CINE HUMBERTO MAURO EXIBE A MOSTRA DEFICIÊNCIA EM TELA, COM OBRAS QUE EXALTAM A DIVERSIDADE DE CORPOS E EXPERIÊNCIAS

Programação inclui filmes de diversas épocas, gêneros e lugares, feitos por pessoas com e sem deficiência, e adaptados com recursos de acessibilidade


MOSTRA DEFICIÊNCIA EM TELA

Data: 18/9 a 25/9 de 2023

Horários: Variáveis

Local: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes

(Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte)

Classificação Indicativa: Variáveis

ENTRADA GRATUITA, COM RETIRADA DE INGRESSO A PARTIR DE 1 HORA ANTES DE CADA SESSÃO

Informações para o público: (31) 3236-7400


Mostra Deficiência em Tela – A Teoria de Tudo. (Crédito: Divulgação)

O dia 21 de setembro marca um momento de celebração, conscientização e engajamento. Esta data foi escolhida, em 2005, como o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência. O próprio mês de setembro se tornou, a partir da campanha “Setembro Verde”, um período de reflexão e união em torno de causas tão importantes como a acessibilidade e a inclusão. E é justamente por ocasião deste mês que o Cine Humberto Mauro promove, entre 18/9 e 25/9, a mostra Deficiência em Tela. A programação reúne obras que exaltam a diversidade de corpos e experiências e inclui filmes de diversas épocas, gêneros e lugares, feitos por pessoas com e sem deficiência, e adaptados, em grande medida, com recursos de acessibilidade.

A entrada nas sessões é gratuita, e os ingressos poderão ser retirados 1 hora antes de cada exibição. Além das sessões presenciais, onze obras estarão acessíveis também na plataforma cineHumbertoMauroMAIS, onde já existe uma curadoria especial com filmes que possuem ferramentas de acessibilidade.

A curadoria da mostra Deficiência em Tela, assinada por Sara Paoliello, que é produtora do Cine Humberto Mauro e pessoa com deficiência,teve um cuidado especial quanto à seleção de filmes que não apenas representassem a diversidade atual, mas também apontassem para as perspectivas de futuras produções. Por essa razão, a programação foi organizada em grupos temáticos que exploram as diversas facetas da experiência da deficiência. Cada um desses grupos oferece um tipo de abordagem, contemplando a diversidade de narrativas e proporcionando uma visão panorâmica das muitas maneiras pelas quais a deficiência é vivenciada e compreendida.

Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam a mostra Deficiência em Tela. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

Mostra Deficiência em Tela – Margarita com Canudinho. (Crédito: Divulgação)

“Nada sobre nós sem nós” – A mostra começa com uma exibição comentada e acessível do programa Cinema Mineiro Em Cartaz, que traz o filme Marte Um (2022), de Gabriel Martins. Após esta abertura, e inspirado no lema das pessoas com deficiência, um dos recortes de destaque da programação é também um convite a explorar filmes concebidos e produzidos por estas pessoas. Ao reunir essas obras cinematográficas, a mostra destaca a relevância de se permitir que as próprias pessoas com deficiência ocupem o centro da narrativa, compartilhando suas histórias e perspectivas, em um gesto que desafia não apenas a representação convencional, mas também ressalta a autenticidade e a riqueza das experiências pessoais. Sara Paoliello sintetiza essa iniciativa. “Esses filmes não são apenas sobre as pessoas com deficiência, mas são, em essência, feitos por elas”, explica.

Além das histórias contadas por pessoas com deficiência, o público terá a oportunidade de assistir a uma multiplicidade de outras obras, indo desde os filmes biográficos que destacam as jornadas individuais até a celebração da criatividade na interseção de deficiência e arte. Ao percorrer esses grupos temáticos, os espectadores serão convidados a explorar as nuances da autonomia e sexualidade, a enfrentar os medos e tabus em relação à deficiência no contexto do gênero de terror, e a compreender as diversas manifestações da neurodiversidade. A curadora Sara Paoliello destaca que um dos principais objetivos da linha curatorial é trazer as pessoas com deficiência para o centro das conversas. “A ideia da mostra é levantar o debate sobre os filmes, e tornar possível que as pessoas com deficiência também discutam essas obras”, afirma.

Para integrar a seleção, haverá também duas sessões do programa História Permanente do Cinema. Os filmes Hoje eu quero voltar sozinho (2014), de Daniel Ribeiro, e Monstros (1932), clássico de Tod Browning, serão comentados por especialistas em sessões únicas, com recursos de acessibilidade em Libras, legendas e audiodescrição. Em parceria com o Festival ACESSA BH, evento que promove a arte inclusiva, a mostra Deficiência em Tela terá, ainda, duas outras sessões comentadas, nos dias 20/9 e 23/09.

