CÂMERASETE RECEBE MOSTRA FOTOGRÁFICA UM PAÍS CHAMADO PARÁ

Exposição reúne 23 fotógrafos paraenses e ressalta a singularidade, a expressividade, as interrelações geracionais e a contribuição do Estado da região Norte à arte brasileira, entra em cartaz dia 16 de agosto, às 19h. As visitas e atividades formativas são gratuitas.


EXPOSIÇÃO “UM PAÍS CHAMADO PARÁ”

Local:  CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais

Abertura: 16 de agosto, às 19h

Período expositivo: 17 de agosto a 30 de setembro de 2023 (das 9h30 às 21h)

Toda programação é gratuita

Mais informações: www.fcs.mg.gov.br – www.namazonia.org


Exposição “Um país chamado Pará”. (Crédito: Divulgação)

Um panorama da fotografia contemporânea, com imagens em suportes alternativos (foto-esculturas, pinholes, vídeos e videomapping), produzido pelos principais fotógrafos da cena paraense. Eis o argumento central da exposição “Um país chamado Pará”, que será inaugurada em 16 de agosto, às 19h, na CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais e traz um recorte de 30 anos do estado paraense a partir do olhar de 23 artistas. A iniciativa conta com curadoria de Rosely Nakagawa, projeto expográfico de Flávio Franzosi, e projeto de acessibilidade de Sílvia Arruda. Toda a programação é gratuita. A mostra segue em cartaz até 30 de setembro, com visitação de terça a sábado, das 9h30 às 21h.

“Um país chamado Pará” busca ressaltar a singularidade, a expressividade, as interrelações geracionais e a contribuição do estado da região Norte à arte brasileira a partir da pesquisa de processos de criação. Com recorte temporal específico (dos anos 1990 aos dias de hoje), a mostra tem como principal fio condutor o questionamento – e a subversão – aos suportes, às linguagens tradicionais e a seus desdobramentos ao longo das últimas três décadas. Por meio da união de duas gerações de fotógrafos, entre reconhecidos e novos talentos, tem-se como resultado a mostra inédita, que se compõe de obras desenvolvidas de maneira muito característica no Pará.

Integram a mostra os fotógrafos Alberto Bitar, Alexandre Sequeira, Betania Barbosa Marajó, Claudia Leão, Dirceu Maués, Elza Lima, Emídio Contente, Flavya Mutran, Guy Veloso, Ionaldo Rodrigues, Irene Almeida, Jorane Castro, Mariano Klautau Filho, Miguel Chikaoka, Orlando Maneschy, Octavio Cardoso, Patrick Pardini, Paula Sampaio, Rafael da Luz, Suely Nascimento, Wagner Almeida, Walda Marques e Yan Belém.

Para a curadora da exposição Rosely Nakagawa, como a fotografia representa importante campo de trocas sociais e artísticas, a exposição engloba a difusão e a produção de conhecimentos, o compartilhamento de saberes, a formação de público e o intercâmbio entre as regiões, de forma a dar visibilidade à produção brasileira, e, especificamente, do Pará, desde os anos 1970. “No cenário cultural, nossa fotografia atua como um núcleo de referência para o desenvolvimento de uma linguagem fotográfica na região amazônica, por incentivar e promover o trabalho coletivo organizado na prática da ideia-ação-reflexão, aprimorando e multiplicando oportunidades de acesso ao exercício de fazer e pensar tal arte, sempre em sintonia com as questões sociais e culturais emergentes”, comenta Nakagawa.

Rosely aponta que o Pará é um dos maiores e vibrantes expoentes do panorama da fotografia brasileira. O movimento fotográfico do estado se solidificou nas últimas três décadas, por meio de livros, críticas, publicações, prêmios e presenças de artistas em exposições nacionais e internacionais – a exemplo, das bienais de São Paulo e Veneza. “Nosso projeto, vem, então, ao encontro da busca de mais espaços de discussão para os que fazem, pensam e pesquisam fotografia; especialmente, a paraense”, completa.

De acordo com Uiara Azevedo, gerente de Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado, a mostra “traz uma produção descentralizada, de um dos mais ricos cenários brasileiros, e celebra a vocação principal da CâmeraSete, como um dos principais equipamentos públicos voltado exclusivamente para a fotografia”.

A exposição fotográfica “Um país chamado Pará” é apresentada pelo Ministério da Cultura, o Instituto Cultural Vale e Namazônia, com apoio da CâmaraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais, da Fundação Clóvis Salgado; Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, Governo de Minas Gerais e Memorial Minas Gerais Vale.

