PALÁCIO DAS ARTES APRESENTA “CARMEN – ESPETÁCULO DE DANÇA E MÚSICA”, COM REGÊNCIA DE LIGIA AMADIO E COREOGRAFIA DE LUIZ FERNANDO BONGIOVANNI

Repertório reúne trechos da ópera de Georges Bizet e a adaptação do compositor russo Rodion Shchedrin; Apresentações acontecem nos dias 19, 20, 21 e 22, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes


Carmen – espetáculo de dança e música

Datas: 19 de dezembro a 22 de dezembro

Horário: 19h

Local: Grande Teatro Cemig Palácio das Artes

(Avenida Afonso Pena, 1537, Centro)

Classificação indicativa: 10 anos

Ingressos a R$40 (inteira) e R$20 (meia-entrada)

Informações para o público: (31) 3236-7307 / www.fcs.mg.gov.br

Informação para a imprensa:

Arthur Santana | (31) 3236-7377 | (31) 98325-9162 |

arthur.santana@fcs.mg.gov.br


Ensaio Fotográfico de “Carmen”, novo espetáculo de dança e música do Palácio das Artes (Crédito: Paulo Lacerda)

A Cia de Dança Palácio das Artes (CDPA), o Coral Infantojuvenil do Palácio das Artes, o Coral Lírico de Minas Gerais e a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais apresentam, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes,  “Carmen – espetáculo de dança e música”, de 19 a 22 de dezembro, às 19h. A direção geral e coreografia são assinadas por Luiz Fernando  Bongiovanni, assistência coreográfica de Vitor Rosa e direção musical e regência de Ligia Amadio. Os ingressos estão à venda na bilheteria do Palácio das Artes e no site da Eventim, a R$40 (inteira) e R$20 (meia-entrada).

O espetáculo se inicia com a apresentação do Coral Infantojuvenil Palácio das Artes, do Coral Lírico de Minas Gerais e da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais sob a regência da maestra titular Ligia Amadio. Juntos, eles prometem proporcionar uma experiência emocionante e envolvente ao executarem trechos da célebre ópera “Carmen”, de Georges Bizet. A obra conta a história da personagem-título, uma cigana sedutora que luta pela liberdade de tomar suas próprias decisões e amar quem quiser. Ao conhecer Don José, a protagonista acaba enfrentando o amor possessivo que ele nutre por ela. Três árias se tornaram clássicas: “L’amour est un oiseau rebele” (também conhecida como Habanera, que, na verdade, é um gênero musical e uma dança cubanos, interpretados por Carmen), “Toureador” e “Seguidilla”.

Na segunda parte, a Companhia de Dança Palácio das Artes subirá ao palco, sob a direção geral e coreografia de Luiz Fernando Bongiovanni, apresentando a versão de “Carmen”  de Rodion Shchedrin. Reconhecido por seu trabalho inovador e pela capacidade de unir diferentes linguagens artísticas, o coreógrafo traz uma visão contemporânea para a obra clássica, enriquecendo ainda mais a sua narrativa. Nesta montagem, ele traz uma visão inovadora da criação de Bizet, reinterpretando a paixão e o drama da história através de movimentos coreográficos que capturam a essência dos personagens e suas emoções. Através de sua direção, ele busca criar uma experiência imersiva, onde a dança se torna um veículo poderoso para a narrativa da ópera.

Ensaio Fotográfico de “Carmen”, novo espetáculo de dança e música do Palácio das Artes (Crédito: Paulo Lacerda)

A obra original é uma ópera em quatro atos do compositor francês Georges Bizet, com libreto de Henri Meilhac e Ludovic Halévy, baseado no romance homônimo de Prosper Mérimée. A montagem estreou em 1875, no Opéra-Comique de Paris, e não foi bem recebida pelo público e crítica. A narrativa se afastava de outras tramas tradicionais da época, justificando a aversão dos franceses. Após uma apresentação realizada em Viena, em outubro do mesmo ano, a produção foi bem recebida pelo público austríaco e reconhecida como um sucesso.

