ORQUESTRA SINFÔNICA E CORAL LÍRICO DE MINAS GERAIS INTERPRETAM A “PETITE MESSE SOLENNELLE”

Regente convidado completou 70 anos em janeiro de 2024 e será homenageado, no palco do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, pela Diretoria da Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais, em função da outorga do Diploma de Doutor em Música, por Notório Saber a ser entregue pela instituição ao maestro nesta ocasião. Os concertos também contarão com os solistas Lorena Pires, Edineia de Oliveira, Daniel Umbelino e Sávio Sperandio


Concertos da Liberdade | “Petite Messe Solennelle”

Data: 20/3 (quarta-feira)

Horário: 20h

Local: Grande Teatro Cemig Palácio das Artes

(Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte)

Classificação Indicativa: Livre

Ingressos!

Primeiro lote por R$20 a inteira e R$10 a meia-entrada, até o dia 10/3; a partir do dia 11/3, venda do segundo lote, por R$30 a inteira e R$15 a meia-entrada

Informações para o público: (31) 3236-7400


Maestro Roberto Tibiriçá. (Crédito: Paulo Lacerda)

O compositor italiano, Gioachino Antonio Rossini (1792-1868), em parcos 20 anos, escreveu 37 ou 39 óperas. Depois, inexplicavelmente, exerceu 40 anos de “dolce far niente”. Morreu aos 76 anos, fazendo festas e saraus musicais em Paris, bem longe de Sevilha e seus barbeiros. Em 1863, compôs a magistral “Petite Messe Solennelle”, (Pequena Missa Solene), “o último de meus pecados da velhice”.

Dia 9 de agosto de 2023, o maestro convidado da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG), Roberto Tibiriçá, mancando, adentrou o palco do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. Desculpando-se, com o característico bom humor, ele confessou terrível dor do nervo ciático, mas executou, impecavelmente, mais uma edição do “Concertos da Liberdade – Convite à Valsa”. No fim, foi como se a batuta tivesse sido substituída por uma varinha de condão, “a dor tomou Sumiu, subiu no telhado e o nervo ciático virou apenas mais uma corda no violino do Spalla, Alexandre Kanji”. A próxima apresentação de “Concertos da Liberdade”, com o mesmo Tibiriçá à frente, traz a famosa “Petite Messe Solennelle”; somada a mais uma notória e merecida homenagem ao maestro.

Homenagem merecida porque Tibiriçá, que acaba de completar 70 anos, dia 5 de janeiro, promete ir longe. E na companhia dos Grandes Mestres, incluindo Rossini, outro recente aniversariante, do dia 29 de fevereiro. Nosso presente de aniversário vem a seguir.

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e o Coral Lírico de Minas Gerais (CLMG) interpretam um dos grandes exemplares da música litúrgica, a “Petite Messe Solennelle” de Rossini. Esta obra-prima coral-sinfônica destaca-se pela fusão de elementos sacros e operísticos, representando uma síntese do talento do compositor. Os corpos artísticos da Fundação Clóvis Salgado (FCS) serão regidos pelo maestro Roberto Tibiriçá. Participam também os solistas Lorena Pires (soprano), Edineia de Oliveira (mezzosoprano), Daniel Umbelino (tenor) e Sávio Sperandio (baixo-barítono). A apresentação, que integra a série “Concertos da Liberdade” e o projeto “Minas Santa”, acontece no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes dia 20/3 (quarta-feira), às 20h. O primeiro lote de ingressos já está à venda, por R$20 a inteira e R$10 a meia-entrada, até o dia 10/3; a partir do dia 11/3 começa a venda do segundo lote, por R$30 a inteira e R$15 a meia-entrada. A classificação indicativa dos concertos é livre.

Para além de celebrar o talento da OSMG, do CLMG, dos solistas convidados e do próprio autor da “Petite Messe Solennelle”, esta edição da série “Concertos da Liberdade” será, insistimos, também uma homenagem a Tibiriçá, que comemora, não só seus 70 anos de vida, mas também 50 de carreira. Um dos principais regentes do país, com diversos prêmios e passagens por orquestras importantes no Brasil e no exterior, Roberto Tibiriçá já foi regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, entre 2010 e 2013. É justamente conduzindo este grupo que o maestro e sua trajetória serão exaltados, no palco do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, com o anúncio da Diretoria da Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que entregará o Diploma de Doutor por Notório Saber ao regente em outubro deste ano. A homenagem contará com a presença de autoridades do Governo de Minas Gerais e da instituição de ensino responsável pela concessão da honraria.

Ministério da Cultura, o Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam Concertos da Liberdade – Petite Messe Solennelle. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm Patrocínio Master da Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal e correalização da APPA – Arte e Cultura. Governo Federal, Brasil. União e Reconstrução.

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, sob regência do maestro Roberto Tibiriçá. (Crédito: Paulo Lacerda)

O canto do cisne de um gênio – A “Petite Messe Solennelle” é a monumental última obra de Rossini, escrita 34 anos após a última ópera do compositor, “Guillaume Tell” (1829). Criada sob encomenda para um nobre em 1863, a missa é notável por sua combinação única de grandiosidade e intimidade, revelando uma faceta mais reflexiva e espiritual do compositor, que já era famoso por suas óperas leves e cômicas. A riqueza harmônica e as modulações inesperadas acrescentam um caráter de expressividade que, combinados ao texto da missa, colaboram para uma ambientação dramática e contrastante, como em suas óperas. Musicalmente, a obra tem uma linha melódica de muito lirismo e elegância, e o ritmo é também um personagem importantíssimo durante toda a missa. “A ‘Petite Messe Solennelle’ é uma obra incrível. O coro tem uma participação muito grande e inspirada. Ela foi originalmente composta para coro misto, dois pianos e harmônio, que é um órgão antigo acionado por pedaleira com fole. Nós temos quatro solistas, e a versão que vamos fazer é a versão orquestral, que Rossini fez alguns tempos após a estreia da versão original”, explica Tibiriçá.

