ÓPERA INÉDITA “MATRAGA”, DE RUFO HERRERA, CHEGA AO PALÁCIO DAS ARTES

Espetáculo tem direção musical de Ligia Amadio, regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, e direção cênica da atriz e dramaturga Rita Clemente; além da OSMG, participam também da montagem o Coral Lírico de Minas Gerais e a Cia de Dança Palácio das Artes


MATRAGA, DA OBRA DE JOÃO GUIMARÃES ROSA | ÓPERA EM TRÊS ATOS, DE RUFO HERRERA

Datas e horários: 25 (quarta-feira), 27 (sexta-feira) e 28 de outubro (sábado), às 20h30; 29 de outubro (domingo), às 19h

Local: Grande Teatro Cemig Palácio das Artes

(Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte)

Ingressos: R$60,00 (inteira – Plateias I e II) e R$50,00 (inteira – Plateia Superior)

Classificação Indicativa: 14 Anos

Informações para o público: (31) 3236-7400


Ópera Matraga. (Crédito: Guto Muniz).

“MATRAGA NÃO É MATRAGA, NÃO É NADA. Matraga é Estêves. Augusto Estêves, filho do Coronel Afonsão Esteves, das Pindaíbas e do Saco-da-Embira. Ou Nhô Augusto – o homem”. Assim começa A Hora e a Vez de Augusto Matraga, de João Guimarães Rosa (1908-1967). Assim continua a quase épica história do “homem”. Assim termina com a hora e a vez, “a morte e a morte” de Augusto Matraga. Daí o desafio da Fundação Clóvis Salgado de levar, ao cenário imaginário, o Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, este épico da literatura brasileira moldado como ópera, a junção de todas as artes.

Em três atos, Matraga, inspirada no conto A Hora e a Vez de Augusto Matraga, de João Guimarães Rosa, chega com libreto e música de Rufo Herrera, artista que, neste ano, completou 90 anos. E também participações mais que especiais dos corpos artísticos da Fundação Clóvis Salgado: Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG), Coral Lírico de Minas Gerais (CLMG) e Cia. de Dança Palácio das Artes (CDPA). Grande elenco de solistas e a narração do ator Gilson de Barros, conhecido pela atuação inspirada no universo rosiano.

Na Temporada 2023, a ópera será apresentada nos dias 25 (quarta-feira), 27 (sexta-feira) e 28 de outubro (sábado), às 20h30, e dia 29 de outubro (domingo), às 19h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, em Belo Horizonte. A direção musical é de Ligia Amadio, com regência da maestra nos dias 25, 27 e 29, e de André Brant, no dia 28. Matraga tem concepção e direção cênica de Rita Clemente; cenografia de Miriam Menezes; figurinos de Sayonara Lopes; direção coreográfica de Alex Soares; preparação do Coral Lírico feita por Hernán Sánchez; e direção geral de Cláudia Malta.

Ministério da Cultura, o Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam a ópera Matraga, da obra de João Guimarães Rosa. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e da Copasa e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

A Hora e a Vez de Augusto Matraga é o último e o mais emblemático conto de livro Sagarana (1946), estreia de João Guimarães Rosa na literatura. Para o crítico literário Antonio Candido (1918-2017), é a obra-prima de Sagarana, “onde o autor entra em região quase épica de humanidade e cria um dos grandes tipos de nossa literatura, dentro do conto que será, daqui por diante, contado entre os dez ou doze mais perfeitos da língua”. O regional encontrando o universal.

No conto e em dois filmes – A Hora e Vez de Augusto Matraga (1965), dirigido por Roberto Santos, vencedor do Festival de Brasília em 1966, e A Hora e a Vez de Augusto Matraga (2015), dirigido por Vinícius Coimbra e vencedor do Festival do Rio, antes do lançamento comercial, em 2011 – Augusto Matraga é um fazendeiro poderoso e violento, “duro, doido e sem detença, como um bicho grande do mato”, rude como as terras remotas de Minas. Por temperamento, desprezo e ganância, perde tudo; dinheiro, posses e mais. Traído pela mulher, Dionóra, ao tentar recuperá-la e vingar sua honra, Matraga é emboscado e espancado por seus inimigos, os capangas do Major Consilva. Atirado de um despenhadeiro num abismo, é dado como morto. Salvo pela bondade de um casal humilde, em busca do perdão para seus pecados e de um lugar no Céu, apega-se à religiosidade. Aparentemente resignado, Augusto conhece então o jagunço Joãozinho Bem-Bem, “o arranca-toco, o treme-terra, o come-brasa, o pega-à-unha, o fecha-treta, o tira-prosa, o parte-ferro, o rompe-racha, o rompe-e-arrasa”, que desperta seus instintos mais primitivos. Matraga oscila entre a crença, a esperança – que não consegue abandonar – e a violência de sua natureza.

Ópera Matraga. (Crédito: Guto Muniz).

O presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis, conta que “Matraga é um espetáculo ousado, contemporâneo, com características operísticas e sob inspiração de uma dramaturgia tipicamente mineira. Escolhemos o que em Minas é mais universal: a genialidade de João Guimarães Rosa. As apresentações no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes darão aos espectadores a oportunidade de desfrutar de um momento único, de rara criatividade e expressão artística. O Palácio das Artes junta-se às realizações de âmbito nacional, mobilizando a força criadora de uma das mais importantes e expressivas estruturas de produção artística do país. A obra e o espetáculo incorporam-se à dramaturgia mineira”.