A apresentação de “Carmen – espetáculo de dança e música” é realizada pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e Fundação Clóvis Salgado. A ação é viabilizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Governo Federal, Brasil: União e Reconstrução. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm a Cemig como mantenedora, Patrocínio Master do Instituto Cultural Vale, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal, Patrocínio da Vivo e correalização da APPA – Cultura & Patrimônio. O Palácio das Artes integra o Circuito Liberdade, que reúne 35 equipamentos com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo.

Ensaio Fotográfico de “Carmen”, novo espetáculo de dança e música do Palácio das Artes (Crédito: Paulo Lacerda)

Uma obra ainda contemporânea –  Os eventos de Carmen acontecem na Espanha do século XIX. A personagem-título, uma cigana bonita e atraente, é presa por Don José após uma confusão acontecida na fábrica de cigarros em que trabalhava. Com o intuito de ser ver livre, Carmen seduz o militar, que acaba sendo preso por permitir que a mulher fugisse. Algum tempo depois, os personagens encontram-se novamente e Don José acaba desertando do exército para viver seu amor. Porém, ele fica obcecado por ela e começa a segui-la. Com o aumento dos ciúmes de seu parceiro, Carmen o rejeita e se apaixona pelo toureador Escamillo. Na última vez que se encontram, o ex-militar implora para que Carmen reate o relacionamento e a ameaça, mesmo assim ela o recusa, pedindo para ele matá-la ou deixá-la livre. Em um final dramático, ele, então, a esfaqueia.

A ópera de Bizet, ao trazer uma protagonista feminina que não se submete à vontade masculina e luta para definir o seu próprio destino, demonstra uma narrativa à frente dos ideais compartilhados pela sociedade francesa da época, acostumada a personagens subservientes, púdicas e de moral inabalável. Além disso, o fim trágico da protagonista traz à tona uma questão social que se faz relevante ainda na contemporaneidade.

Sônia Pedroso, diretora da Cia. de Dança Palácio das Artes, comenta sobre o caráter contemporâneo que a história de Carmen proporciona. “A ópera Carmem fala sobre o feminicídio, um assunto extremamente atual. O mais interessante é trazer a contemporaneidade nessa obra, de dois séculos atrás, porque ela aborda um assunto que ainda é da nossa época e se estende por muito tempo. Além disso, a narrativa trata sobre as relações, uma situação cotidiana, de sempre” define.

O coreógrafo Luiz Fernando Bongiovanni ressalta que a discussão sobre o feminicídio foi um dos motivos que levou à escolha da interpretação desta produção em específico. “Vale lembrar que a escolha de Carmen se deu por atender alguns requisitos que acho fundamentais no processo de trabalho de companhias oficiais. Por um lado é um diálogo com a tradição, seja a partir do texto de Prosper Mérimée, seja da ópera de Georges Bizet. Ambas as obras são parte de uma tradição ocidental a respeito do assunto que se torna um segundo ponto importante, o desejo de endereçar a questão do feminicídio, no mundo e no Brasil”.

Ensaio Fotográfico de “Carmen”, novo espetáculo de dança e música do Palácio das Artes (Crédito: Paulo Lacerda)

Parceria inédita e potente – A Companhia de Dança Palácio das Artes apresenta a versão de “Carmen” de Rodion Shchedrin, compositor russo conhecido por suas obras que muitas vezes reinterpretam clássicos. Seu trabalho é uma adaptação da famosa ópera de Bizet, chamada “Carmen Suite”. Shchedrin realizou essa composição em 1967, transformando a história e a música de Bizet em uma nova experiência musical. A “Carmen” de Rodion é marcada por um uso inovador de instrumentos e uma linguagem musical que mistura elementos do folclore russo com as melodias originais do compositor francês. A peça é frequentemente elogiada por sua energia rítmica e pela forma como Shchedrin explora as emoções dos personagens, mantendo a essência da trama original.