PROGRAMAÇÃO

18/09 (SEG) – ABERTURA DA MOSTRA

19h30 CINEMA MINEIRO EM CARTAZ | Marte Um (Gabriel Martins, BRA-MG, 2022) | 16 anos | 1h55|

Sessão comentada por Isadora Nascimento, advogada, palestrante e consultora em audiodescrição | Sessão com recursos de acessibilidade em Libras, legendas e audiodescrição  | Debate com intérprete de Libras

19/09 (TER) – BIOGRÁFICOS 

15h Frida (Julie Taymor, EUA, 2002) | 14 anos | 2h03

Sessão dublada com legendas em português

17h30 Intocáveis (Intouchables, Olivier Nakache, Éric Toledano, FRA, 2011) | Livre | 1h52
Sessão dublada com legendas em português

20h A Teoria de Tudo (The Theory of Everything, James Marsh, Reino Unido-Japão, 2014) | 10 anos | 2h30
Sessão dublada com legendas em português

20/09 (QUA) – NADA SOBRE NÓS SEM NÓS
15h00 SESSÃO DUPLA 1 | Livre | 1h

A Busca do Eu e o Silêncio (Giuliano Robert, BRA, 2021) | Livre | 20min
Filme com legenda descritiva em português

Dançando Godot (Edu O, BRA, 2022) | Livre | 40min
Filme com recursos de acessibilidade em legendas em português e audiodescrição

16h15  SESSÃO DUPLA 2 | 18 anos| 1h11
ProfanAÇÃO (Estela Lapponi, BRA, 2018) | 18 anos | 25min

Manifesto!!! (Estela Lapponi, BRA, 2022) | 18 anos | 46min

Sessão com recursos de acessibilidade em Libras, legendas e audiodescrição

17h45 Meu Nome é Daniel (Daniel Gonçalves, BRA, 2019) | 12 anos | 1h23
Sessão com recursos de acessibilidade em Libras, legendas e audiodescrição
19h30  SESSÃO DE CURTAS – PARCERIA FESTIVAL ACESSA BH | 14 anos | 1h03 |
 Sessão comentada por Daniel Gonçalves, Jéssica Teixeira, Victor Di Marco e Giovanni Venturini, mediada por Sara Paoliello

Big Bang (Carlos Segundo, BRA 2022) | 14 anos | 14min

O Que Pode um Corpo? (Márcio Picoli, Victor Di Marco, BRA, 2020) | 14min | 12 anos

Partindo Do Princípio Que a Terra é Plana, Sou Toda Curva e Desvio (Jéssica Teixeira, BRA, 2023) | Livre | 16 min

Possa Poder (Márcio Picoli, Victor Di Marco, BRA, 2022) | 14 anos | 19min

Sessão com recursos de acessibilidade em Libras, legendas e audiodescrição | Debate com intérprete de Libras

21/09 (QUI) – AUTONOMIA E SEXUALIDADE
15h 
Margarita com Canudinho (Margarita with a Straw, Shonali Bose, Nilesh Maniyar, Índia, 2014) | 12 anos | 1h40
17h
 HISTÓRIA PERMANENTE DO CINEMA | Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (Daniel Ribeiro, BRA,  2014) | 12 anos | 1h36| Sessão comentada por Daniel Gonçalves, diretor e produtor | Sessão com audiodescrição | Debate com intérprete de Libras

20h Rain Man (Barry Levinson, EUA, 1988) | Livre | 2h20

22/09 (SEX) – DEFICIÊNCIA E TERROR

13h CURTA NO ALMOÇO | 13h Curta no Almoço | Livre | 30min

Nem Todas as Manhãs são Iguais (Fabi Melo, BRA-PB, 2022) | Livre | 18min
Sobre Amizade e Bicicletas (Julia Vidal, BRA-PR, 2022) | Livre | 12min

Sessão com recursos de acessibilidade em Libras, legendas e audiodescrição

16h15 Um Clarão nas Trevas (Wait Until Dark, Terence Young, EUA, 1967) | 12 anos | 1h48
18h30 HISTÓRIA PERMANENTE DO CINEMA | Monstros (Freaks, Tod Browning, EUA, 1932) | 16 anos | 1h04 | Sessão comentada por Fatine Oliveira, pesquisadora sobre gênero e deficiência, mestre em Comunicação Social (UFMG) e ativista | Sessão com recursos de acessibilidade em Libras, legendas e audiodescrição | Debate com intérprete de Libras
21h Hush: A Morte Ouve (Hush, Mike Flanagan, EUA, 2016) | 16 anos | 1h27