A abordagem de Rufo Herrera traz João Guimarães Rosa para dentro da obra que, como narrador, caminha pelo sertão. Não é uma ópera convencional, é música que tem elementos incidentais. Nas palavras do próprio Herrera, “venho da música folclórica, popular, e fui para a erudita. Minha opção pelo conto A Hora e a Vez de Augusto Matraga para uma obra cênico-musical, devo-a, em primeiro lugar, à minha vivenciada identificação com o universo da literatura rosiana, sua força poética, que me inspira, e sua filosófica revelação do ser humano em profundidade. O homem lá, onde João Guimarães Rosa o foi buscar – O Sertão das Gerais – oscila permanentemente entre o bem e o mal. Ora se apruma, ora cai ao nível da fera, ora paira acima de Deus e do diabo”.

Rufo Herrera lembra que teve Grande Sertão: Veredas como livro de cabeceira por cerca de 10 anos. “Sagarana vinha logo depois. Sua literatura é realista, mas realista fantástica. Tem coisas e personagens que de fato acontecem no sertão. Quando a Fundação Clóvis Salgado me chamou para criar Matraga, eu já tinha o texto na ponta da língua e dois objetivos: promover a literatura de João Guimarães Rosa e trazer a obra para um estilo de composição do século XX. Vivi esses personagens, quando morei na Bahia. Essa intimidade me levou a tratar dos temas que ele aborda. Uma das forças da natureza da ópera é a violência de Matraga”.

O sertão de João Guimarães Rosa, de Minas Gerais, não é o sertão de Jorge Amado, Glauber Rocha e da Bahia.  Não é o Velho Oeste de Clint Eastwood e dos Estados Unidos. É a terra de coronéis, cangaceiros, sertanejos, justiceiros e pistoleiros, no dilema entre o livre-arbítrio e o determinismo, na infinita luta do bem contra o mal e suas consequências, ainda mais violentas e injustas. Nhô Augusto se redime da violência, não como o Alex, no filme Laranja Mecânica, depois de passar, quimicamente, por um tratamento, uma terapia de aversão à violência; mas pelo desespero da eternidade.

O sertão da ópera Matraga não é o sertão de Antônio Conselheiro. É personagem como a terra, o homem e a luta, em Os Sertões, de Euclides da Cunha. A terra é música, cenário e protagonista, como são a luta e o homem.

Para a diretora, Rita Clemente, “quando dizemos que esta obra cênica é composta por drama e lirismo; quando reforçamos que é um teatro musicado, ou que é um espetáculo Teatral para orquestra, ballet, canto e coral, estamos afirmando que, com todos estes pressupostos, trata-se de Ópera. Ópera em seu sentido mais arquetípico e menos corriqueiro. A genealogia deste gênero teatral, a Ópera, não nos deixaria mentir. Temos aqui um modo muito especial de fazer uma Ópera. Posto isto e, contraditoriamente, afirmo que temos, acima de tudo, Teatro, sim, com “T” maiúsculo. Não existe apenas um modo de se fazer óperas. Há muitas maneiras e algumas sequer conhecemos. O que oferecemos aqui não é uma nova maneira. É um diferente modo. Matraga comemora a mineiridade”.

Narrado em terceira pessoa, o conto enfatiza duas constantes no sertão: a violência e a crença. E uma inconstante, a redenção do crime, com castigo, penitência, perdão e destino, através do catolicismo popular: “reze e trabalhe, fazendo de conta que esta vida é um dia de capina com sol quente, que às vezes custa mais a passar, mas sempre passa. E você ainda pode ter muito pedaço bom de alegria… Cada um tem a sua hora e a sua vez: você há de ter a sua”.

“E tudo foi bem assim, porque tinha de ser, já que assim foi”.  Matraga é onde os fracos não têm vez e mesmo os fortes têm hora e vez.

Páginas e artes no palco – Com Matraga, a Fundação Clóvis Salgado integra o Programa Minas Literária, iniciativa do Governo do Estado para incentivar a leitura e fortalecer a cadeia produtiva do livro. Além da produção operística, o Grande Teatro Cemig Palácio das Artes receberá uma exposição, no Foyer, com itens da Região Central de Minas, além de livros de Guimarães Rosa. A mostra, dos dias 25/10 a 29/10, é parceria com duas IGR’s (IGR – Instância de Governança Regional): Circuito Turístico das Grutas e Lago de Três Marias.

Da IGR Circuito Turístico das Grutas, belíssimas xícaras feitas pelo grupo feminino Ceramistas Maria Quem Dera, de Pedro Leopoldo. Da Associação de Bordadeiras do Município de Andrequicé, da IGR Três Marias, obras únicas e representativas da vida interiorana. Além das peças e objetos, a presença de artistas e representantes das duas IGS’s.

Também no Foyer, um encontro com as principais obras de Guimarães Rosa. Edições raras e comemorativas, primeiras edições das Coleções Especiais da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, em especial a Mineiriana – maior acervo sobre o estado disponível para o público e importante fonte de pesquisa sobre nossa memória cultural e intelectual.

Ópera Matraga. (Crédito: Guto Muniz).

