MOSTRA “O ESTRANHO MUNDO DE ZÉ DO CAIXÃO” EXIBE, PELA PRIMEIRA VEZ NO BRASIL, CÓPIAS RESTAURADAS DE FILMES ESTRELADOS PELO ICÔNICO PERSONAGEM BRASILEIRO

Fruto do maior projeto de restauro do cinema brasileiro, programação centrada na filmografia de José Mojica Marins terá textos exclusivos e filmes na plataforma CineHumbertoMauroMais, especialistas convidados, maratona à noite e palestra inédita


Mostra “O Estranho Mundo de Zé do Caixão”

Data: 3/10 a 10/10

 Horários: Variáveis

Local: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes

(Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte)

Classificações indicativas: Variáveis

Entrada gratuita, com retirada de ingresso a partir de meia hora antes de cada sessão, na bilheteria do cinema

Informações para o público: (31) 3236-7400 /www.fcs.mg.gov.br 

Informações para a imprensa:

Lucas Oliveira | (31) 3236-7378 | (31) 98592-2377 | 

lucashenriquegomesdeoliveira@gmail.com


Encarnação do Demônio (Crédito: José Mojica Marins)

“O Estranho Mundo de Zé do Caixão” chega ao Cine Humberto Mauro de uma forma nunca antes vista no Brasil. Dos dias 3 a 10 de outubro, dez produções de José Mojica Marins poderão ser vistas na tela do cinema do Palácio das Artes, em cópias restauradas (DCP – 4K) que serão exibidas pela primeira vez em território nacional. São longas-metragens dos anos 1960, 1970 e 2000, que constituem parte essencial da obra do cineasta, reavivados no ano em que seu personagem mais icônico completa 60 anos desde a primeira aparição nas telas. Fruto do maior projeto de restauro do cinema brasileiro, a programação centrada na filmografia de Mojica terá textos exclusivos e filmes na plataforma CineHumbertoMauroMais, especialistas convidados, uma maratona cinematográfica noite adentro e, ainda, uma palestra inédita. Os ingressos para as sessões poderão ser retirados a partir de meia hora antes de cada exibição, exceto no caso dos três últimos filmes da “Maratona Cadavérica”, para a qual a entrada única estará disponível na plataforma Eventim, a partir de 12h (meio-dia) do dia 4 de outubro (sexta-feira). 

Em ambiente virtual, serão disponibilizados textos inéditos sobre a obra do diretor – escritos por Crounel Marins (filho do cineasta) e pelos críticos e pesquisadores Ewerton Belico, Beatriz Saldanha, Marcelo Miranda e Ivan Cardoso. Também estarão na plataforma, entre os dias 1º e 15 de outubro, as versões restauradas dos filmes “À Meia-Noite Levarei Sua Alma” (1964) e “Esta Noite Encarnarei no teu Cadáver” (1967), os dois primeiros capítulos da trilogia clássica protagonizada por Zé do Caixão, além do curta “Mojica na Neve: Esta Noite Encarnarei em Sundance” (2001), documentário em curta-metragem que retrata um pouco da intimidade do pai do terror brasileiro. Na abertura da mostra, no dia 3 de outubro às 19h, o público terá a oportunidade de conferir uma sessão especial do clássico “O Despertar da Besta” (1970), comentado por Crounel Marins e por Carlos Primati – crítico e pesquisador especializado em cinema fantástico. Destaque também, no segundo dia da mostra, para a “Maratona Cadavérica”, que seguirá até a madrugada, com sessões apresentadas também pelo filho de Marins e por Primati. Dentro desta maratona, e como complemento à programação, haverá ainda uma atividade formativa especial: Paulo Sacramento, coordenador técnico e artístico do restauro dos filmes de Mojica, irá oferecer uma palestra em primeira mão sobre as possibilidades técnicas atualmente disponíveis para o restauro de filmes antigos, além de apresentar um panorama sobre as dificuldades e resultados alcançados no projeto específico dos filmes do realizador brasileiro.

A mostra “O Estranho Mundo de Zé do Caixão” é realizada pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e Fundação Clóvis Salgado. A ação é viabilizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Governo Federal, Brasil: União e Reconstrução. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm Patrocínio Master da Cemig e do Instituto Cultural Vale, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal, Patrocínio da Vivo e correalização da APPA – Cultura & Patrimônio. A mostra “O Estranho Mundo de Zé do Caixão” conta com recursos da Lei Paulo Gustavo em Minas Gerais (LPG-MG).

O Palácio das Artes integra o Circuito Liberdade, que reúne 32 equipamentos com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo.