23/09 (SAB) – DEFICIÊNCIA E ARTE

00h SESSÃO DA MEIA-NOITE | O Gato de Nove Caudas (Il gatto a nove code, Dario Argento, Itália-França-Alemanha, 1971) | 16 anos | 1h52 | Distribuição de ingressos exclusivamente pelo site da Eventim

14h A Música e o Silêncio (Jenseits der Stille, Caroline Link, Alemanha, 1996) | 10 anos | 1h49

16h O Meu Pé Esquerdo (My Left Foot: The Story of Christy Brown, Jim Sheridan, Reino Unido-Irlanda, 1989) | 14 anos | 1h43
18h CINECLUBE ACESSÍVEL – PARCERIA FESTIVAL ACESSA BH | O Artista e a Força do Pensamento (Elder Fraga, BRA, 2021) | 12 anos | 1h35 | Sessão comentada pelo curador, diretor e produtor Marcelo Cesar Silva | Sessão com recursos de acessibilidade em Libras, legendas e audiodescrição

21h Esplendor (Hikari, Naomi Kawase, Japão-França, 2017) | 10 anos | 1h41
Sessão com legendas e audiodescrição

24/09 (DOM) – NEURODIVERSIDADE
18h 
Mary e Max – Uma Amizade Diferente (Mary and Max, Adam Elliot, Austrália, 2009) | 12 anos | 1h32

20h Colegas (Marcelo Galvão, BRA,  2012) | 10 anos | 1h42
Sessão com audiodescrição

25/09 (SEG) – ORALIDADE E ESCRITA NOS CINEMAS DE MULHERES

19h30 Teko Haxy – Ser imperfeita (Patrícia Ferreira Pará Yxapy; Sophia Pinheiro, BRA, 2018) | Livre | 39min | Debate com Clarisse Alvarenga, professora, pesquisadora e realizadora, e Glaura Cardoso Vale, produtora editorial, pesquisadora e criadora do programa “Oralidade e Escrita no Cinema de Mulheres” | Lançamento do Caderno de Crítica | Filme com recursos de acessibilidade com legendas descritivas em português | Debate com intérprete de Libras

CAMINHOS DA INCLUSÃO – A mostra Deficiência em Tela é um dos destaques do projeto Caminhos da Inclusão, apresentado pela Fundação Clóvis Salgado (FCS) em setembro, e que conta com ampla programação voltada para a acessibilidade e a afirmação dos direitos das pessoas com deficiência. São várias atividades e eventos gratuitos, todos com foco nas experiências e demandas das pessoas com as mais diversas condições, sejam elas físicas, de sentido ou cognitivas, além de ações práticas para aprimorar a acessibilidade nos espaços geridos pela FCS. Neste sentido, o Palácio das Artes conta com rampas na entrada e banheiro acessível. Já o Cine Humberto Mauro dispõe de rampa na entrada, dois assentos acessíveis na lateral esquerda – um para pessoas obesas e outro para pessoas com mobilidade reduzida –, e quatro vagas para cadeiras de rodas na parte traseira do cinema. As pessoas com deficiência podem optar também pela entrada alternativa, com maior acessibilidade, pelo Parque Municipal Américo Renné Giannetti. O público com deficiência pode, ainda, utilizar as vagas exclusivas do estacionamento do Palácio das Artes, com entrada pela avenida Carandaí, bastando apresentar a credencial para estacionamento especial/reservado emitida pela prefeitura da cidade (ou do estado, caso a prefeitura não ofereça este serviço) onde a pessoa reside.

CINE HUMBERTO MAURO – Um dos mais tradicionais cinemas de Belo Horizonte, o Cine Humberto Mauro foi inaugurado em 1978. Seu nome homenageia um dos pioneiros do cinema brasileiro, o mineiro Humberto Mauro (1897-1983), grande realizador cinematográfico. Com 129 lugares, possui equipamentos de som dolby digital e para exibição de filmes em 3D e 4K. Nestes 43 anos de existência, a Fundação Clóvis Salgado tem investido na consolidação do espaço como um local de formação de novos públicos a partir de programação diversificada, bem como à criação de mecanismos de estímulo à produção audiovisual com a realização do tradicional FestCurtasBH – Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte, e o Prêmio Estímulo ao Curta-metragem de Baixo Orçamento. O Cine Humberto Mauro também é um importante difusor do conhecimento ao promover cursos, seminários, debates e palestras. Sessões permanentes e comentadas também têm espaço cativo a partir das mostras História Permanente do Cinema, Cinema e Psicanálise e Curta a Tela, entre outros. Todas as atividades do Cine Humberto Mauro são gratuitas.

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.  A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.


Texto: Fundação Clóvis Salgado


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