FICHA TÉCNICA – MATRAGA, DA OBRA DE JOÃO GUIMARÃES ROSA

Direção Musical: Ligia Amadio

Regência: Ligia Amadio nos dias 25, 27 e 29 de outubro

                 André Brant no dia 28 de outubro

Concepção e Direção Cênica: Rita Clemente

Cenografia: Miriam Menezes

Figurinos: Sayonara Lopes

Iluminação: Danilo Manzi

Direção Coreográfica: Alex Soares

Preparação do Coral Lírico: Hernán Sánchez

Direção Geral: Cláudia Malta

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais

Coral Lírico de Minas Gerais

Cia. de Dança Palácio das Artes

ELENCO – MATRAGA, DA OBRA DE JOÃO GUIMARÃES ROSA

Leonardo Fernandes (Ator): Augusto Matraga

Gilson de Barros (Ator): Narrador 

Edineia Oliveira (Mezzosoprano): Mãe Quitéria

Edna d’ Oliveira (Soprano): Dionóra

Geilson Santos (Tenor): Quim (recadeiro de Matraga) e Cantador

Flávio Leite (Tenor): Joãozinho Bem-Bem (Chefe dos Jagunços)

Cristiano Rocha (Baixo): Ovídio (amante de Dionóra)

Guilherme Théo (Ator): Tião da Tereza (Boiadeiro)

Ivan Sodré (Bailarino): Major Consilva

Luciano Luppi (Ator): Padre e Ancião

Chico Lobo: Violeiro

Bailarinas Eliatrice Gischewski e Isadora Brandão: Mimita

Bailarina Isadora Brandão: Sariema

LIGIA AMADIO – REGENTE TITULAR E DIRETORA MUSICAL DA OSMG

Ligia Amadio é uma das mais destacadas regentes brasileiras da atualidade. Notabilizou-se internacionalmente por sua reconhecida exigência artística, seu carisma e suas vibrantes performances. Sua atuação estende-se pela América, Europa e Ásia. Dentre os prêmios que recebeu, podem ser destacados: Concurso Internacional de Tóquio (1997), II Concurso Latino-Americano em Santiago do Chile (1998), APCA (2001), Prêmio Carlos Gomes (2012), Ordem de Rio Branco (2018) e Prêmio Alumni USP (2022). Ligia Amadio atuou como regente titular e diretora artística das seguintes orquestras: no Uruguai, da Filarmônica de Montevidéu; na Colômbia, da Filarmônica de Bogotá; na Argentina, da Filarmônica de Mendoza e da Sinfônica da Universidade Nacional de Cuyo; no Brasil, da Orquestra Sinfônica Nacional, da Sinfônica de Campinas e da OSUSP. Ligia lidera o Movimento Mulheres Regentes, que realizou três Simpósios Internacionais desde 2016, e organiza neste momento sua 4ª edição, que terá lugar em Buenos Aires. Sua discografia reúne 11 CD’s e 5 DVD’s. Completou graduação na POLI-USP e na UNICAMP, possui mestrado na UNICAMP e doutorado na UNESP. Sua formação também inclui os mais importantes cursos internacionais de regência orquestral nos seguintes países: Áustria, Holanda, Hungria, Itália, República Tcheca, Rússia e Venezuela. Ligia Amadio é a atual regente titular e diretora musical da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.

ANDRÉ BRANT – REGENTE ASSISTENTE DA OSMG

Natural de Belo Horizonte, é regente e pianista. Formou-se bacharel em Regência na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Após a conclusão de seus estudos no Brasil mudou-se para a Alemanha, onde formou-se mestre em Regência Orquestral e Correpetição na Hochschule für Musik (Escola Superior de Música) de Dresden. Regeu orquestras na Alemanha, Lituânia, Itália e República Tcheca, além de já ter realizado diversos concertos no Brasil. Fundou em 2015 a Cia Mineira de Ópera, com a qual regeu e dirigiu musicalmente diversas produções. O grupo vem atuando desde então com o objetivo de promover e difundir a ópera em Minas Gerais. Esteve à frente da Orquestra Jovem do Cefart (Centro de Formação Artística e Tecnológica) do Palácio das Artes por quatro anos, tendo realizado intenso trabalho de formação e difusão da música orquestral em Belo Horizonte e interior do estado. Foi o regente titular do Coral Infantojuvenil do Palácio das Artes entre os anos de 2018 e 2019. Ainda no Cefart criou a disciplina Ópera Studio, com a qual dirigiu anualmente uma produção de ópera com os alunos. Desde 2020 é o regente assistente da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e atua frequentemente em concertos dos mais variados estilos, transitando entre o repertório erudito e o popular, além de atuar na preparação do corpo artístico para as montagens de óperas da Fundação Clóvis Salgado.

RITA CLEMENTE

Atriz, diretora e dramaturga mineira, com vasta experiência em teatro e incursões em televisão e cinema, sendo reconhecida por sua pesquisa sobre dramaturgia de cena e intermidialidade. Rita é diretora artística do Estúdio Clementtina onde cria e produz seu trabalho independente. Diretora e atriz premiada em Minas, SP e RJ, estreou na televisão no seriado A Cura (2010) e fez parte do elenco das novelas A Vida da Gente (2011-2012), Amor à Vida (2013), e Liberdade, Liberdade (2016), todas pela TV Globo. No cinema, atuou nos longas-metragens Pequenas Histórias (2007) e Batismo de Sangue (2006), do diretor Helvécio Ratton. Sua primeira pesquisa cinematográfica, Ao Teatro, estreou em 2020 na Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte – CineBH. Estreia como diretora e roteirista no curta-metragem Mergulho, em 2023 – adaptação da peça homônima de sua autoria. Mestre em Artes e graduada em Música pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), também é formada como atriz pelo curso de profissionalização de atores da Fundação Clóvis Salgado (CEFART/FCS). Como encenadora de ópera estreou em 2021 com Viramundo.