Belém e os fotógrafos, segundo Rosely Nakagawa

Conforme destaca Rosely Nakagawa, Belém é, hoje, uma capital que abriga diversos centros culturais e museus, além de uma galeria especializada em fotos, a Kamara_Kó, de Makiko Akao. Cidade visitada, desde os anos 1980, por curadores de arte nacionais e internacionais, também é considerada o maior polo de fotografia do país, além de referência nas artes visuais. “A cidade abriga um número razoavelmente pequeno de fotógrafos, em comparação a outras capitais do Sudeste, mas todos de grande projeção nacional, como aqueles que apresentamos nesta exposição”, explica.

A possibilidade de reunir a fotografia paraense neste projeto, proposto por Guy Veloso, representa, segundo Rosely, uma grande responsabilidade. “Como apresentar tal produção, que conseguiu se projetar internacionalmente, mesmo numa cidade fora do ‘eixo cultural’ Rio-São Paulo?”, questiona, ao comentar, na sequência: “Elza LimaGuy VelosoPaula Sampaio Walda Marques ultrapassam, hoje, as fronteiras da região Norte, sem sair do lugar de origem para produzir sua obra. Registram o povo paraense e a cultura amazônica, em toda sua diversidade e riqueza, e consolidam, com suas obras, o melhor da fotografia, em encontros, publicações, prêmios, mostras nacionais e internacionais”.

Para além da criação visual, Mariano Klautau Filho e Orlando Maneschy, artistas e curadores, abrem espaço à difusão do pensamento crítico em torno da arte contemporânea. “Essas realizações terminam por impactar sua produção autoral e a dos colegas, com a produção de textos e exposições coletivas, nas quais a criação artística paraense é o foco”, afirma Rosely, ao lembrar, por sua vez, que Claudia Leão e Flavya Mutran aprofundam-se em pesquisas à procura de novos suportes e significados, de forma a estruturar suas obras em técnicas experimentais, criar objetos e orientar outros artistas em formações acadêmicas.

Já Octavio Cardoso e Patrick Pardini constroem seus trabalhos por meio da contínua busca de uma documentação poética da Amazônia, ao entender “o território como lugar de ação e transformação da cultura”. Assim como Jorane Castro, cineasta, que, segundo a curadora, “construiu seu roteiro imagético convivendo, estreitamente, desde sempre, com este grupo de artistas, apresentando o cenário de uma região pouco difundida no cinema brasileiro”.

Também Alberto BitarDirceu Maués e Miguel Chikaoka seguem a ampliar os limites e conceitos de imagem, para além da fotografia plana e analógica. “Bitar, no sequenciamento imagens em novos suportes, põe trilhas sonoras como compasso de leitura. Dirceu Maués, ao desenhar e criar anteparos que recriam a câmera como instrumento de ver, as transforma em objetos escultóricos e plásticos. Chikaoka expande o questionamento da percepção para discutir ‘a imagem’, mesmo sem aparato algum para produzi-la. Ele se dedica ao ‘ver’ e ao ‘ser’, como um monge. E me perturba, intensamente, quando apresenta o espinho de palmeira que perfura seu próprio olho. Tal imagem, na minha interpretação, passa a ser o símbolo do que a fotografia paraense pode querer e ser”, afirma Rosely.

Exposição “Um país chamado Pará”. (Crédito: Divulgação)

Os fotógrafos paraenses têm protagonizado mudanças e desejos, ao transformar o cenário das artes visuais. E não apenas por documentarem a maior procissão do mundo, o Círio de Nazaré. Alexandre Sequeira desenvolveu seu projeto em torno da comunidade de Nazaré do Mocajuba, ao reconstituir a alma de seus moradores por meio de retratos. “Em lençóis, redes, cortinas, toalhas, os habitantes voltam a ocupar seus lugares, impressos nas próprias casas”, destaca a curadora. Juntos, Yan Belém e Rafael da Luz constroem, no espaço urbano contemporâneo, rico em memórias do passado, “seu discurso poético da desigualdade sem futuro”. Wagner Almeida e Irene Almeida, coincidentes apenas nos sobrenomes, questionam e percebem o mundo, ao usar a técnica da fotografia em mundos, ritmos e visões absoluta e radicalmente opostos. “A poesia das impressões feitas pela luz do sol da Irene, que resultam em delicados fotogramas de flores e folhas, chocam-se, radicalmente, aos rastros de violência dos corpos jogados nas ruas, por onde transita Wagner”, destaca Rosely Nakagawa.

