MAESTRO HERNÁN SÁNCHEZ FAZ GRANDE ESTREIA À FRENTE DO CORAL LÍRICO DE MINAS GERAIS COM A CANTATA “CARMINA BURANA”

O coro interpreta, acompanhado de piano e percussão, a obra mais famosa do compositor alemão Carl Orff, que tem no profano sua fruição artística

CONCERTOS DA LIBERDADE | LÍRICO AO MEIO-DIA E LÍRICO EM CONCERTO | CARMINA BURANA, DE CARL ORFF

(versão para coro, pianos e percussão)

Datas e horários:

11/04/2023 (terça-feira), às 12h – Gratuito

12/04/2023 (quarta-feira), às 20h – Plateia I: R$20,00 (inteira) | plateia II: R$15,00 (inteira) | Plateia superior: R$10 (inteira). Ingressos também podem ser adquiridos com meia entrada.

Link para compra de ingressos: https://www.eventim.com.br/event/concertos-da-liberdade-coral-lirico-em-carmina-burana-palacio-das-artes-16850126/

Local: Grande Teatro Cemig Palácio das Artes

Endereço: Av. Afonso Pena, 1.537 – Centro – Belo Horizonte

Classificação: 10 anos

Informações para o público: (31) 3236-7400

A famosa cantata “Carmina Burana”, considerada a obra prima do compositor alemão Carl Orff, ganha mais uma interpretação na edição deste mês da série Concertos da Liberdade. Com regência do novo maestro titular do Coral Lírico de Minas Gerais (CLMG), Hernán Sánchez, a Fundação Clóvis Salgado promove, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, duas apresentações da composição. O evento acontece nos dias 11 de abril (terça-feira), ao meio-dia, com trechos do repertório e entrada gratuita sem retirada de ingressos, e no dia 12 de abril (quarta-feira), às 20h30, com entrada a preços acessíveis.

Além do CLMG, tendo Melina Peixoto como soprano e Júlio Mendonça como tenor, o concerto vai contar com a participação de Lício Bruno (Baixo/Barítono), do pianista Fred Natalino, e da artista Patrícia Valadão. Segundo o maestro Hernán Sánchez, “Carmina Burana é uma obra eterna e muita atual. É uma obra que fala do desejo do amor, do amor ideal, carnal, primaveral. O trabalho trata de distintos momentos da vida. Muitas vezes a partitura nos fala com paixão, e traz até mesmo uma maneira selvagem para as vozes. A cantata relata muitos atos de amor. A versão que apresentaremos tem dois pianos e percussão. E mostra perfeitamente o tratamento sofisticado das vozes e dos solistas, demonstra todo o virtuosismo dos músicos. A obra tem quase mil anos e se mantém muito forte e contemporânea”.

O concerto também marca a estreia no Grande Teatro CEMIG Palácio das Artes do novo regente titular do CLMG, Hernán Sánchez. “Fico muito emocionado em estar à frente da Coral Lírico de Minas Gerais Minas Gerais tem um coro de muita excelência musical, de excelência humana. O CLMG é um coral muito eclético, virtuoso, que pode cantar muitos estilos sempre com maestria”, pontua Sánchez.

“Carmina Burana”, do alemão Carl Orff, é uma cantata para palco, na qual o coro desempenha o papel principal. A grande maioria dos ouvintes está familiarizada com a versão para grande orquestra desta cantata profana, mas poucos conhecem a versão preparada pelo aluno do compositor, Wilhelm Killmayer e autorizada por Orff, em 1956, para dois pianos e seis percussionistas. O texto de “Carmina Burana” consiste numa compilação que Carl Orff fez a partir de uma edição de J.A. Schmeller, publicada em 1847, de um manuscrito que fora preservado no mosteiro bávaro de Benediktbeurn, região próxima a Munique. Datado de 1300, este manuscrito continha uma coletânea de 400 canções profanas em latim, francês meridional e alto alemão da Idade Média, das quais 25 foram extraídas e musicadas por Carl Orff.

Escritas por uma confraria de literatos bávaros conhecidos como Goliardos (monges e seminaristas dissidentes que faziam poemas contra a igreja da época), as canções contêm, em sua essência, motivos profanos com temas ligados à bebida, ao jogo e aos prazeres da mesa, além das alusões críticas aos costumes medievais. Muitas vezes essas obras chegam ao humor crítico malicioso e ao erotismo, representando um conflito dentro da sociedade medieval e uma oposição à igreja. Apesar das proibições eclesiásticas, os Goliardos sobreviveram até o século XV. Carl Orff manteve a seleção destes textos em idiomas originais e agrupou as canções em três partes principais, estruturadas por um vigoroso hino em louvor à deusa Fortuna, a verdadeira senhora do mundo.

A invocação da abertura é seguida de uma descrição da primavera e do mundo profano, representada por canções e danças rústicas. A segunda parte é situada em uma taverna medieval, onde não só os hóspedes vulgares erguem a voz, como também o cisne no espeto lamenta o próprio destino. A corte do amor, terceira parte, confere maior evidência aos cantores solistas do que as duas anteriores, e a canção final “Blanziflor et Helena” retorna ao coro em louvor a Fortuna, como na abertura da obra.

Texto: Fundação Clóvis Salgado

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