HERNÁN SÁNCHEZ – REGENTE TITULAR DO CLMG

Natural de Buenos Aires. Iniciou seus estudos de violão, canto e regência coral no Conservatório Alberto Ginastera, em Morón. Aperfeiçoou-se em direção coral com Antonio Russo, Roberto Saccente e Néstor Zadoff. Estudou canto no Instituto Superior de Arte do Teatro Colón e Música Antiga no Conservatório Superior de Música “Manuel de Falla”. Foi coordenador de coros para a gestão operacional “Música para a Igualdade” do Ministerio de Educación del Gobierno de la Ciudad. Integrou o cordel de tenor do Coro Nacional Juvenil e os corais estáveis do Teatro Argentino de La Plata e do Teatro Colón. Participou como solista em diferentes óperas na Avenue Theater Company Juventus LyricaFalstaffA Flauta MágicaMadama ButterflyRomeu e Julieta, e La Bohème. Para o Centro de Experimentação de Teatro Colón, participou das óperas Hin und Zurück e The Fairy Queen. Também participou como solista para o Teatro Colón em O Rapto do SerralhoBebe Dom o La ciudad planetaColumbus Ring e Le Grand Macabre. Preparou óperas e concertos com Carlos Vieu, Guillermo Tesone, Salvatore Caputo, Carlos Calleja, Hernán Schvartzman, Silvio Viegas e Antonio Russo. Para a Juventus Lyrica, dirigiu as óperas Lucia di LammermoorBarbeiro de SevilhaO Morcego Carmen. Também preparou o coro da instituição para as óperas NormaCosì fan tutteLa TraviataManon LescautA Flauta MágicaLa Bohème e Cavalleria Rusticana. Dirigiu o Coro Polifônico Nacional de Argentina, o Coro Nacional de Jovens e o Coro Nacional Infantil em diferentes ocasiões. Regente titular do Coro do Teatro Argentino de La Plata na Argentina até 2023. Trabalha desde 2019 como regente convidado para distintas produções da Fundação Clóvis Salgado. Assumiu em 2023 a Regência Titular do Coral Lírico de Minas Gerais.

MIRIAM MENEZES

Estudou Desenho na Escola de Belas Artes da UFMG; Cenografia e Cenotécnica com Raul Belém Machado e J. C. Serroni; Iluminação cênica com Guilherme Bonfanti e Jorge Luíz. Cenógrafa assistente de Raul Belém Machado em: La BohèmeAidaO GuaraniA Viúva AlegreTurandotLa Traviata; de Cléber Papa em Macbeth; Rosa Magalhães em A Menina das Nuvens e de Renato Theobaldo em: O Barbeiro de SevilhaLucia de LammermoorRomeu e JulietaAleijadinho e A Flauta Mágica. Assinou Cenografia: Série de Shows: Compositores.br (Zeca Baleiro, Elza Soares, Nana Caymmi, Ana Cañas, Wanderléa, Flávio Venturini, Fafá de Belém, entre outros); Salve Rainhas; Espetáculos do Programa Valores de Minas: O Herói e a ArmaduraA Lira e O TamborGarimpar e Zanzar; Projeto Musical Itinerante Bandas de Cá; Museografia das Exposições: Intervenções Urbanas FIT 2008 e FESTIA – Festival Internacional das Artes; Espetáculo Enfim, da Movasse Criação em  Dança; Show Zizi Possi: Diga lá, Coração; Ópera Norma, direção Pablo Maritano; Mexerica, da Cia. Fusion de Danças Urbanas; Show Paula Morelenbaum; Recital Poesia de Pai para Filho, com Carlos Nejar  e Fabrício Carpinejar; Concertos Mano a Mano com Orquestra Sesiminas e Zélia Duncan (1ª edição), Mônica Salmaso e Lenine (2ª e 3ª edições); Espetáculos Para Desencadear Reviravoltas na Indonésia e Mergulho, com direção de Rita Clemente; Seminário Bossa Nova com Ruy Castro; Show Brasil, com Orquestra Mineira de Rock; Espetáculo Incomoda, Incomoda, Incomoda, dos formandos do Curso de Teatro do CEFART (2021), e Óperas: Viramundo, uma Ópera Contemporânea, direção de Rita Clemente (2021/2022); Viva Ópera (2023), direção de Pablo Maritano, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes.

SAYONARA LOPES

Formada em Estilismo pela UFMG, no cinema assinou os figurinos de alguns longas –metragens, dentre eles, As Órfãs da Rainha (2023) e Vinho de Rosas (2005), dirigidos por Elza Cataldo. Na categoria curta-metragem, realizou os figurinos de A Primeira perda da minha vidaO crime da atrizLunariumOuro Branco e A má notícia, e dos documentários A Santa Visitação e O Levante de Bela Cruz. Assinou os figurinos dos musicais Olé! É Sempre Tempo de Música e No céu da vibração. No teatro, foi a figurinista oficial do programa Ciclo de Acontecimentos Dramáticos, produzido por Soraya Hamdan, quando criou e produziu os figurinos de 15 espetáculos. Para a Cia. Pia Fraus, de São Paulo, assinou os figurinos das peças O Vaqueiro e o Bicho Frouxo e É ou Noé. Com a produtora Cangaral, assinou o figurino da peça Essa Herança é Minha, sendo agraciada com o Prêmio Copasa Sinparc de Melhor Figurino. Foi assistente de figurinos na ópera Lucia Di Lammermoor e figurinista das óperas Romeu e JulietaNormaPorgy and BessO Holandês ErranteViramundo e A Flauta Mágica, todas produzidas pela Fundação Clóvis Salgado.