Essa apresentação é resultado de uma parceria inédita entre a Cia de Dança e Bongiovanni. Segundo ele, o desejo de trabalhar em conjunto é antigo, e o fruto dele rendeu uma apresentação singular. “Fui bailarino do Balé da Cidade de São Paulo em um período em que admirávamos muito os trabalhos do Palácio. Sempre admirei muito a companhia e, no Brasil, talvez fosse uma das que mais tinha desejo de trabalhar junto. A recepção do grupo, elenco e direção não poderia ter sido mais carinhosa e produtiva. Acho que temos, como resultado desse encontro, um potente trabalho que pode contribuir com a bela fase em que o grupo se encontra, produzindo com mais frequência e com muita qualidade”, sustenta o diretor e coreógrafo.

A coreografia foi elaborada em conjunto com o elenco, em um processo de coautoria por parte dos bailarinos. Bongiovanni tem o hábito de trabalhar dessa forma e, para isso, ele disponibiliza técnicas para guiar o processo. “Tenho uma metodologia de trabalho que busca a colaboração com o elenco, um trabalho de coautoria a partir de uma série de ferramentas que disponibilizo a cada trabalho. Isso faz parte de um repertório pessoal desenvolvido ao longo dos anos como bailarino no Brasil e no exterior e posteriormente como coreógrafo”, afirma.

A diretora da Cia de Dança destaca o processo de aprendizado proporcionado durante a colaboração. “Trabalhar com o Bongiovanni foi maravilhoso. Ele é um artista de enorme talento, com uma bagagem enorme tanto como coreógrafo, diretor e professor. A sua linguagem é extremamente sensível e artística e tem nos acrescentado trabalhar com ele. Bongiovanni é um artista completo, extremamente sensível, com um olhar único sobre o trabalho”, afirma.

Tanto a obra de Bizet quanto a releitura de Shchedrin são produções conhecidas por um caráter inovador. Enquanto a ópera original desafia os costumes e moralismo de uma França conservadora, a proposta desenvolvida em “Carmen Suite” traduz a trama para outra linguagem, a dança, além de introduzir elementos da cultura russa. Esses fatores, associados à popularidade do enredo, proporcionam um desafio para que outras adaptações sejam realizadas. Para o coreógrafo, a complexidade reside no equilíbrio entre respeitar o material original e também provocar uma sensação singular no espectador. “Talvez o mais importante desafio seja trazer algo para o público que tenha a essência da história, que possa comover as pessoas e assim trazer uma experiência pessoal com o drama de Carmen e Don José”, explica.

Ensaio Fotográfico de “Carmen”, novo espetáculo de dança e música do Palácio das Artes (Crédito: Paulo Lacerda)

Ficha técnica de “Carmen – espetáculo de dança e música”

  • Direção Geral e Coreografia: Luiz Fernando Bongiovanni
  • Direção Musical e Regência: Ligia Amadio
  • Dramaturgia: Edson Bueno
  • Assistente de direção e coreografia: Vitor Rosa
  • Figurinos: Paulo Vinicius
  • Cenografia: Gelson Amaral
  • Iluminação: Gabriel Pederneiras

Música: “Carmen Suite” de Rodion Shchedrin

CIA DE DANÇA PALÁCIO DAS ARTES – A Cia de Dança Palácio das Artes é reconhecida nacionalmente, sendo referência para a história da Dança em Minas Gerais. Foi institucionalizada, em 1971, pela Fundação Clóvis Salgado (FCS), por meio da fusão dos integrantes do Ballet de Minas Gerais e da Escola de Dança, ambos dirigidos por Carlos Leite. Atualmente, desenvolve repertórios de dança contemporânea e atua também nas óperas da FCS.  Tendo a cocriação e a transdisciplinaridade como pilares, a CDPA desenvolve pesquisas quanto à diversidade do intérprete na cena artística contemporânea, estabelecendo frutífero diálogo entre tradição e inovação. Ao longo de seus 53 anos de atuação, já se apresentou em várias cidades de Minas e em diversas capitais do Brasil, além de países como Cuba, França, Itália, Palestina, Jordânia, Líbano e Portugal.

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado é responsável, ainda, pela gestão do Circuito Liberdade, do qual fazem parte o Palácio das Artes e a CâmeraSete. Em 2021, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todas as pessoas.


Texto: Fundação Clóvis Salgado


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