CINE HUMBERTO MAURO EXIBE MOSTRA EM HOMENAGEM AOS 110 ANOS DE MARGUERITE DURAS

Programação gratuita traz cinco filmes que abordam diversas facetas da multiartista francesa, desde filmes dirigidos ou roteirizados por ela a adaptações de suas obras literárias, passando ainda por um documentário no qual ela é o tema central


DURAS, A ETERNA

Data: 27/2 (terça-feira) a 29/2 (quinta-feira)

Horários: A partir das 16h

Local: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes

(Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte)

Classificações Indicativas: Variáveis

ENTRADA GRATUITA, COM RETIRADA DE INGRESSOS A PARTIR DE 1 HORA ANTES DE CADA SESSÃO, NA BILHETERIA DO CINEMA

Informações para o público: (31) 3236-7400


Uma tão longa ausência. (Crédito: Henri Colpi)

A celebração do talento feminino e a reflexão acerca da presença de mulheres no cinema começam mais cedo no Cine Humberto Mauro no ano de 2024. A mostra “Duras, a Eterna”, que vai dos dias 27/2 (terça-feira) a 29/2 (quinta-feira), traz uma homenagem aos 110 anos de Marguerite Duras (1914-1996), autora que transcendeu as fronteiras entre a literatura e o cinema ao longo do século XX. Serão cinco filmes que abordam diversas facetas da multiartista francesa, desde longas-metragens dirigidos ou roteirizados por ela a adaptações de suas obras literárias, passando ainda por um documentário no qual ela é o tema central. As exibições começam, nos três dias, a partir das 16h, e a entrada no Cine Humberto Mauro é gratuita, com retirada de ingresso a partir de 1 hora antes de cada sessão.

Marguerite Duras, conhecida por suas contribuições significativas tanto na literatura quanto no cinema, deixou um legado impressionante. Sua abordagem singular na construção de narrativas, permeada por retratos de emoções profundas e silenciosas, ecoa, seja através de imagens, sons ou palavras, por diferentes meios expressivos. Para além do trabalho desenvolvido por ela e em torno dela, a curadoria é também a porta de entrada para o pensamento e a reflexão sobre as perspectivas femininas na sétima arte, já que, logo em seguida, o Cine Humberto Mauro inicia a mostra “Clássicas: Mulheres na Direção”, na qual, inclusive, Duras aparecerá novamente assinando a realização de sete filmes da programação.

Ministério da Cultura, o Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam a mostra Duras, a Eterna. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm Patrocínio Master da Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal e Correalização da APPA – Arte e Cultura. Governo Federal. Brasil, União e Reconstrução.

Hiroshima, Meu Amor. (Crédito: Alain Resnais)

Artista de mil faces – Embora a mostra não se concentre diretamente no talento literário de Marguerite Duras, a seleção cuidadosa das obras cinematográficas oferece uma visão imersiva da sensibilidade artística que caracteriza sua carreira. A programação destaca os filmes roteirizados por Duras, em especial “Hiroshima, meu amor” (1959), longa que se passa no Japão do pós-Segunda Grande Guerra e que se tornou reconhecido por seus diálogos e monólogos densos e poéticos, tendo sido indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original em 1961. “Uma tão longa ausência” (1961) é mais um exemplar da curadoria que atesta a qualidade da escrita de Duras, uma das três roteiristas do filme.

Outra obra especial na programação é “India Song” (1975), esta dirigida pela própria Duras, também situada em um país asiático, e que é notável pelos diálogos sobrepostos e pelas declamações em voz over. Da Duras romancista, a seleção inclui “Azuro” (2021), adaptação de “Os Pequenos Cavalos de Tarquínia”, de 1953. Já “Eu quero falar sobre Duras” (2021) é um documentário que coloca em evidência  a relação entre Marguerite Duras e seu último parceiro romântico, Yann Andreá.

Vitor Miranda, Gerente de Cinema da Fundação Clóvis Salgado, explica que “Duras, a Eterna” não é apenas um tributo a uma artista que explorou lugares intensos da sensibilidade humana, mas também uma celebração do trabalho excepcional de uma escritora, roteirista e cineasta. “A mostra proporciona a todos uma oportunidade única de mergulhar na complexidade e na beleza da experiência humana através da lente inigualável de Marguerite Duras. Desafiando os limites da linguagem convencional, essa artista multifacetada busca naquilo que não é dito a verdade mais essencial, uma verdade que se insinua delicadamente entre as tramas das histórias que conta”, enaltece Vitor Miranda.

Eu quero falar sobre Duras. (Crédito: Claire Simon)

PROGRAMAÇÃO

27/03 TER

16h “Azuro” (Matthieu Rozé, França, 2021) | 16 anos | 1h44

18h “Eu quero falar sobre Duras” (Vous ne désirez que moi, Claire Simon, França, 2021) | 16 anos | 1h35

20h “Uma Tão Longa Ausência” (Une aussi longue absence, Henri Colpi, França-Itália, 1961) | 16 Anos | 1h30 | Exibição em DCP

28/03 QUA

16h “Hiroshima, Meu Amor” (Hiroshima mon amour, Alain Resnais, França-Japão, 1959) | 16 anos | 1h30 | Exibição em DCP

18h “India Song” (Marguerite Duras, França, 1975) | 14 anos | 2h | Exibição em DCP

20h “Azuro” (Matthieu Rozé, França, 2021) | 16 anos | 1h44

29/03 QUI

16h “Eu quero falar sobre Duras” (Vous ne désirez que moi, Claire Simon, França, 2021) | 16 Anos | 1h35

18h “Uma Tão Longa Ausência” (Une aussi longue absence, Henri Colpi, França-Itália, 1961) | 16 Anos | 1h30 | Exibição em DCP

20h “Hiroshima, Meu Amor” (Hiroshima mon amour, Alain Resnais, França-Japão, 1959) | 16 anos | 1h30 | Exibição em DCP

CINE HUMBERTO MAURO – Um dos mais tradicionais cinemas de Belo Horizonte, o Cine Humberto Mauro foi inaugurado em 1978. Seu nome homenageia um dos pioneiros do cinema brasileiro, o mineiro Humberto Mauro (1897-1983), grande realizador cinematográfico. Com 129 lugares, possui equipamentos de som Dolby Digital e para exibição de filmes em 3D e 4K. Nestes 45 anos de existência, a Fundação Clóvis Salgado tem investido na consolidação do espaço como um local de formação de novos públicos a partir de programação diversificada, bem como através da criação de mecanismos de estímulo à produção audiovisual, com a realização do tradicional FestCurtasBH – Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte, e o Prêmio Estímulo ao Curta-metragem de Baixo Orçamento. O Cine Humberto Mauro também é um importante difusor do conhecimento ao promover cursos, seminários, debates e palestras. Sessões permanentes e comentadas também têm espaço cativo a partir das mostras História Permanente do Cinema, Cinema e Psicanálise, Curta no Almoço, entre outros. Todas as atividades do Cine Humberto Mauro são gratuitas.

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.  A instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das galerias de arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.


Texto: Fundação Clóvis Salgado


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