A curadora também sublinha a forma como Suely Nascimento e Ionaldo Rodrigues questionam o espaço urbano e suas memórias. “Ela, para lembrar, se esconde em casa, ao som das emoções mais íntimas. Ele enfrenta o caos urbano, em público, para esquecer”. Com a mesma intimidade, Betania Barbosa compartilha o dia a dia dos habitantes do Marajó central, criadores de animais invasores que, depois de adultos, “estão prontos para serem derrubados nessa ilha de tesos”. Já Emidio Contente problematiza “a preservação do patrimônio natural e imaterial em imagens metafóricas, que resgatam o universo dos dois Goeldi, o naturalista do século XIX, criador do Museu de História Natural, e seu filho artista do século XX, que grava imagens da chuva urbana”.

Tudo isso, destaca Rosely Nakagawa, “nos faz pensar: o que pode a imagem, em Belém?”.

PROGRAMAÇÃO PARALELA À MOSTRA “UM PAÍS CHAMADO PARÁ”

PALESTRAS

17 de agosto – Quinta- feira – 19h às 20h30

Palestra “Religião e Fotografia: relato de experiência”

Com Guy Veloso

Local: CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais

Gratuito

Sinopse: Em “Religião e fotografia: relato de experiência”,o fotógrafo Guy Veloso apresentará alguns de seus ensaios, em especial, “Penitentes”, que deu origem ao livro homônimo e participou da 29ª Bienal de São Paulo. Também abordará formas de pesquisa, interação com os fotografados e bastidores de seus projetos.

Sobre Guy Veloso

Guy Veloso nasceu (1969) e trabalha em Belém (PA). De formação acadêmica em Direito, é fotógrafo desde 1989. Seu trabalho investiga a religiosidade brasileira. Participou da 29ª Bienal de São Paulo/2010 e da 4th Biennial of the Americas, Denver (Estados Unidos/2017). Foi curador-geral de fotografia contemporânea na 23ª Bienal Europalia, Bruxelas (Bélgica/2011).  

Coleções (seleção): Essex Collection of Art from Latin America, Colchester-Inglaterra; Coleção Nacional de Fotografia, Centro Português de Fotografia, Porto-Portugal; Museo de las Americas, Denver-EUA; Abarca Family Collection, Denver-EUA; Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro; Coleção Joaquim Paiva/Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; MAR- Museu de Arte do Rio; Museu de Arte Moderna de São Paulo; Coleção Pirelli/MASP-Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand.  

18 de agosto – Sexta-feira – 19h às 20h30

Palestra “Arte e fotografia no Pará 2010-2020 – Notas sobre a dissolução de territórios identitários”

Com Mariano Klautau Filho

Local: CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais

Gratuito

Sinopse: Até o início dos anos 2000, era possível identificar ou localizar períodos, gerações e poéticas na produção fotográfica, unidas por determinados laços de identidade. Com isso, pôde-se delimitar movimentos em torno de uma linguagem ou suporte mais conciso, que legitimava uma estética fotográfica produzida no Pará, como pretendeu o projeto “Fotografia Contemporânea Paraense – Panorama 80-90”, realizado em 2002. Passados 18 anos, como identificar, em períodos cronológicos e geracionais, uma produção que se expandiu, esgarçou-se e transbordou para fora da fotografia? A proposta é analisar, por meio de trabalhos específicos e aspectos poéticos, o paradoxo entre o impossível território identitário e a insistência de uma geografia poética amazônica e/ou paraense para a arte.