Delírios de um Anormal (Crédito: José Mojica Marins)

A reencarnação de um ícone do cinema nacional – A mostra no Cine Humberto Mauro promove a exibição dos filmes “À Meia-Noite Levarei Sua Alma”, “Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver”, “O Estranho Mundo de Zé do Caixão” (1968), “O Despertar da Besta”, “Finis Hominis – O Fim do Homem” (1971), “Quando Os Deuses Adormecem” (1972), “A Estranha Hospedaria dos Prazeres” (1976), “Inferno Carnal” (1977) e “Delírios de um Anormal” (1978), todos restaurados, além de “Encarnação do Demônio” (2008), último trabalho de Mojica, remasterizado também em DCP – 4K. A restauração dos mais emblemáticos filmes de José Mojica Marins teve o envolvimento de diversos atores. As latas com os negativos originais das obras estavam na Cinemateca Brasileira. O custeio do processo ficou por conta da empresa britânica Arrow Films, que, no início de 2024, lançou uma caixa com discos em formato Blu-ray nos Estados Unidos e no Reino Unido. Já o restauro propriamente dito aconteceu em solo brasileiro, ao longo dos anos de 2022 e 2023, nos laboratórios da CineColor (São Paulo). O trabalho foi feito sob coordenação técnica e artística de Paulo Sacramento, produtor e montador de “Encarnação do Demônio”.

A estreia dessas versões no Brasil acontece no Cine Humberto Mauro, local que já recebeu Mojica como comentarista em 2013, durante a mostra “Hitchcock é o Cinema”. “Sediar a primeira exibição pública no Brasil das cópias restauradas das obras do José Mojica Marins é uma grande honra para o Cine Humberto Mauro e para a Fundação Clóvis Salgado”, afirma Vitor Miranda, Gerente de Cinema da instituição e programador da sala. “Mojica era um artesão cinematográfico, alguém profundamente comprometido com a sua arte. Ele não apenas dirigiu e atuou, mas também se envolveu profundamente na criação dos cenários, figurinos e efeitos especiais de seus filmes, que são conhecidos pela capacidade de provocar e perturbar. O mais justo seria dizer que a filmografia do Mojica é marcada por um espírito de experimentação e uma abordagem autoral extraordinária. O Zé do Caixão tensiona alguns dos principais paradigmas da nossa sociedade, ao mesmo tempo revelando aspectos da cultura e da identidade brasileiras. A mostra em sua homenagem, ao disponibilizar as produções restauradas de forma gratuita e evocar novos pensamentos e olhares sobre a sua obra, busca promover uma chance de reavivar e democratizar a experiência sombria, criativa, fascinante e provocativa despertada pelo cinema desse autor brasileiro”, explica Vitor Miranda.

A Estranha Hospedaria dos Prazeres (Crédito: José Mojica Marins)

Não é exagero dizer que Zé do Caixão, já pertencente ao folclore brasileiro, é também uma das figuras mais enigmáticas do cinema mundial. Trata-se de um personagem que provoca tanto a essência da moralidade quanto da estética, que se confunde com seu criador, e que moldou um universo singular através dos filmes que estrelou. Daí se explica, segundo Paulo Sacramento, o esforço conjunto para trazer de volta à vida, em qualidade inédita, parte essencial da obra de Mojica centrada em seu principal personagem. “Desde que produzi o filme ‘Encarnação do Demônio’, surgiu a demanda no exterior por cópias de maior qualidade de seus filmes antigos. Realizar o restauro era uma prioridade, mas os custos proibitivos e a ausência de incentivos ou editais no Brasil voltados a esta atividade protelaram a realização deste trabalho por quinze anos. Em 2022, através da distribuidora internacional One Eyed Films, que representa a obra do Mojica no exterior, conseguimos junto à Arrow Films, uma grande empresa do Reino Unido, uma venda casada que previa o restauro de nove filmes realizados entre os anos de 1964 e 1978, que, juntamente com ‘Encarnação do Demônio’, compõem o principal da obra do Mojica”, relembra Sacramento.

A mostra no Cine Humberto Mauro dá o pontapé na exibição destes restauros no Brasil em telas de cinema, projetados na melhor qualidade possível. Nos próximos meses e em 2025, a mostra será exibida em outras capitais do país. Também no ano que vem, os filmes restaurados deverão ser lançados em DVD e Blu-ray no Brasil, conforme conta Paulo Sacramento. “Há muito interesse de festivais no exterior e certamente esses DCPs rumarão para lá em breve”, adianta o coordenador de restauro.

Esta Noite encarnarei no Teu Cadáver (Crédito: José Mojica Marins)

PROGRAMAÇÃO

03/10 QUI
17h
O Estranho Mundo de Zé do Caixão (José Mojica Marins, Brasil, 1968) | DCP | 18 anos | 1h20
19h30 O Despertar da Besta (José Mojica Marins, Brasil, 1970) | DCP |  18 anos | 1h40 | Sessão comentada por Crounel Marins e Carlos Primati

04/10 SEX
19h Delírios de um Anormal (José Mojica Marins , Brasil, 1978) | DCP | 18 anos | 1h26
20H30 PALESTRA “O RESTAURO DOS FILMES DE JOSÉ MOJICA MARINS”
Nesta palestra Paulo Sacramento, coordenador técnico e artístico do restauro dos filmes de José Mojica Marins, faz uma apresentação sobre as possibilidades técnicas atualmente disponíveis para o restauro de filmes antigos, bem como apresenta um painel sobre as dificuldades e resultados alcançados neste projeto específico. Ao longo do encontro serão mostrados exemplos concretos das condições em que encontrou os materiais, cotejando-os com a versão definitiva resultante desse trabalho. O restauro dos filmes apresentados nesta mostra foi realizado de modo contínuo ao longo de dois anos (2022/2023) no laboratório CineColor, em São Paulo.