Rossini chamou a obra de “Petite Messe Solennelle” apesar de seu caráter imponente, possivelmente ironizando a extensão e a riqueza da composição. A “Pequena Missa Solene” é dividida em várias partes, seguindo a estrutura tradicional de uma missa, incluindo o “Kyrie”, “Gloria”, “Credo”, “Sanctus”, “Benedictus” e “Agnus Dei”. Destacam-se, na obra, a beleza das melodias e harmonias inesperadas do “Kyrie” e a vivacidade alegre e explosiva do “Cum Sancto Spiritu”, que fecha o “Gloria”. O tenor Daniel Umbelino, que cantará pela primeira vez no Palácio das Artes, ressalta a complexidade da “Petite Messe Solennelle”. “É uma missa que engana pelo nome, seguindo a estrutura tradicional, mas com muito mais texto. É uma obra que traz a experiência da escrita operística do Rossini para a música sacra, caso das árias, que se assemelham muito às árias de óperas”, aponta Daniel.

Rossini engrandece a obra com sua maestria melódica característica, expressando uma ampla gama de emoções, desde a solenidade litúrgica até momentos de lirismo. A soprano Lorena Pires, que estreia em Belo Horizonte como solista, promete ao público “um concerto emocionante e de altíssima qualidade artístico-musical”. “A Orquestra Sinfônica e o Coro Lírico são grandes patrimônios culturais de Minas Gerais, amplamente reconhecidos em caráter nacional por seu alto nível. É uma honra fazer música no prestigiado Palácio das Artes e ao lado de artistas incríveis, cujas carreiras tanto admiro”, reforça a soprano. “É uma missa muito linda, com uma riqueza de melodias extraordinária. Tem a influência das óperas de Rossini, mas o caráter é extremamente religioso. Tenho certeza que o público vai gostar muito”, adianta e finaliza Tibiriçá.

ROBERTO TIBIRIÇÁ – Nascido em São Paulo, recebeu orientações de Guiomar Novaes, Magda Tagliaferro, Dinorah de Carvalho, Nelson Freire e Gilberto Tinetti. Foi discípulo do maestro Eleazar de Carvalho, com quem trabalhou durante 18 anos, depois de ter vencido o Concurso para Jovens Regentes da OSESP em duas edições seguidas. Ocupou o cargo de Regente Assistente no Teatro Nacional de São Carlos (Lisboa/Portugal) e em 1994 tornou-se Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Sinfônica Brasileira. Entre 2000 e 2004, foi Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Petrobras Sinfônica e, entre 2005 e 2011, Diretor Artístico da Sinfônica Heliópolis, do Instituto Baccarelli (SP). Em 2010 assumiu como Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, onde permaneceu até 2013. Foi também Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Sinfônica de Campinas (SP), da Orquestra Filarmônica de São Bernardo do Campo (SP) e da Orquestra Sinfônica do SODRE, Montevidéu (Uruguai). No Rio de Janeiro foi eleito pela crítica como o Músico do Ano de 1995 e recebeu neste estado o Prêmio “Estácio de Sá”, por seu trabalho com a Orquestra Sinfônica Brasileira. Recebeu em 2010 e 2011 o XIII e XIV Prêmio Carlos Gomes como Melhor Regente Sinfônico. Recebeu ainda em 2011 a “Ordem do Ipiranga”, a Grande Medalha Presidente Juscelino Kubitschek e o Prêmio APCA (Associação dos Críticos Musicais de São Paulo) como Melhor Regente (por seu trabalho com a Sinfônica Heliópolis e com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais). Ocupa a Cadeira Nº 5 da Academia Brasileira de Música, e em 11 de maio de 2018 tomou posse como Membro Honorário da Academia Nacional de Música, RJ. Em 2020, realizou com a OSESP – Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – a Estreia Mundial da ópera em 1 ato “Cartas Portuguesas”, do compositor brasileiro João Guilherme Ripper e gravou para o selo NAXUS os Choros para Clarinete, Piano, Viola, Violoncelo e a peça Flor de Tremembé, de Camargo Guarnieri. Em 2022, foi nomeado Regente Titular e Diretor Musical da Orquestra Sinfônica do Paraná, e em 2023 foi agraciado com o diploma de Doutor por Notório Saber, pela UFMG.

ORQUESTRA SINFÔNICA DE MINAS GERAIS – Considerada uma das mais ativas do país, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre. Criada em 1976, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais. Participa da política de difusão da música sinfônica promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado (FCS), a partir da realização dos projetos Concertos da Liberdade – Sinfônica ao Meio Dia e Sinfônica em Concerto –, Concertos no Parque, Concertos Comentados e Sinfônica Pop, além de integrar as temporadas de óperas realizadas pela FCS. Mantém permanente aprimoramento da sua performance executando repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, além de grandes sucessos da música popular. Ligia Amadio é a sua atual regente titular e diretora musical.

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.  A instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das galerias de arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.


Texto: Fundação Clóvis Salgado


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