CURSO DE INTRODUÇÃO À CONSERVAÇÃO TÊXTIL MARCA ATIVIDADES NO CTPF

Ministrado pela conservadora-restauradora de bens culturais Marina Dias, o curso foi realizado no dia 25 de agosto

Turma do Curso de Introdução à Conservação Têxtil ministrado no CTPF. (Crédito: Divulgação)

Com carga horária de duas horas de duração e participação de 14 alunos, foi realizado o Curso de Introdução à Conservação Têxtil, apresentado na unidade Andradas do Centro Técnico de Produção e Formação Raul Belém Machado, da Fundação Clóvis Salgado.

O curso teve como objetivo apresentar conceitos e técnicas que envolvem a conservação têxtil, nas suas diversas aplicações, e oferecer elementos e experiências para a maior compreensão dos materiais e estruturas que os compõem. Tudo isso tem como meta instruir e qualificar os profissionais da área sobre a armazenagem adequada e a prevenção da deterioração das peças, para que se possa garantir a sua salvaguarda e preservação.

O termo têxtil refere-se a material fabricado por algum tipo de processo de tecimento. Ele pode ser aplicado a materiais manufaturados pelo entrelaçamento de fios, tais como objetos feitos pelo trançado, malharia e renda, bem como materiais não fiados, como feltros, nos quais as fibras ganharam coesão por tratamentos mecânicos ou processos químicos. Em casos raros, peles, couros e plásticos podem ser considerados têxteis, especialmente quando usados na manufatura de roupas.

O Curso de Introdução à Conservação Têxtil começou fazendo uma explanação geral sobre as origens dos tecidos, técnicas utilizadas para a sua produção e confecção, classificação e características gerais. Tecidos de fibras naturais de origem vegetal, como o algodão e linho, de origem animal, como a lã, e artificiais, como o acetato e a viscose, foram abordados, com análises acerca de suas estruturas, características técnicas e físicas, além de possibilidades de utilização e adequação.

Para a conservação desses tecidos, foram apresentados fatores de risco que podem causar degradação, considerando o ambiente, como umidade e temperatura, presença de insetos e microrganismos, entre outros fatores que são analisados para o perfeito armazenamento dos tecidos e sua preservação.

Formas de armazenamento, como suspensa, em araras, horizontal, em caixas, ou tubular, em rolos, foram também apresentadas e analisadas.

Registro do Curso de Introdução à Conservação Têxtil. (Crédito: Divulgação)

Relevância

Para a conservadora-restauradora de bens culturais Marina Dias, o curso foi de imensa importância para que esse conhecimento possa ser democratizado e difundido para quem trabalha com a arte e cultura. Em suas palavras, “a conservação das peças feitas em tecidos trazem também uma tradição cultural. E ao compreender que essas peças expressam um patrimônio cultural e artístico, entendemos que elas falam sobre identidade de um grupo social, e temos a necessidade de preservá-lo e de valorizar os profissionais que sabem fazê-lo. A regulamentação da profissão de Conservador-Restaurador está tramitando na Câmara dos Deputados, e acredito que o compartilhamento dessas informações também divulga a nossa existência, importância e práticas profissionais que garantem maior proteção dos Bens Culturais para aqueles que têm vocação para trabalhar nessa área.”

Além de conservadora-restauradora de bens culturais, Marina Dias tem especialização em especialização em pintura, escultura e têxteis.

A APPA – Arte e Cultura é, atualmente, gestora do CTPF.


Texto: Petrônio Souza


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