Realizando pela Fundação Clóvis Salgado aconteceu na noite desta quarta-feira, o Concerto de Premiação do 8° Concurso para Jovens Solistas da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, com regência do maestro Roberto Tibiriçá
Nesta edição, foram cinco jovens selecionados na categoria Instrumento, e os contemplados se apresentaram, como forma de premiação, ao lado da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. O Concerto de Gala desta quarta-feira contou com a ilustre participação do padrinho da premiação, o pianista Arthur Moreira Lima.
Os concertos tiveram a presença de um intérprete de libras, para o acompanhamento das ações e orientação ao público PCD auditivo nos espaços que dão acesso ao teatro (hall e foyer). A APPA – Arte e Cultura é correalizadora do Concurso além de atuar no gerenciamento de recursos e da programação artística da FCS.
Os vencedores do 8° Concurso para Jovens Solistas foram a aboísta Laila Rodrigues, os pianistas Jordan Alexander e Emilly Alberto, além dos violinistas Gabriel de Almeida e João Pedro Ferraz.
O repertório da apresentação contou com o primeiro movimento do “Concerto para violino e orquestra em Ré Maior, op. 77”, de Johannes Brahms, com solo de Gabriel de Almeida, seguido do primeiro movimento do “Concerto para oboé e orquestra em Dó Maior, KV314”, de Wolfgang Amadeus Mozart, com solo de Laila Rodrigues, e do primeiro movimento de “Concerto para violino e orquestra em Ré Maior op. 35”, de Piotr Tchaikovsky, com solo de João Pedro Ferraz.
Após o intervalo, o pianista Arthur Moreira Lima interpretou o segundo movimento de “Concerto para piano e orquestra n. 23 em Lá Maior, K. 488”, de Wolfgang Amadeus Mozart. A apresentação se encerrou com o solo de Jordan Alexander para o segundo movimento de “Concerto para piano e orquestra n.2, op. 22”, de Camille Saint-Säens, seguido do primeiro movimento de “Concerto para piano e orquestra em Sol Maior”, de Maurice Ravel, com solo de Emilly Alberto.
Promovido pela FCS desde 2010, o Concurso é uma iniciativa que busca ampliar as oportunidades no mercado de trabalho da música erudita para os que estão no início de carreira. Como prêmio maior, além de visibilidade, os cantores e músicos podem desfrutar do ambiente típico de um grande concerto, ao lado dos corpos artísticos da Fundação Clóvis Salgado, interpretando composições do repertório erudito mundial.
Para o maestro Roberto Tibiriçá, a oportunidade de participar de um concerto ao lado da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais é de máxima importância para a carreira de um jovem cantor. Além disso, Tibiriçá destacou a relevância do Concurso como um processo de troca de aprendizados. “O Concurso valoriza não só o jovem, como também premia indiretamente os professores, que são os educadores responsáveis por esse sucesso”, afirmou.
O maestro ressaltou, ainda, a oportunidade única dada aos vencedores de se apresentarem ao lado de uma grande Orquestra. “O início da trajetória desses artistas é limitado a apresentações de pequena escala, e um evento dessa magnitude proporciona um grande diferencial na carreira de cada um”. A banca de avaliação teve Roberto Tibiriçá como presidente.
Regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais de 2010 a 2013 e titular da cadeira de nº 5 da Academia Brasileira de Música, o maestro foi, também, vencedor do prêmio de Jovem Regente da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo nos anos de 1983 e 1984, em que passou a ser o Principal Regente-Convidado, atuando por quase 18 anos ao lado do Maestro Eleazar de Carvalho, criador do Concurso de Jovem Regente da Osesp. Em 2010, o maestro sugeriu o concurso em igual formato para a FCS.
Jovens Solistas selecionados
Entre os jovens solistas deste ano, destaca-se a presença de músicos originários do Estado de São Paulo. Para a oboísta Laila Rodrigues, de Belo Horizonte, “o Concurso é de grande importância por proporcionar a oportunidade de execução uma peça relevante para o repertório de um músico instrumentista em sua forma plena, isto é, com uma orquestra profissional, conceituada como a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais – OSMG. Também é uma forma de validar o resultado de um longo tempo de dedicação ao estudo do instrumento e da peça a ser apresentada, além de ser um grande desafio tocar para um público que possa reconhecer o valor desse trabalho”.
Já o jovem instrumentista de Butantã em São Paulo, Jordan Alexander, “o Concurso é muito importante pois jovens músicos que estão se destacando tem a oportunidade de solar com a OSMG no Grande Teatro do Palácio das Artes! Estar no palco com uma orquestra é sempre uma experiência muito especial e uma atmosfera única. Minhas expectativas para a noite de estreia são as melhores possíveis. O Concerto No. 2 de Saint-Saens sempre foi um dos concertos que eu guardo no coração”. Jordan é pianista e vai interpretar o segundo movimento do Concerto de Sanit-Saens.
Já o violinista Gabriel Almeida declarou que “no Brasil há uma escassez de concursos para jovens músicos poderem ter experiências de tocarem concertos que estudam ao longo de suas carreiras. Poder ter a experiência de solar um de meus concertos favoritos para violino não tem preço. É simplesmente uma honra imensa”.
Outro jovem instrumentista paulista é o violinista João Pedro Ferraz, da capital São Paulo, que declarou o Concurso é uma oportunidade muito grande para um jovem músico em começo de carreira. É a chance única de tocar um concerto como solista, acompanhado de uma orquestra tradicional no meio da música clássica nacional. E essa experiência se torna completa e muito enriquecedora tendo o maestro Roberto Tibiriçá à frente do concurso, realmente uma aula a cada ensaio”.
A pianista Emilly Alberto, também da capital paulista, acredita que “o Concurso Jovens Solistas é de suma importância, uma vez que oferece visibilidade e a oportunidade de tocar com uma orquestra desse calibre. Para muitos que se apresentarão, será a primeira experiência ao lado de uma orquestra, sonho que estaria distante de ser realizado sem a existência do concurso. Vida longa aos Concurso Jovens Solistas da OSMG!”
A realização é do Ministério da Cultura, Governo do Estado de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, por meio da Fundação Clóvis Salgado e Circuito Liberdade. A correalização é da APPA – Arte e Cultura. As mantenedoras são a Cemig e o Instituto Cultural Vale. O patrocínio master é da ArcelorMittal Brasil. O patrocínio é da Usiminas. A promoção é da Rede Minas e da Rádio Inconfidência. Viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura.