Em celebração ao Natal de Mineiridade, Palácio da Liberdade recebe exposição de presépios de artesãos do Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas Gerais
Dos dias 6 de dezembro de 2022 (terça-feira) até 6 de janeiro de 2023 (sexta-feira), o Palácio da Liberdade recebe a exposição “Uma Noite Sagrada – Presépios de Minas Gerais”, realizada pela Fundação Clóvis Salgado em parceria com o Centro de Artesanato Mineiro (CEART) e Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEDE), por meio da Diretoria de Artesanato. Utilizando diferentes materiais e suportes, os presépios foram concebidos por artesãos de cidades do Norte de Minas Gerais, incluindo a região do Vale do Jequitinhonha. A mostra faz parte das celebrações do Natal da Mineiridade, que acontecem a partir do dia 2 de dezembro em diferentes espaços públicos e culturais da cidade.
A exposição conta com um recorte específico de duas regiões do Estado: o Norte de Minas e o Vale Jequitinhonha, localidades onde se encontram importantes mestres artesãos e onde o artesanato tradicional e a arte popular mineira são o seu patrimônio cultural. Cada presépio expressa o simbolismo da fé católica, com suas próprias características, refletindo personagens presentes no cotidiano de cada artista: o pescador, o violeiro, o lavrador, o barqueiro, os bichos, dentre outros.
O acervo conta com cerca de 40 peças, elaboradas com exclusividade para o evento, e contempla as cidades de Araçuaí, Caraí, Felício dos Santos, Itaobim, Jenipapo de Minas, Minas Novas, Pedra Azul, Ponto dos Volantes, no Vale Jequitinhonha, e Curral de Dentro, Januária, Salinas, São João do Paraíso e Taiobeiras, no Norte de Minas. As peças foram elaboradas com diversas matérias primas, como a argila, fibras naturais, cabaça, ferro e materiais reciclados. Algumas obras também possuem diferentes técnicas tradicionais, como o bordado e o crochê.
As peças expostas em “Uma Noite Sagrada – Presépios de Minas Gerais” trazem em si a expressividade e o saber do povo mineiro. Para Douglas Cabido, Subsecretário de Desenvolvimento Regional da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, “o Natal é um momento de reflexão e renascimento, e os nossos artesãos demostram toda sua fé, arte e religiosidade através dos presépios mineiros, mesclando cultura de tradição com oportunidade de negócios, uma vez que toda exposição estará disponível para comercialização. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico agradece a Secult e a FCS, por meio do Circuito Liberdade, por essa oportunidade de integrar o Natal da Mineiridade com essa exposição tão expressiva”, destaca.
Segundo Sérgio Rodrigo Reis, Presidente da Fundação Clóvis Salgado, a exposição de presépios no Palácio da Liberdade reforça a importância de ocupação do espaço para além de uma contemplação exclusivamente arquitetônica. “O espaço do Palácio da Liberdade é de todos os mineiros, e deve abrigar as mais variadas formas de expressão artística. A mostra de presépios traz ao espaço a riqueza do Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas Gerais, regiões com expressiva produção artística, ocupando cada vez mais espaços de destaque”, celebra.
Após o período expositivo, todas as peças estarão disponíveis para venda, que será realizada por meio do Centro de Artesanato Mineiro, no Palácio das Artes. Desta forma, além de possibilitar o acesso a um acervo único e de afinidade universal, a mostra também cumpre com mais uma contrapartida prevista em termo de Permissão de Uso do Espaço, ao qual há atenção para o compartilhamento e difusão e bens artísticos do artesanato tradicional mineiro.
A tradição de montar presépios – Há mais de 2 mil anos, uma história muito conhecida deu origem ao presépio de Natal. Uma tradição que conhecemos e que é representada através de desenhos, pinturas, bordados, esculturas, em diversos tipos de matérias-primas e com diferentes técnicas.
A origem dos presépios se deu em 1223, através de uma pregação feita por São Francisco de Assis, em que o mesmo, de uma forma teatral, tentava mostrar às pessoas como teria acontecido o nascimento do menino Jesus. Com autorização de um papa da época, ele então construiu um cenário utilizando a argila como matéria-prima. Fez as personagens que fizeram parte da noite memorável. As pessoas se impressionaram de tal maneira com o espetáculo que passaram a adotar o costume de montar um presépio dentro de casa, tradição esta que segue até os dias atuais.