FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO APRESENTA PROGRAMAÇÃO DE MARÇO DEDICADA ÀS MULHERES

Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, galerias e Cine Humberto Mauro receberão atividades destacando o papel transformador do olhar feminino para a Arte


Programação do Mês das Mulheres

Data: Durante todo o mês de março

Horário: consultar a programação

Local: Palácio das Artes

Ingressos: consultar a programação

Classificação indicativa: consultar a programação   

Informações para o público: (31) 3236-7400 | www.fcs.mg.gov.br


O Atalho, de Kelly Reichardt. (Crédito: Divulgação)

Provavelmente, há 400 mil anos, ao voltar da caça para sua caverna, doce caverna, o Homem de Neandertal já se perguntava: “O que ela vai querer hoje?”.

Desde então, a humanidade pergunta: o que estes seres divinos e maravilhosos, as mulheres, querem?

Nem o criador da psicanálise, Sigmund Freud, que decifrava enigmas, esfinges e inconscientes, conseguiu descobrir e, numa conferência em 1932, relatando o caso clínico de Marie Bonaparte, sobrinha bisneta de Napoleão, teria desabafado: “a grande pergunta que nunca foi respondida e que eu ainda não fui capaz de responder, apesar de meus longos anos de pesquisa sobre a alma feminina é, o que quer uma mulher? ”.

O máximo conseguido por Freud, estudando a sexualidade, foi levantar a sólida relação entre a psicanálise e o feminino. 

Se Freud não conseguiu a missão impossível, a Arte, principalmente o Cinema e a Televisão preferiram transformar a grande dúvida em comédias, umas ótimas e outras nem tanto. “Afinal, o Que Querem as Mulheres?”, ou ainda, “O Que as Mulheres Querem?”.

Apesar destas tentativas e depois de milhares de anos, o Século 21 parece ter chegado perto de responder a esta dúvida.  

As mulheres querem o que quiserem e podem: tudo.

Ao homenagear as mulheres em seu mês, a Fundação Clóvis Salgado mostra o que querem, o que podem e do que são capazes as mulheres. A começar pelo Cine Humberto Mauro.

India Song, de Marguerite Duras. (Crédito: Divulgação)

Já no fim de fevereiro, teve início a mostra “Duras, a Eterna”, homenageando os 110 anos da francesa Marguerite Duras, que rasgou e costurou as fronteiras entre a literatura e o cinema.

De 1º a 27 de março, a quarta edição de “Clássicas: Mulheres na Direção”. Filmes de Grace Passô, Greta Gerwig, Sofia Coppola e outras cineastas compõem a seleção de mais de 40 obras que refletem a riqueza das narrativas femininas.

Na pauta, diretoras como Emerald Fennell, Melina Matsoukas, as irmãs Lana e Lilly Wachowski. Desde longas-metragens contemporâneos, como “Lady Bird” (2017), de Greta Gerwig e “Maria Antonieta” (2006), de Sofia Coppola, até clássicos de Hollywood, como “Quando a mulher se opõe” (1932), da pioneira Dorothy Arzner e “Mãe Solteira” (1949), dirigido por Ida Lupino. Entrada gratuita, com retirada de ingressos a partir de 1 hora antes de cada sessão, na bilheteria do cinema.

Ministério da Cultura, o Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), por meio da Fundação Clóvis Salgado (FCS), apresentam a “Programação do Mês da Mulher”. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm Patrocínio Master da Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal, Patrocínio da Vivo e correalização da APPA – Arte e Cultura. Governo Federal. Brasil – União e Reconstrução.

A Sessão Minas, com filmes mineiros dirigidos por mineiras, acontecerá sempre às quintas-feiras, às 19h30. A mostra “Cinema Árabe Feminino” terá suas primeiras exibições em Belo Horizonte de 22 a 24 de março.

Sessões especiais e comentadas, desde 1º de março, com o filme “A Mulher Rei” (2022), estrelado por Viola Davis. “A Hora da Estrela” (1985), de Suzana Amaral e “Garota Infernal”, na Sessão da Meia-Noite, além da animação, indicada ao Oscar, “Red: Crescer é uma Fera” (2022), de Domee Shi, no Cineclube Acessível.

Nas tardes de todas as sextas-feiras de março, o Cine Humberto Mauro irá apresentar a primeira edição do “Estudos de Cinema”, projeto de formação e reflexão sobre o Cinema idealizado em parceria com o canal “De filme em filme”. O tema do mês será “Elas na terra desolada: a mulher no faroeste”. Os ingressos são gratuitos.

A homenagem às mulheres também será musical, com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG) celebrando compositoras e instrumentistas mineiras em “Concertos da Liberdade – Mulheres Lendárias”.  Ensaio aberto dia 7 de março, ao meio-dia, e Concerto dia 8 de março, às 20hs, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. Ensaio aberto com entrada gratuita. Concerto com ingressos a partir de 10 reais.

Em 2023, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais passou a contar, pela primeira vez, com uma regente titular, a maestra e diretora musical da OSMG, Ligia Amadio. Um ano depois, a Orquestra reforça o protagonismo feminino apresentando obras de duas compositoras mineiras: Maria Helena Rosas Fernandes, com o prólogo da ópera “Marília de Dirceu” e a soprano Melina Peixoto; Dinorá de Carvalho, em “Três danças brasileiras para piano, percussão e cordas” e o “Concerto nº 1 para piano e orquestra em ré bemol maior”, do compositor russo Sergei Prokofiev, tendo como solista a mineira Simone Leitão. A regência será de Ligia Amadio.

Maestra Ligia Amadio. (Crédito: Paulo Lacerda)

Cinema, Música, Ação! Melhor, Artes Visuais! A artista e médica Silene Fiuza, 65, inaugura, dia 7 de março, às 19h, sua primeira exposição, propondo, na PQNA Galeria Pedro Moraleida, um mergulho na finitude do corpo e na interseção entre sentimento e matéria. Intitulada “Mais vasto é meu coração”, a mostra ficará aberta, com entrada gratuita, de 8/3 a 5/5 e é um convite a explorar os intrincados, porém naturais laços, entre a arte e a medicina.

A exposição, com curadoria de Uiara Azevedo, gerente de Artes Visuais, reitera o compromisso da FCS em reconhecer, celebrar e analisar a contribuição das mulheres no mundo da Arte.

Vinte obras que mergulham nas entranhas da anatomia humana, ressuscitando órgãos, ossos, tecidos e sistemas. Utilizando radiografias, cores neon e padrões de hemoglobinas, as pinturas e colagens da artista são um novo olhar sobre o corpo humano, delineando a inevitável jornada sobre a morte e a vida.

O título “Mais vasto é meu coração” é uma homenagem ao “Poema de sete faces”, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987).

“Muitas pessoas ainda acham que, para ser artista, você precisa começar na infância ou na adolescência, mas a obra da Silene é uma prova de que a criação artística pode florescer em qualquer momento da vida”, convida Uiara Azevedo.

No Palácio das Artes, onde são rainhas, em muitos casos, para ser artista, basta ser mulher.

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.  A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.


Texto: Fundação Clóvis Salgado


Área restrita ao
sistema de compras
e contratações

Área restrita aos colaboradores da APPA, dedicada a informativos e documentos internos