ALEX SOARES

Coreógrafo e videomaker residente em São Paulo. Como coreógrafo convidado, trabalhou com diversas companhias de dança nacionais, como Balé Teatro Guaíra (PR), Balé da Cidade de Niterói (RJ), Balé Teatro Castro Alves (BA), Cia Sesc de Dança (MG), Ribeirão Preto Cia de Dança (SP), Corpo de Baile do Amazonas (AM) e Balé da Cidade de São Paulo (SP). Em 2012 foi um dos 16 finalistas do 26th International Choreography Competition, evento que anualmente reúne promissores coreógrafos da dança mundial em Hannover, Alemanha. No mesmo ano ganhou o 4th Pretty Creatives International Choreographic Competition, o que possibilitou criar para a Northwest Dance Project, companhia sediada em Portland, Estados Unidos. Também fez trabalhos internacionais para as companhias Noord Nederlandse Dans (Groningen, Holanda), Balé Nacional Chileno (Santiago, Chile) e a prestigiada Hubbard Street Dance Chicago (EUA). Como coreógrafo e videomaker recebeu 3 prêmios APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) na categoria Dança, foi vencedor do Prêmio de Júri do Guia Folha de S.Paulo, vencedor do Prêmio Governador do Estado de São Paulo para a Cultura e também ganhador do 3º Prêmio Copasa Sinparc de Artes Cênicas BH pela concepção coreográfica de Terminal A2, criado para a SESC Cia de Dança em 2016.  Atualmente é Diretor Artístico da Cia Jovem de Dança de Jundiaí/SP e Curador de Dança do Programa Qualificação em Artes, do Governo do Estado de São Paulo.

LEONARDO FERNANDES

Leonardo Fernandes recebeu em 2016 o APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes) de Melhor Ator pela peça Cachorro Enterrado Vivo, além de ser indicado ao Prêmio Aplauso Brasil. Com 20 peças em seu currículo, as mais recentes são Neblina, com direção de Yara de Novaes, e Casa Submersa, da Velha Companhia (SP), com texto e direção de Kiko Marques. Em 2008, recebeu os prêmios Usiminas/Sinparc e Sesc/Sated de ator revelação por Dois Perdidos Numa Noite Suja. Em 2009, ganhou o Prêmio Usiminas/Sinparc de Melhor Ator em espetáculo infantil por Flicts. E em 2010, recebeu o Prêmio Usiminas/Sinparc de Melhor Ator por Esperando Godot. Fernandes atuou na série Irmandade, da NETFLIX, onde interpreta o personagem “Formiga”. Recentemente estreou o filme Pérola, dirigido por Murilo Benício, como protagonista, ao lado de Drica Moraes. Na trama, o ator interpreta o dramaturgo Mauro Rasi. Leonardo Fernandes também é cofundador da escola de artes Casa Artô, onde ministra oficinas de teatro.

GILSON DE BARROS

Indicado ao Prêmio Shell 2023, em duas categorias: Melhor Dramaturgia e Melhor Ator. Gilson é ator, gestor e dramaturgo, estudou na UNIRIO, com bacharelado em Artes Cênicas. Trabalhou com diretores expoentes, como Augusto Boal, Luiz Mendonça, Mário de Oliveira, Domingos Oliveira e Amir Haddad, com o qual estabeleceu parceria artística na Trilogia Grande Sertão: Veredas. Participou como ator de mais de 25 peças, dentre elas: Bolo de Carne, de Pedro Emanuel e direção de Yuri Kruschewsky; Murro em Ponta de Faca, texto e direção de Augusto Boal; Ópera Turandot, com direção de Amir Haddad; Os Melhores Anos de Nossas Vidas, texto e direção de Domingos de Oliveira; Da Lapinha ao Pastoril, texto e direção de Luís Mendonça; A Tempestade, de Shakespeare, direção de Paulo Reis, e O Boca do Inferno, texto de Adailton Medeiros e direção de Licurgo. Ganhou ainda o prêmio de Melhor Ator no Festival Inter-regional de Teatro do Rio – 1982 e Melhor Ator no Festival de Teatro – Sated/RJ – 1980.

EDINEIA OLIVEIRA

Mezzosoprano mineira, é bacharel em canto pela UNESP. Foi aluna de Neyde Thomas, Carmo Barbosa e Fernando Carvalhaes, e cursou aperfeiçoamento em canto com Claudia Friedlander nos EUA. É detentora do Prêmio Carlos Gomes e de várias premiações em concursos de canto. Já atuou em todas as mais importantes salas e teatros do país. Possui um vasto repertório lírico e sinfônico, sob a batuta de renomados maestros como: Lorin Maazel na 9ª Sinfonia de Beethoven, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Eiji Oue em Jeremiah, na Sala São Paulo; Ligia Amadio em Lieder eines fahrenden Gesellen, na Colômbia, e Requiem de Verdi, no TMSP; Alessandro Sangiorgi em Il Trittico, de Puccini, no TMRJ e TMSP; Gennady Rozhdestvensky na 8ª de Mahler e Isaac Karabtchevsky na Sala São Paulo com  a 2ª de Mahler e Tullio Colacioppo no Requiem de Verdi, no Municipal de Mendoza, entre outros. Edineia Oliveira destacou-se em uma variedade de papéis, incluindo Eboli em Don Carlos (Argentina), Carmen no papel título (RJ), Amneris em Aida (Argentina), Azucena em Il Trovatore (México), Serena em Porgy and Bess (SP), Requiem de Verdi (SP e Argentina), Maddalena em Rigoletto (SP), Die Hexe em Hänsel und Gretel (Paraná e DF), Adalgisa em Norma (São Paulo e Argentina), Frugola / Zia Principessa / Zita em Il Trittico (RJ, SP, PR). Além disso, cantou obras como a Paixão Segundo S. João e A Paixão Segundo S. Mateus, de Bach, O Messias, de Händel, Petite Messe Solennelle, de Rossini, a ópera Violanta, de Korngold, Rigoletto, de Verdi, Pedro Malazarte, de Camargo Guarnieri, Sansão e Dalila, de Saint-Saëns, e O Rapto de Lucrécia, de Britten. Gravou junto ao grupo “Brasilessência” três CD’s de Música Colonial Brasileira. É criadora e idealizadora do curso de canto lírico “Respire e Cante”, cofundadora e professora do curso “Voz e Corpo” e cofundadora e professora do projeto “Ópera 45”.