MARATONA CADAVÉRICA | Sessões apresentadas por Crounel Marins e Carlos Primati

Ingressos disponíveis na plataforma Eventim no dia 04/10 às 12h.

22h30 À Meia-Noite Levarei Sua Alma (José Mojica Marins , Brasil, 1964) | DCP | 16 anos | 1h24
0h Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver (José Mojica Marins , Brasil, 1967) | DCP |  16 anos | 1h48
2h Encarnação do Demônio (José Mojica Marins , Brasil, 2008) | DCP | 18 anos | 1h34

05/10 SÁB
16h
Finis Hominis – O Fim do Homem (José Mojica Marins, Brasil, 1971) | DCP | 18 anos | 1h20
18h Quando os Deuses Adormecem  (José Mojica Marins , Brasil, 1972) | DCP |  18 anos | 1h22
20h A Estranha Hospedaria dos Prazeres (Marcelo Motta, José Mojica Marins, Brasil, 1976) | DCP | 18 anos | 1h21

06/10 DOM
20h Inferno Carnal (José Mojica Marins, Brasil, 1977) | DCP |  18 anos | 1h25

07/10 SEG
18h O Despertar da Besta (José Mojica Marins, Brasil, 1970) | DCP | 18 anos  |  1h40
20h Finis Hominis – O Fim do Homem (José Mojica Marins, Brasil, 1971) | DCP | 18 anos | 1h20

08/10 TER
16h
Delírios de um Anormal  (José Mojica Marins , Brasil, 1978) | DCP | 18 anos | 1h26
17h30 Quando os Deuses Adormecem  (José Mojica Marins , Brasil, 1972) | DCP | 18 anos | 1h22
19h CURTA CIRCUITO | O Segredo da Rosa (Vanja Orico, Brasil , 1974)| DCP | 16 anos | 1h20

09/10 QUA
17h
Inferno Carnal (José Mojica Marins , Brasil, 1977) | DCP | 18 anos | 1h25
19h A Estranha Hospedaria dos Prazeres (Marcelo Motta, José Mojica Marins, Brasil, 1976) | DCP | 18 anos | 1h21
21h O Estranho Mundo de Zé do Caixão (José Mojica Marins , Brasil, 1968) | DCP | 18 anos | 1h20

10/10 QUI
16h
À Meia-Noite Levarei Sua Alma (José Mojica Marins, Brasil, 1964) | DCP | 16 anos | 1h24
18h Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver (José Mojica Marins, Brasil, 1967) | DCP |  16 anos | 1h48
20h Encarnação do Demônio (José Mojica Marins, Brasil, 2008) | DCP | 18 anos | 1h34

O Estranho Mundo de Zé do Caixão (Crédito: José Mojica Marins)

Confira mais imagens dos filmes aqui: https://drive.google.com/drive/folders/12gyJW1gkOVT5AYt3BtMHxrLC7trvs31R

Confira trechos dos filmes aqui: https://drive.google.com/drive/folders/1APDUXj-d-hUeP3QY0rH5m7fKcIGUEoMz

CINE HUMBERTO MAURO – Um dos mais tradicionais cinemas de Belo Horizonte, foi inaugurado em 1978. Seu nome homenageia um dos pioneiros do cinema brasileiro, o mineiro Humberto Mauro (1897-1983), grande realizador cinematográfico. Com 129 lugares, possui equipamentos de som Dolby Digital e para exibição de filmes em 3D e 4K. Nestes mais de 45 anos de existência, a Fundação Clóvis Salgado tem investido na consolidação do espaço como um local de formação de novos públicos a partir de programação diversificada, bem como através da criação de mecanismos de estímulo à produção audiovisual, com a realização do tradicional FestCurtasBH – Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte, e o Prêmio Estímulo ao Curta-Metragem de Baixo Orçamento. O Cine Humberto Mauro também é um importante difusor do conhecimento ao promover cursos, seminários, debates e palestras. Sessões permanentes e comentadas também têm espaço cativo a partir das mostras História Permanente do Cinema, Cinema e Psicanálise, Curta no Almoço, entre outros. Todas as atividades do Cine Humberto Mauro são gratuitas.

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro constituem alguns dos campos nos quais se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado é responsável, ainda, pela gestão do Circuito Liberdade, do qual fazem parte o Palácio das Artes e a CâmeraSete e mais 30 equipamentos culturais independentes. Em 2021, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro constituem alguns dos campos nos quais se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado é responsável, ainda, pela gestão do Circuito Liberdade, do qual fazem parte o Palácio das Artes e a CâmeraSete e mais 30 equipamentos culturais independentes. Em 2021, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.


Texto: Fundação Clóvis Salgado


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