Sobre Mariano Klautau Filho

Artista, pesquisador em arte e fotografia e curador independente. Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP e doutor em Artes Visuais pela ECA/USP. Professor de Artes Visuais e do Programa de Pós-Graduação de Comunicacão, Linguagens e Cultura da Universidade da Amazônia. Curador do projeto “Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia”, realizado no Museu Casa das Onze Janelas e no Museu de Arte da UFPA desde 2010. Curador visitante e consultor de fotografia da Pinacoteca de São Paulo, nos anos de 2016 e 2017, quando realizou a mostra Antilogias: o fotográfico na Pinacoteca. Como artista participou das exposições Triangular: arte deste século – Projeto Aquisições Recentes – Casa Niemeyer – (Brasília/DF); (2019/2020), Sobre a paisagem – Coletiva – Galeria Elf (2019), Transitivo – Inéditos e dispersos – Individual – Kamara Kó Galeria, Belém (2018); Feito poeira ao vento – Fotografia na Coleção MAR – RJ (2017/2018); Cidades invisíveis – MASP – SP (2014); Pororoca – Amazônia no Mar – RJ (2014); Percursos e Afetos – Fotografias 1928/2011 – Coleção Rubens Fernandes Junior – Pinacoteca de São Paulo (2011), Finisterra (individual) – Fauna Galeria – SP (2010) e Fotoclub – Montevideo – Uruguay (2009); Realidades Imprecisas – Sesc Pinheiros – São Paulo (2009); Finisterra_Carta Aérea – Wiesbaden – Alemanha (2008); Bienal del Fin Del Mundo – Ushuaia – Argentina (2007); Desindentidad – IVAM -Valência – Espanha (2006); IX Bienal de Havana (2006) dentre outras. Possui obras nos acervos do Museu de Arte Moderna de São Paulo, do Museu de Fotografia da Cidade de Curitiba, da Coleção Joaquim Paiva – RJ, da Coleção Pirelli/MASP – SP, da Casa da Cultura da América Latina da Universidade de Brasília, do Museu do Estado do Pará – Belém, MABEU – Belém e do MAR – Museu de Arte do Rio – RJ.

OFICINAS

Inscrições: www.namazonia.org

Oficina “Olhos de ver, mas com que olhos?”

Vivência com Miguel Chikaoka

Sinopse: A proposta desta vivência, num formato compacto, é exercitar o pensamento sobre o fazer fotográfico a partir de um ambiente coletivo plural irrigado por atividades pautadas em fazeres e rodas de conversa. Um convite para conectar fluxos que se produzem no tempo espaço dos sentidos e do sensível.

Sobre Miguel Chikaoka

Mora em Belém desde o início dos anos 1980. É graduado em Engenharia Elétrica pela Unicamp, mas sempre atuou no campo da fotografia. Seu ativismo em torno do pensar o do fazer fotográfico resultou na criação da Fotoativa, referência no desenvolvimento da cultura fotográfica na região. Seu processo criativo é permeado por questões que atravessam o espaço tempo da luz, para além das fronteiras da fotografia. Dedica-se, atualmente à pesquisa e à experimentação de práticas educativas inspiradas em abordagens do que constitui a gênese das imagens.

Período da Oficina

17.08 – Quinta-feira -14h às 18h – 4h de duração

18.08 – Sexta-feira, 14h às 18h – 4 horas de duração

Local: Memorial Minas Gerais Vale     – Praça da Liberdade 

Oficina “Fotografia e outras linguagens”

Com Maria Vaz

Sinopse: A oficina tem como objetivo ampliar as possibilidades do fazer fotográfico em encontro com outras linguagens e processos criativos, por meio de obras e reflexões que tensionam os limites da fotografia. Como pensar os artifícios possíveis para quando ela deixa de dar conta sozinha da fotografia, para além do ato do registro fotográfico? Poderia ela ser incorporada ao meio ou, mais ainda, ser a própria materialidade daquilo que representa? Como pensar as fotografias que já foram feitas e incorporá-las ao presente, de modo a reescrever o passado? Qual é o limite da fotografia e daquilo que deseja representar, mostrar ou comunicar?

Sobre Maria Vaz

Maria Vaz é mestra em Artes Visuais pela EBA/UFMG e bacharel em artes plásticas pela UEMG/Guignard. Atua como artista visual, fotógrafa, pesquisadora e produtora cultural. Em seus trabalhos, trata da relação entre memória e esquecimento, real e imaginário, desenvolvendo uma produção híbrida, por meio de imagem e palavra, e do uso de arquivos públicos e privados. É membro dos coletivos/plataformas Women Photograph e Mulheres Luz, e cofundadora do duo Paisagens Móveis, em parceria com Bárbara Lissa, com o qual publicou o fotolivro Três momentos de um Rio (2021) e foi selecionada pelo Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger, no mesmo ano. Foi contemplada, ainda, com o Prêmio Funarte Marc Ferrez de fotografia e participou de exposições individuais e coletivas em diversos estados do Brasil e em Barcelona.

Oficina Maria Vaz: Fotografia e outras linguagens

26.07 – sábado: manha –  10h00 às 13h00 

26.07 – sábado:  tarde –    14h30 ás 17h30

27.07- domingo: manha – 10 às 13horas –

Local: Memorial Minas Gerais Vale – Praça da Liberdade – Belo Horizonte.

