maria Laura Vasquez.

20h30 Roda de conversa com a curadoria da mostra e a diretora Maria Laura Vasquez | Sessão com intérprete de libras e tradução consecutiva espanhol/português.

21hs Show musical com o Duo argentino-brasileiro “Matecitos”, composto por Lígia Constante y Álvaro Terroba, que prepararam um repertório de acordo à curadoria da mostra.

30/05 QUI

17h As Aspirantes (Las Aspirantes, Gretel Suárez, ARG, 2017) Livre | 16 min | Exibição com recursos de acessibilidade: legenda descritiva e audiodescrição | Sessão comentada pela curadora da mostra.

18h Los peces también saltan (Diana Cardini, ARG, 2019) Livre | 1h02

20h Menina mãe (Niña Mamá, Andrea Testa, ARG, 2019) Livre | 1h07

21h20 PALESTRA | A vida continua, uma conversa sobre vida, morte, luto (a) das mulheres – ministrada por Denise Flores, Produtora audiovisual e Doula da Morte | Com roda de conversa com a curadoria da mostra | Palestra com intérprete de libras.

31/05 SEX

15h A Noiva do Deserto (La Novia del Desierto, Cecília Atán, Valeria Pivato, ARG, 2017) 12 anos| 1h18

17h Sessão de Estreia | O Vento que Arrasa (El viento que arrasa, Paula Hernández, ARG, 2023) 14 anos | 1h34

19h PALESTRA | Por corpos, territórios e deslocamentos: contra-gestos políticos e espirituais de mulheres argentinas –  ministrada pela Prof. Dra. Roberta Veiga | Palestra com intérprete de libras.

20h A Rebelião das Flores (La Rebelión de Las Flores, Maria Laura Vasquez, ARG, 2022) Livre | 1h21 | Sessão com a presença da diretora Maria Laura Vasquez.

21h30 Roda de conversa com a equipe de curadoria da mostra, Roberta Veiga e Maria Laura Vasquez. | Roda de conversa com intérprete de libras e tradução consecutiva espanhol/português.

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.  A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.


Texto: Fundação Clóvis Salgado


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