EDNA D’ OLIVEIRA

Renomada soprano brasileira, com formação em canto na English National Opera e Royal Academy em Londres.  É conhecida por seu talento em óperas como Porgy and BessAndrea ChénierFalstaffA Viúva AlegreRigolettoA Flauta Mágica e O Elixir do Amor. Ela também atuou em festivais internacionais e gravou com a Filarmônica de Minas Gerais. Recebeu o Prêmio Carlos Gomes como melhor cantora solista e se apresentou com várias orquestras pelo Brasil. Além disso, fez contribuições significativas fora do palco, incluindo seu envolvimento na divulgação do letramento racial e sua pesquisa sobre cantoras líricas negras. Ela cofundou o Festival UBUNTU Vocalis e ministrou cursos online de canto. Além de sua carreira como cantora, Edna é professora de canto na Escola Municipal de Música do Theatro Municipal de São Paulo e na Escola de Música Tom Jobim. Ela também ministrou aulas de canto e fisiologia da voz em diversas universidades, incluindo USP e UNICAMP. Em 2022, Edna D’Oliveira retornou aos palcos no musical Anastasia. É bacharel em Fonoaudiologia pela Universidade Brasil e tem se destacado no ensino de técnicas vocais para cantores líricos, com foco em otimizar o aquecimento vocal e promover a saúde vocal de profissionais da área.

GEILSON SANTOS

Diplomado em Licence d’interprète no Conservatório de Música de Rouen/França. Na França trabalha com o grupo Accentus, um dos mais importantes grupos da França. Tem se apresentado na Opéra Comique em Paris, no Théâtre Royal de Versalhes e no Théâtre des Arts de Rouen. Foi protagonista da ópera Renaud, de Sacchini, em sua estreia latino-americana, na Sala Cecilia Meireles, com a orquestra OSB sob regência do maestro e cravista Bruno Procópio. Geilson Santos cantou nas montagens das óperas: Porgy and Bess, no papel de Sportin’ Life no Palácio das Artes, sob a direção do maestro Silvio Viegas; A Flauta Mágica, de Mozart, no papel de Monostatos, no Theatro Municipal de São Paulo, sob a direção do maestro Roberto Minczuk, no Theatro Solís (Montevidéu) com a maestra Ligia Amadio e em Belo Horizonte com o maestro Silvio Viegas. Na Ópera de Rouen e na Opéra Comique (Paris), cantou Roméo et Juliette, de Gounod, Iphigénie en Tauride, de Gluck. Cantou na ópera Turandot, no Theatro Municipal de São Paulo, sob a direção do maestro Roberto Minczuk, no papel do Pang; também no Be-Marche: as noites de Berlioz, no TMRJ, sob a direção do maestro Carlos Prazeres, e Les Nuits d’Été, de Berlioz, junto ao Balé do Municipal do Rio de Janeiro, com coreografia do primeiro bailarino do Royal Opera House, Thiago Soares. Compromissos para a temporada 2023 incluem: O Contractador de Diamantes, de Francisco Mignone, apresentada no 25° Festival Amazonas de Ópera; Carmen, de Bizet, e O Caixeiro da Taverna, de Guilherme Bernstein, apresentadas no TMRJ.

FLÁVIO LEITE

Pós-graduado pelo Conservatori Superior de Música del Liceu, em Barcelona, Mestre em Música pela UFRJ, Presidente da Companhia de Ópera do Rio Grande do Sul e Diretor Pedagógico do Ópera Estúdio OSPA+CORS+TSP. Tem 20 anos de carreira profissional, acumula um repertório que vai desde Il Combattimento di Tancredi e Clorinda, de Monteverdi, a Lulu, de Alban Berg, nos principais palcos brasileiros e latino-americanos. Já foi Tamino em A Flauta Mágica, Ferrando em Cosi Fan Tutte, Don Ottavio em Don Giovanni, Conde Almaviva em O Barbeiro de Sevilha, Don Ramiro em La Cenerentola, Tonio em La Fille du Régiment, Beppe em Rita, Camille em A Viúva Alegre, Soldado em A Menina das Nuvens, Pong em Turandot, Mozart em Mozart e SalieriLe Chevalier de la Force em Diálogo das Carmelitas, Professor em A Raposinha Astuta, Anatol em Vanessa, Der Flieger em Der Ozeanflug, entre outros, acumulando até o momento 60 personagens em 8 idiomas diferentes em repertório. Com especial atenção às óperas brasileiras contemporâneas, fez as estreias mundiais de Dulcinéia e Trancoso, e a Ópera do Mambembe Encantado, de Eli-Eri Moura, O Menino e a Liberdade, de Ronaldo Miranda, O Diletante, de João Guilherme Ripper, O Perigo da Arte e O Engenheiro, de Tim Rescala, A Estranha, O Quatrilho e A Paixão de Dante, de Vagner Cunha, e Viramundo – Uma Ópera Contemporânea, em Belo Horizonte. Como diretor cênico, encenou O Acordo PerfeitoO MorcegoPagliacciO Maestro de Música e Cavalleria Rusticana. Desenvolve ainda ampla atividade como camerista e solista em oratórios e obras sinfônicas como MagnificatCantata do Café e Oratório de Natal, de Bach, O Messias, de Händel, A Criação de Haydn, Requiem, de Mozart e de José Maurício Nunes Garcia, Nona Sinfonia e Fantasia Coral, de Beethoven, Stabat Mater e Petite Messe Solennelle de Rossini, Messa di Gloria, de Puccini, Carmina Burana, de Orff, Les Illuminations, de Britten, e Le Roi David, de Honegger, com os principais regentes e orquestras brasileiras.

