FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO INAUGURA A EXPOSIÇÃO AINDA QUE DURA, COM TRABALHOS DOS ARTISTAS MINEIROS ARUAN MATTOS E FLAVIA REGALDO, E UM OLHAR DIRECIONADO PARA A PAISAGEM MONTANHOSA DE BELO HORIZONTE

 Ocupando a PQNA Galeria Pedro Moraleida entre os meses de julho e setembro, exposição gira em torno da relação histórica da cidade com suas montanhas, pedreiras, morros e serras


EXPOSIÇÃO| AINDA QUE DURA

Data: 20 de julho (quinta-feira) a 03 de setembro (domingo)

Horário: De terça a sábado, das 09h30 às 21h, domingo de 17h às 21h

Local: PQNA Galeria Pedro Moraleida – Palácio das Artes

(Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte)

Classificação Indicativa: Livre

ENTRADA GRATUITA

Informações para o público: (31) 3236-7400


Ainda QUE DURA – MARCOS. (Crédito: Divulgação)

A PQNA Galeria Pedro Moraleida, no Palácio das Artes, recebe, de 20 de julho a 3 de setembro, a exposição AINDA QUE DURA, com trabalhos dos artistas mineiros Aruan Mattos e Flavia Regaldo. A seleção de obras apresenta um olhar direcionado para a paisagem de Belo Horizonte, ressaltando a relação histórica da cidade com suas montanhas, pedreiras, morros e serras. A entrada é gratuita, e a exposição poderá ser visitada de terça a sábado, das 09h30 às 21h, nos domingos, entre as 17h e as 21h.

Tendo como base uma pesquisa iniciada no ano de 2019, e que parte da matéria mineral, o trabalho dos artistas apresenta três linhas de pesquisa relacionadas a três cinturões da cidade: A Avenida do Contorno, traçado fundamental da cidade planejada; as pedreiras originárias, de onde se extraiu a matéria-prima da nova capital; e as serras que circundam Belo Horizonte – em constante mutação pela expansão da cidade e o aumento no número de edifícios – tendo a Serra do Curral como a borda mais imponente.

O Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam a exposição Ainda que Dura. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e da Vivo e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

AINDA QUE DURA estabelece, por meio de diversas séries de gravuras e serigrafias, o histórico de tensões naturais, sociais e políticas que acompanham a cidade de Belo Horizonte. Em imagens de conteúdo gráfico intenso, as obras combinam conceitos de arquitetura e design para estabelecer um panorama da demografia urbana e uma reflexão acerca das modificações pelas quais a cidade tem passado.

Aruan Mattos, um dos artistas responsáveis pelos trabalhos, afirma que “as obras nasceram de um desejo conjunto de entender as pedreiras que alimentaram Belo Horizonte, para compreender o processo de construção da cidade”. Os visitantes da exposição poderão conferir, neste contexto, uma série de gravuras monotípicas – nome dado à impressão em prova única, em suportes como vidro ou acrílico – relacionada à potência das pedras que formaram a capital do estado.

Outro trabalho significativo são as vistas, elaboradas a partir da ida dos artistas a todas as ruas dentro do perímetro da Avenida do Contorno. Produzidas por meio do processo de serigrafia, as obras procuram mapear, partindo das vias que compõe a cidade, todos os pontos em que as serras (do Curral e da Piedade) podem ser observadas por quem está no interior do traçado original do município – geralmente nas frestas entre as edificações da cidade.

AINDA QUE DURA – VISTAS. (Crédito: Divulgação)

O trabalho dos artistas também abarcou os marcos topográficos – chapas de bronze entalhadas – inseridos nas proximidades das 5 pedreiras relacionadas. A partir das coordenadas destes pontos, traçou-se o desenho do polígono para, em seguida, se encontrar o centro deste. Na nova marcação foi instalado um sexto marco, indicando o primeiro centro geográfico da capital segundo a perspectiva das pedreiras.

Aruan Mattos destaca que a presença da exposição na PQNA Galeria Pedro Moraleida é muito significativa. “A Avenida Afonso Pena faz um eixo muito importante entre dois pontos limites da cidade. Um é a rodoviária, esse portal através do qual se é transportado para fora da cidade, e o outro é a Serra do Curral, que remonta à própria história de Curral del Rei. Então essa exposição tinha que estar aqui. É quase como uma extensão da obra ela estar na PQNA Galeria, porque traz uma camada a mais. E a PQNA Galeria também tem uma conversa com o Jardim Interno, muito simbólico por trazer essa questão das janelas, molduras e vistas. Foi um encontro maravilhoso”, celebra.

Aruan Mattos – Belo-horizontino, nasceu em 1985, cursou Artes Plásticas na Escola Guignard – UEMG, é bacharel em Design Gráfico pela Universidade FUMEC e formou-se no curso técnico de Marcenaria Maciça pelo SENAI. Desenvolve seu trabalho principalmente em Belo Horizonte. Desde 2014 participa da organização e curadoria da Residência Artística Mutuca – RAM. Participou de Residências Artísticas e exposições dentro e fora do Brasil. Entre outros, foi ganhador da Bolsa Funarte de Estímulo à Produção em Artes Visuais (edição 2012).

Flavia Regaldo – Formada em Comunicação e Mídia pela Goldsmiths College, Universidade de Londres, com especialização prática em fotografia e produção de documentário. Cursou também disciplinas no curso Disciplinas das Artes, Música e Espetáculo (DAMS) da Universidade de Bologna. Atualmente cursa Artes Plásticas na Escola Guignard – UEMG. Trabalhou em diversas instituições relacionadas a vídeo e cinema em Londres, assim como produtora artística responsável pela montagem de novas exposições no Centro de Arte Contemporânea INHOTIM. Desde 2014 participa da organização e curadoria da Residência Artística Mutuca – RAM. Como artista visual participou de diversas exposições e residências artísticas. Entre outros, recebeu a Bolsa Funarte de Estímulo à Produção em Artes Visuais (edição 2012).


Texto: Fundação Clóvis Salgado


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