Sinopse: O dialogo online se dispõe a promover reflexões sobre a arte e a cultura, relacionando a exposição e suas dinâmica de organização, apresentação e explorando as diversas etapas desde a sua concepção e realização. No encontro será abordada a questão que abre para o publico interessado, o trabalho de curadoria e suas implicações, refletindo sobre as questões práticas e teóricas que implicam da estruturação do projeto de uma mostra. No encontro de 2 horas, os assuntos abordados serão discutidos com os participantes, com auxilio de projeções, analisando o processo de criação do curador nessa mostra

Sobre Rosely Nakagawa

Rosely Nakagawa nasceu em 1954, em São Paulo (SP), onde vive e trabalha. É graduada em Arquitetura pela FAUUSP, em 1977. Fez especialização em Museologia, pela USP, em 1978/80, e em Comunicação e Semiótica, pela PUC-SP, em 2005. Foi coordenadora de projetos de fotografia FUJIFILM 2013 e curadora da FNAC Brasil (desde 2004), da Casa da Fotografia FUJI, de 1994 a 2013, do Festival de mídia eletrônica VideoBrasil (1982 a 2002), do Espaço SENAC Escola de Comunicações e Artes (1994 a 1998), do Espaço Cultural CITIBANK (1987 a 1991). Também atuou como curadora e coordenadora da galeria FOTOPTICA (1979/1986). No que diz respeito aos livros, foi editora de Imagem e diretora de arte do livro Penitentes, deGuy Veloso (Rumos Itau Cultural e Tempo d’Imagem, 2020), Habitants, de Marco Antonio Robert Alves (2016), Edu Mello – Fotografias (2015), OPARA – Onde nasce o São Francisco (2013), com fotografias da Serra da Canastra, de Marco Antonio Robert Alves.

CONTRAPARTIDA SOCIAL

 ATIVIDADES TEMÁTICAS CURATORIAIS

Inscrições: www.namazonia.org

Duas visitas guiadas com Flávio Franzosi

Período Previsto: 12 e 14 de agosto de 2023

Durante o período de montagem e antes da abertura da mostra

São dois encontros com o público, durante a montagem da exposição, direcionado a alunos e professores de universidades públicas e ao público interessado. O responsável pelo projeto expográfico, Flávio Franzosi, falará sobre o processo  de criaçao da expografia.

Números dos participantes: 30 pessoas

Carga horária: 1h

Duas visitas guiadas com Rosely Nakagawa

Período  previsto: 17 e 18 de agosto de 2023

Depois da abertura da exposição, a curadora Rosely Nakagawa fará, junto ao público, reflexões sobre as obras e sua integração ao conceito curatorial e de expografia.

Número dos participantes: 30 pessoas

Carga horária: 1h

ACESSIBILIDADE

A exposição “Um país chamado Pará” possui acessibilidade para todos os públicos. Além das atividades paralelas contarem com intérprete de Libras, há mediação para todos os públicos, com áudio-guia para descrição do espaço da exposição e das obras, tocado em MP3, com caixas de som ou fones de ouvido. Também haverá material impresso, em braile, e com tinta ampliada, nos catálogos, folders e legendas das obras, para pessoas de baixa visão ou cegas (que são 80% da população com deficiência). Para este público, também será oferecida a aplicação de piso portátil de alerta e direcional. No que se refere à localização espacial do visitante na exposição, e para o público cego, também será oferecido um mapa tátil, com pedestal na entrada. A mostra de fotos contará com réplicas táteis, em relevo 2D, para toque. O material de divulgação trará aviso sobre a disponibilidade de intérprete de Libras e a acessibilidade do local, para atender ao público especial.  O projeto de acessibilidade foi desenvolvido por Sílvia Arruda.

CÂMARASETE – CASA DA FOTOGRAFIA DE MINAS GERAIS – Localizada em plena Praça Sete, vizinho do histórico Café Nice, o prédio já havia abrigado o Instituto Moreira Salles, importante instituição voltada para a fotografia em nosso país. A Fundação Clóvis Salgado, atenta à potência atual da fotografia mineira contemporânea, retificou a destinação do espaço para focar especificamente nesse campo das artes visuais. Foi renomeado, então, como CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais, para explicitar a retomada da sua vocação inicial. Além de ser um espaço expositivo, o equipamento tem o compromisso de desenvolver a formação de público nesse segmento.

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.  A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.


Texto: Fundação Clóvis Salgado


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