CRISTIANO ROCHA

Cristiano Rocha é bacharel em Música – Canto Lírico – pela Universidade Estadual de Minas Gerais. Finalista do 8º Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão (2008), sendo premiado como “Melhor Intérprete de Ária de Ópera – Voz Masculina”. Foi um dos premiados no Concurso para Jovens Solistas da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (2010) – “Categoria Canto”, realizado pelo Palácio das Artes – Fundação Clóvis Salgado juntamente com o maestro Roberto Tibiriçá. Membro do Coral Lírico de Minas Gerais desde 2010. Interpretou os seguintes personagens em óperas: Lo Zio Bonzo na ópera Madama Butterfly, de Giacomo Puccini com direção cênica de Lívia Sabag e regência de Gabriel Rhein-Schirato, e apresentada ao ar livre no Jardim Japonês –Zoológico de Belo Horizonte/MG em maio de 2013; Conspirador na ópera Baile de Máscaras, de Giuseppe Verdi, com direção cênica de Fernando Bicudo e regência e direção musical de Marcelo Ramos, apresentada no Grande Teatro do Palácio das Artes em outubro/novembro de 2013; Jake na ópera Porgy And Bess, de George Gershwin, com direção cênica de Fernando Bicudo e regência de Sílvio Viegas, apresentada no Grande Teatro do Palácio das Artes em outubro de 2017; Marchese D’Obigny na ópera La Traviata, de G. Verdi, com direção cênica de Jorge Takla e regência de Sílvio Viegas, apresentada no Grande Teatro do Palácio das Artes em 2018 e 2019.

GUILHERME THÉO

Bacharel em Interpretação Teatral pela UFMG (2003), Guilherme Théo é integrante da Companhia Candongas (desde 1994) e do coletivo Conectores. Participa também de espetáculos e pesquisas desenvolvidas por outros grupos teatrais como a Uma Companhia, que investiga a linguagem da Improvisação Teatral, e a Cia. Luna Lunera. Entre seus trabalhos recentes destacam-se os espetáculos Aqueles Dois, de Caio Fernando Abreu (Cia. Luna Lunera), e As Grandes Lonas do Céu, de Fernando Limoeiro (Cia. Candongas). Recebeu o Prêmio Sinparc de Artes Cênicas 2015 na categoria de Melhor Ator – Teatro Adulto, por sua atuação no espetáculo Rosa Choque, dirigido por Cida Falabella. Atua também em produções audiovisuais, sendo a última o filme em curta-metragem O Cavalo de Pedro, de Daniel Nolasco (2023).

IVAN SODRÉ

Formado em Dança Clássica pela Escola de Ballet Helfany Peçanha (Niterói/RJ). Teve como professores em sua formação Helfany Peçanha, Armando Nesi, Tatiana Leskova, Betina Bellomo e Marcos Elias. Graduado em História, licenciatura e bacharelado pela UFF/RJ, e mestre em Semiótica pela Faculdade de Comunicação e Arte (PUC-MINAS). Integrou a Cia de Ballet da Cidade de Niterói (RJ) nos anos 1990. Em 1999, entra na Cia. de Dança Palácio das Artes, onde permanece até hoje, participando de todas as montagens artísticas da CDPA.  Trabalhou com os coreógrafos e artistas da dança Luís Arrieta, Rodrigo Moreira, Luís Mendonça, Henrique Rodovalho, Gabriel Vilella, Cristina Machado, Tuca Pinheiro, Graziela Rodrigues, Mário Nascimento, Sandro Borelli, Sônia Mota, Jorge Garcia, Fernando Martins, Joaquim Elias, Morena Nascimento, Fernanda Lippi, Marise Diniz, Kenia Dias e Marco Paulo Rolla. Convidado a ministrar oficinas e aulas de dança contemporânea, com enfoque na ideia do “Entre como espaço de ação e de sentido”, bem como trabalhos de direção, de criação e de dramaturgia. Dirigiu trabalhos do Grupo EntreCorpos – Percursos Essenciais (2009), As Coisas não são Sólidas nem Líquidas (2010) e Percepções de Superfícies (2015).  Já participou do FID (Fórum Internacional de Dança) 2009/2014/2015, com trabalhos independentes. Desempenha um trabalho de parecerista da Revista Interamericana de Comunicação Midiática – Animus (PPGCom/UFSM) e da COPEFIC (SECULT/MG), desde 2021.

