NO MÊS DO ORGULHO LGBTQIAPN+, CINE HUMBERTO MAURO REALIZA MOSTRA SOBRE O UNIVERSO QUEER E OS MUSICAIS

Quarta edição do projeto “Estudos de Cinema” terá sessões nas tardes de sexta-feira; serão exibidos seis filmes nos quais a música aparece como um meio de expressão e uma forma de explorar identidades


Estudos de Cinema | Ciclo IV – “O Musical e o Queer”

Data: 7/6, 21/6 e 28/6 (sempre às sextas-feiras)

Horários: Variáveis, no período da tarde

Local: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes

(Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte)

Classificações Indicativas: Variáveis

Entrada gratuita, com retirada de ingressos a partir de 1 hora antes de cada sessão, na bilheteria do cinema

Informações para o público: (31) 3236-7400


Hedwig – Rock, Amor e Traição. (Crédito: John Cameron Mitchell)

Junho é reconhecido mundialmente como o Mês do Orgulho LGBTQIAPN+, em homenagem à Revolta de Stonewall, evento que muitos historiadores consideram o marco inicial da luta organizada pelos direitos da comunidade nos Estados Unidos e, simultaneamente, em outros países ocidentais. Para celebrar o mês do orgulho, a quarta edição do projeto “Estudos de Cinema” apresenta uma série de filmes que abordam identidades queer e a relação delas com a música, como “Hairspray” (1988) e “The Rocky Horror Picture Show” (1975). As exibições do ciclo “O Musical e o Queer” ocorrerão nas tardes de três sextas-feiras de junho, dias 7/6, 21/6 e 28/6, no Cine Humberto Mauro. Serão seis filmes divididos em três recortes, além de uma palestra ao final sobre o tema do ciclo, intitulada “O Queer, o musical e seu universo”, com certificado de participação. Todas as sessões do Cine Humberto Mauro são gratuitas. Os ingressos podem ser retirados a partir de 1 hora antes das exibições, na bilheteria do cinema.

O projeto “Estudos de Cinema”, lançado em março deste ano, tem a curadoria feita pelo professor José Ricardo Miranda Jr., e celebra a parceria entre a plataforma “De Filme em Filme”, criada por ele, e o Cine Humberto Mauro. O objetivo do projeto é proporcionar ao público a oportunidade de explorar e aprender sobre cinema de maneira contínua e integrada, com a intenção de ampliar a compreensão e apreciação da sétima arte. No quarto ciclo do “Estudos de Cinema”, José Ricardo conta que o processo de seleção dos filmes suscitou diversos questionamentos. “A primeira questão é a música e o queer, e nasce daí a ideia central da curadoria. A música, especialmente quando não trabalha com a dimensão da letra, se torna uma forma de expressão abstrata de uma condição muito real, sentida e próxima, que é estar no mundo como uma figura fora da heteronormatividade. Pensando nisso, a música aparece como uma forma de libertação, uma forma de expressão que transcende essas dimensões específicas e mais tarde se torna uma forma de expressar exatamente essa diferença”, explica o curador da mostra.

O Ministério da Cultura, o Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam “Estudos de Cinema”. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm Patrocínio Master da Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal e correalização da APPA – Cultura e Patrimônio. Governo Federal, Brasil. União e Reconstrução.

A identidade queer refletida na música – Na quarta edição do “Estudos de Cinema”, o primeiro dia (7/6) tem como tema a obra de John Waters, diretor célebre no universo queer. Serão exibidos “Hairspray” e “Cry-Baby” (1990), obras situadas no universo da música e da dança e que mostram como Waters abordou a representatividade dentro da dimensão musical. A segunda sessão (21/6) aborda “O queer e o camp”, conceito que a pensadora Susan Sontag define como uma sensibilidade perante o mundo e uma tendência a apreciar certas manifestações e expressões na arte. Neste dia, haverá três exibições: o célebre “The Rocky Horror Picture Show”, “Drácula: Páginas do Diário de uma Virgem” (2002) e “Vem Dançar Comigo” (1992).

“O ‘Rocky Horror Picture Show’ é um filme bastante popular não apenas no universo queer. Já o segundo filme é bem menos conhecido, e é de um diretor que transita pelo universo do queer, o canadense Guy Maddin. O filme dele que a gente vai exibir é o ‘Drácula: Páginas do Diário da Virgem’, um balé mudo, mas musicado. É uma obra muito curiosa nessas dualidades e bebe diretamente nas fontes de expressão do camp e com profundos elementos queer, que sempre estiveram presentes na literatura gótica, e Drácula não é uma exceção. E, por último, o filme que vai fechar, e talvez seja o que vai trazer mais reflexões e pensamentos sobre o camp e sobre a participação dele no queer: ‘Vem Dançar Comigo’, do Baz Luhrmann, um filme sobre dança e o universo do ballroom com elementos muito interessantes, que valem a discussão”, adianta José Ricardo Miranda Jr. A última sessão (28/6), com o tema “Queer e Rock ’n Roll”, dará ao público a oportunidade de assistir “Hedwig – Rock, Amor e Traição” (2001), musical que tem uma protagonista trans. Em seguida, haverá o debate sobre o universo queer, os filmes de musical e o conceito de camp, presente nessas obras.

The Rocky Horror Picture Show. (Crédito: Jim Sharman)

PROGRAMAÇÃO – Ciclo “O Musical e o Queer”

7/6 – SESSÃO JOHN WATERS

14h Hairspray – E Éramos Todos Jovens (Hairspray, EUA, John Waters, 1988) | 14 anos | 1h32

15h45 Cry-Baby (John Waters, EUA, 1990) | 14 anos | 1h25

21/6   O QUEER E O CAMP

14h The Rocky Horror Picture Show (Jim Sharman, Reino Unido-EUA, 1975) | 18 anos | 1h40

16h Drácula: Páginas do Diário de uma Virgem (Dracula: Pages From a Virgin’s Diary, Guy Maddin, Canadá, 2002) | 14 anos | 1h13

17h30 Vem Dançar Comigo (Strictly Ballroom, Baz Luhrmann, Austrália – Reino Unido, 1992) | Livre | 1h30

28/6 – QUEER E ROCK ‘N ROLL

15h Hedwig – Rock, Amor e Traição (Hedwig and the Angry Inch, John Cameron Mitchell, EUA – Canadá, 2001) | 16 anos | 1h35

17h DEBATE: O Queer, o musical e seu universo | Com certificado de participação.

CINE HUMBERTO MAURO – Um dos mais tradicionais cinemas de Belo Horizonte, o Cine Humberto Mauro foi inaugurado em 1978. Seu nome homenageia um dos pioneiros do cinema brasileiro, o mineiro Humberto Mauro (1897-1983), grande realizador cinematográfico. Com 129 lugares, possui equipamentos de som Dolby Digital e para exibição de filmes em 3D e 4K. Nestes mais de 45 anos de existência, a Fundação Clóvis Salgado tem investido na consolidação do espaço como um local de formação de novos públicos a partir de programação diversificada, bem como através da criação de mecanismos de estímulo à produção audiovisual, com a realização do tradicional FestCurtasBH – Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte, e o Prêmio Estímulo ao Curta-metragem de Baixo Orçamento. O Cine Humberto Mauro também é um importante difusor do conhecimento ao promover cursos, seminários, debates e palestras. Sessões permanentes e comentadas também têm espaço cativo a partir das mostras História Permanente do Cinema, Cinema e Psicanálise, Curta no Almoço, entre outros. Todas as atividades do Cine Humberto Mauro são gratuitas.

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.  A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.


Texto: Fundação Clóvis Salgado


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