MOSTRA “CLÁSSICAS: MULHERES NA DIREÇÃO” CELEBRA CINEMA ÁRABE FEMININO

Serão exibidos filmes inéditos em Belo Horizonte, feitos em países como Egito, Líbano, Palestina e mais; iniciativa visa ampliar o acesso do público a obras culturalmente ricas e historicamente significativas


Mostra “Cinema Árabe Feminino”

Data: 22/3 (sexta-feira) a 24/3 (domingo)

Horários: Consultar a programação

Local: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes

(Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte)

Classificações Indicativas: Consultar a programação

Entrada gratuita, com retirada de ingressos a partir de 1 hora antes de cada sessão, na bilheteria do cinema

Informações para o público: (31) 3236-7400


Ouroboros, 2017. (Crédito: Basma Alsharif)

Na reta final da mostra “Clássicas: Mulheres na Direção”, o Cine Humberto Mauro irá promover uma celebração do talento das diretoras árabes. Com uma seleção exclusiva de filmes nunca antes exibidos em Belo Horizonte, a mostra “Cinema Árabe Feminino” é uma oportunidade para explorar obras culturalmente ricas e historicamente significativas. Os filmes apresentados são fruto de colaborações entre diversos países, incluindo Argélia, Tunísia, Egito, Líbano, Palestina, Marrocos e Síria, e abrangem uma ampla variedade de formatos e gêneros, desde curtas à longas-metragens de ficção e documentários. As obras serão exibidas nos dias 22/3 (sexta-feira), 23/3 (sábado) e 24/3 (domingo), com entrada gratuita e retirada de ingressos a partir de 1 hora antes de cada sessão, na bilheteria do cinema. Analu Bambirra, idealizadora da mostra, além de produtora executiva, diretora, curadora e distribuidora de curtas-metragens, fará comentários sobre alguns dos filmes exibidos no sábado.

“A ideia da Mostra de Cinema Árabe Feminino surge com a constatação de que não temos acesso às cinematografias árabes, muito menos àquelas dirigidas por mulheres. Era – e é – necessário que esses filmes fossem vistos e discutidos. Quais estéticas e temáticas carregam? Quais imagens são essas, o que elas nos falam, como elas nos atravessam? Ao longo do tempo, exibimos um grupo de mais de 70 filmes, de diversas temáticas, estéticas e gêneros, sempre propondo essa discussão e reflexão”, conta Analu.

O Ministério da Cultura, o Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam “Cinema Árabe Feminino”. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm Patrocínio Master da Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal e correalização da APPA – Arte e Cultura. Governo Federal, Brasil. União e Reconstrução.

Múltiplas visões sobre o mundo árabe – Dentre as obras da mostra, destaca-se a sessão “Trilogia Futurista + In Vitro”, que será comentada por Analu Bambirra e ocorrerá no sábado (23/3), às 17h, apresentando curtas-metragens dirigidos pela palestina Larissa Sansour. “Um Êxodo Espacial” (2008) e “Patrimônio Nacional” (2012) oferecem visões futurísticas e provocativas do conflito no Oriente Médio. Enquanto o primeiro reimagina uma Palestina alcançando as estrelas em uma odisseia espacial, o segundo apresenta uma solução distópica e humorada para o impasse político, com toda a população palestina vivendo em um arranha-céu monumental. Já em “No futuro, eles comiam da melhor porcelana”, um grupo de resistência realiza ações simbólicas para influenciar a narrativa histórica e reivindicar suas terras em um mundo em constante mudança. “In Vitro” (2019) oferece uma reflexão sobre a humanidade e seu impacto no ambiente, assim como “Ouroboros” (2017), de Basma Alsharif, exibido às 19h30 do mesmo dia, que explora conceitos de ciclo e renascimento em meio à paisagem desolada da Faixa de Gaza. “In Vitro” e “No futuro, eles comiam da melhor porcelana” também ficarão disponíveis na plataforma CineHumbertoMauroMais por 48 horas, a partir das 22h do dia 22/3 até às 22h do dia 24/3.

In Vitro. (Crédito: Søren Lind, Larissa Sansour)

“Forrageadores” (2022), dirigido por Jumanna Manna, nos conduz através das paisagens da Palestina/Israel, onde a prática ancestral de busca e coleta de plantas silvestres se torna um ato de resistência diante das leis de proteção da natureza. Com um humor sarcástico e ritmo meditativo, o filme explora não apenas as restrições impostas sobre os forrageadores, mas também as profundas conexões culturais e ecológicas que estão em jogo. Já “Era uma vez Beirute” (1994), da pioneira do cinema libanês Jocelyne Saab, nos transporta para o Líbano em meio à devastação da guerra, onde duas amigas embarcam em uma jornada cinematográfica para redescobrir a alma da cidade através das memórias preservadas em filmes. Em uma celebração nostálgica, o cinema não apenas oferece um vislumbre do passado, mas também lança uma luz de esperança para o futuro de Beirute.

CINE HUMBERTO MAURO – Um dos mais tradicionais cinemas de Belo Horizonte, o Cine Humberto Mauro foi inaugurado em 1978. Seu nome homenageia um dos pioneiros do cinema brasileiro, o mineiro Humberto Mauro (1897-1983), grande realizador cinematográfico. Com 129 lugares, possui equipamentos de som Dolby Digital e para exibição de filmes em 3D e 4K. Nestes 45 anos de existência, a Fundação Clóvis Salgado tem investido na consolidação do espaço como um local de formação de novos públicos a partir de programação diversificada, bem como através da criação de mecanismos de estímulo à produção audiovisual, com a realização do tradicional FestCurtasBH – Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte, e o Prêmio Estímulo ao Curta-metragem de Baixo Orçamento. O Cine Humberto Mauro também é um importante difusor do conhecimento ao promover cursos, seminários, debates e palestras. Sessões permanentes e comentadas também têm espaço cativo a partir das mostras História Permanente do Cinema, Cinema e Psicanálise, Curta no Almoço, entre outros. Todas as atividades do Cine Humberto Mauro são gratuitas.

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.  A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.


Texto: Fundação Clóvis Salgado


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