LUCIANO LUPPI

É Ator desde 1969. Participação incessante nas áreas da música, dança, televisão, literatura e cinema. Participou de mais de noventa peças de teatro, entre elas: O Beijo no AsfaltoO InterrogatórioRicardo IIIGalileu GalileiLisbela e o Prisioneiro e A Paixão Segundo Shakespeare. Atuou em inúmeros comerciais para televisão, e vários filmes de longa-metragem, como Vida de Menina (2003), de Helena Solberg, e O Segredo dos Diamantes (2014), de Helvécio Ratton. Participação nas minisséries Mad Maria e JK, da Rede Globo, além das novelas Alma GêmeaDa Cor do PecadoIrmãos Coragem Espelho da Vida. Diretor de teatro, dramaturgo e professor de artes cênicas. Foi Professor de Interpretação na Escola de Teatro PUC Minas. Prêmio Melhor Ator Coadjuvante 1983-MG. Integrante do Grupo “Voz e Poesia” há vinte e dois anos, tem atuado como diretor e ator em centenas de apresentações em todo o Brasil e no exterior, em países como Chile, Cuba, Espanha e Portugal. Em espetáculos líricos da Fundação Clóvis Salgado, participou de La Bohème, em 1982, A Viúva Alegre, em 1983, foi Regisseur de Carmen em 1984 e atuou também em Porgy and Bess, em 2017. Junto à Orquestra 415 de Música Barroca atuou nos espetáculos: Cláudio Monteverdi, em 2017, A Lira de Shakespeare, em 2018, Dom Quixote, em 2019, Bach e Frederico, em 2019, O Santo e o Inferno e a Traição de Tiradentes, em 2023.

CHICO LOBO

Natural de São João Del Rei (MG), Chico Lobo é um artista singular, com mais de 40 anos de carreira repleta de prêmios ilustres, como o título de cidadão honorário de Belo Horizonte, a Medalha de Honra da UFMG e quatro Prêmios Profissionais da Música, que atestam sua maestria como Artista Raiz Regional Brasileiro. Palcos no Brasil e no mundo, como Itália, Portugal, China, Canadá e Argentina foram encantados por Chico Lobo, violeiro de estirpe e mestre das notas choradas. Lançou mais de 25 CD’s, 1 livro e 2 DVD’s notáveis, o pioneiro DVD Viola Popular Brasileira e o aclamado documentário e show De Minas Ao Alentejo. Renomados artistas como Maria Bethânia, Renato Teixeira, Zeca Baleiro, Kleiton e Kledir, MPB4, Roberta Campos, entre outros, contribuem em sua obra. Ademais, integrou o elenco da cantata Sertão Sertões, de Rufo Herrera. Além de sua expressão artística, Chico Lobo lidera um projeto social, que oferece aulas gratuitas de viola a jovens. Como curador do selo Lobo Kuarup, apoia novos talentos. Por 18 anos, conduziu com maestria os programas Viola Brasil na TV Horizonte e O Canto da Viola, na Rádio Inconfidência. Sua influência e relevância são indiscutíveis, tornando-o uma figura fundamental e inspiradora. O compromisso de Chico Lobo com a promoção da cultura da viola e música regional, aliado à incansável contribuição para a formação de novos músicos, fundamenta sua importância na cena cultural brasileira.

ORQUESTRA SINFÔNICA DE MINAS GERAIS

Considerada uma das mais ativas do país, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre. Criada em 1976, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais. Participa da política de difusão da música sinfônica promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado (FCS), a partir da realização dos projetos Concertos da Liberdade – Sinfônica ao Meio Dia e Sinfônica em Concerto –, Concertos no Parque, Concertos Comentados e Sinfônica Pop, além de integrar as temporadas de óperas realizadas pela FCS. Mantém permanente aprimoramento da sua performance executando repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, além de grandes sucessos da música popular. Ligia Amadio é a sua atual regente titular e diretora musical.

CORAL LÍRICO DE MINAS GERAIS

Criado em 1979, o Coral Lírico de Minas Gerais foi declarado Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais. Interpreta repertório diversificado, incluindo motetos, óperas, oratórios e concertos sinfônico-corais. Participa da política de difusão do canto coral, por meio da Fundação Clóvis Salgado, a partir da realização das séries Concertos da Liberdade – Lírico ao Meio-dia e Lírico em Concerto –, Coral Lírico na Cidade e Noites Líricas, além de integrar as temporadas de óperas da FCS. O Coral Lírico de Minas Gerais teve como regentes Luiz Aguiar, Marcos Thadeu Miranda Gomes, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Ângela Pinto Coelho, Eliane Fajioli, Silvio Viegas, Charles Roussin, Afrânio Lacerda, Márcio Miranda Pontes, Lincoln Andrade e Lara Tanaka.  Hernán Sánchez é o atual regente titular do Coral Lírico de Minas Gerais.

CIA DE DANÇA PALÁCIO DAS ARTES

Reconhecida como uma das mais importantes companhias do Brasil, é uma das referências na história da dança em Minas Gerais. Foi o primeiro grupo a ser institucionalizado, durante o governo de Israel Pinheiro, em 1971, com a incorporação dos integrantes do Ballet de Minas Gerais e da Escola de Dança, ambos dirigidos por Carlos Leite – que profissionalizou e projetou a Companhia nacionalmente. A CDPA desenvolve hoje um repertório próprio de dança contemporânea e se integra aos outros corpos artísticos da Fundação – Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e Coral Lírico de Minas Gerais – em produções operísticas e espetáculos cênico-musicais realizados pela instituição ou em parceria com artistas brasileiros e internacionais. A Companhia tem na pesquisa investigativa transdisciplinar, na diversidade de seu elenco de bailarinos e na cocriação artística os pilares de sua produção. Seus espetáculos estimulam o pensamento crítico e reflexivo em torno das questões contemporâneas, caracterizando-se pelo diálogo entre a tradição e a inovação.


Texto: Fundação Clóvis Salgado


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