FESTIVAL ACESSA BH

O Festival , referência em arte e cultura DEF, chega à sua 4ª edição na capital mineira, de 05 a 29 de setembro.


Festival “Acessa BH”

Data: 05 a 29 de setembro

Horários: variáveis, consultar a programação

Locais:  Centro Cultural Unimed-BH Minas, Funarte MG, Palácio das Artes, Palácio da Liberdade, Sesc Palladium e Teatro Raul Belém Machado

Classificações indicativas: variáveis

Entrada gratuita, exceto para o Concerto da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e Maestro João Carlos Martins

Informações para o público: (31) 3236-7400


Deffutturismo (créditos: Ana Clara Martins)

O Festival Acessa BH, referência em arte e cultura DEF, chega à sua 4ª edição na capital mineira, de 05 a 29 de setembro. Serão 25 dias de imersão em teatro, dança, música, cinema, performances, residência artística, rodas de conversa, intervenções urbanas e oficinas, promovendo um espaço de encontro e troca de experiências para todos os públicos. Com programação gratuita e acessível, o Festival ocupará seis espaços culturais da capital mineira: Centro Cultural Unimed-BH Minas, Funarte MG, Palácio das Artes, Palácio da Liberdade, Sesc Palladium e Teatro Raul Belém Machado. Toda a programação oferece recursos de acessibilidade. Em 2024, o evento reúne artistas de seis estados brasileiros: Ceará, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.

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“O Festival consolida-se como um dos mais importantes eventos de arte e cultura DEF do país”, explica Daniel Vitral, idealizador e curador do Festival. Arte DEF é a arte produzida e pensada por artistas e outros profissionais com deficiência, como produtores, técnicos, consultores, entre outros. Ela não só nega a normatização do corpo sem deficiência, como afirma todo o potencial político e estético do corpo com deficiência. “Temos uma programação diversificada, reunindo artistas com e sem deficiência em diversas linguagens, como teatro, dança, música e cinema, em um ambiente acessível e acolhedor. Temos espetáculos inéditos, estreias e encontros artísticos únicos. E é muito importante reforçar: o Acessa BH é um Festival para todos”, complementa Daniel.

Lais Vitral, também idealizadora e curadora do Festival, destaca que “o Acessa BH vai muito além de um festival: é um movimento que busca fomentar a cultura do acesso. Nos engajamos na luta anticapacitista e temos o propósito de fomentar o fazer artístico de pessoas com deficiência e mostrar que a acessibilidade é um direito e uma responsabilidade de todos. Como cada um de nós pode contribuir para uma sociedade mais acessível?”, questiona.

O Acessa BH, mesmo ainda sendo um evento recente, já conseguiu promover importantes mudanças nos espaços por onde passou e sensibilizar centenas de profissionais envolvidos em suas edições.

A coordenação de acessibilidade do festival é mais uma vez da audiodescritora e mestre em comunicação Anita Rezende. Integram a equipe de consultores Bruno Grossi Begê e Daniele Muffato – diretores da ASPAS – Associação Pró-autistas; Elizabet Dias de Sá – consultora em audiodescrição; Ademar Alves Jr. – surdo oralizado; Rosane Lucas – intérprete de Libras e Laura Martins – autora do Blog Cadeira Voadora. Todos participam de uma roda de conversa sobre acessibilidade em projetos culturais, num encontro na Funarte, dia 17 de setembro, às 18h.

“Trabalhamos em colaboração com artistas, produtores e especialistas em acessibilidade para garantir que todas as etapas do festival fossem inclusivas e acessíveis. Por minha formação em Arquitetura e Urbanismo, com pesquisa focada em acessibilidade e desenho universal, e por estar atualmente cursando Cinema e Audiovisual, pude trazer uma perspectiva multidisciplinar para o processo. Um dos grandes desafios que enfrentei foi a falta de legendas e de janelas de Libras em filmes e outros espetáculos sem intérpretes. Isso me motivou a lutar pela acessibilidade para comunidade surda, especialmente no campo do audiovisual”, destaca o consultor Ademar Alves Jr., que chegou à equipe neste ano.

Em 2024, o Acessa BH reúne artistas de seis estados brasileiros: Ceará, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. Entre os destaques da programação, o público poderá conferir 13 espetáculos inéditos em Belo Horizonte, sendo duas estreias – “Traços” e “Eu vi uma flor no deserto” – e uma pré-estreia – “Monga”. O Acessa BH também contará com a participação de artistas consagrados, como Letícia Sabatella e Daniel Dantas, que apresentarão a obra “Ilíada de Homero Cantos I e XX”.

ATRAÇÕES IMPERDÍVEIS

Na abertura oficial do Acessa BH, no dia 05 de setembro, às 19h, o cearense João Paulo Lima apresentará a sua dança-manifesto, DEFFUTURISMO, onde irrompe com seu movimento o que a hegemonia negou: uma futuridade diversa.

No dia seguinte, em 06 de setembro, o renomado maestro e pianista João Carlos Martins se apresentará com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG), em um encontro inédito. O Concerto será dividido em duas partes. Na primeira, João Carlos Martins regerá famosos trechos do repertório sinfônico como o Finale da quinta sinfonia de Beethoven e o último movimento da Sinfonia “Do Novo Mundo” de Dvorak. Na segunda parte do concerto, André Brant, maestro assistente da OSMG assumirá o pódium regendo duas obras de compositores brasileiros: Teotihuacan, composta pelo mineiro Andersen Viana, e trechos da Bachianas 4, de Heitor Villa Lobos. Para finalizar o programa, o maestro João Carlos Martins retorna ao palco, desta vez ao piano com obras de Piazzola e Ennio Morricone.

O Festival também conta com a realização da residência artística “Melodia do Movimento” com os grupos A Corda em Si (SC) e Cia Dança sem Fronteiras (SP), que resultará em uma apresentação inédita. A Cia Dança Sem Fronteiras, além de participar da residência artística, traz ao Acessa BH os espetáculos “Ciranda de Retina e Cristalino” e “Frestas Poéticas”. Com 12 anos de existência, a Cia vem mostrando que através de uma prática totalmente embasada na acessibilidade é possível criar espetáculos profissionais de dança com intérpretes com e sem deficiências. O outro grupo a participar da residência, A Corda em Si (SC), também estará na programação com o Show LivreMente, uma apresentação musical feita na total escuridão. Neste show, o público entra de olhos vendados em um teatro adaptado para o acesso de pessoas com deficiência visual, com marcações táteis.

O Melhor Espetáculo Infantil pelo 18° Prêmio APTR de Teatro de 2024 poderá ser visto pelo público mineiro. “Azul”, da Artesanal Cia de Teatro (RJ), traz a pequena Violeta, uma menina de 4 anos, que está ansiosa com a chegada de seu irmãozinho, Azul. O espetáculo reflete os diferenciais da Cia, que tem 29 anos de atividade no cenário da produção teatral: trabalho autoral com extremo rigor estético, textos inteligentes, produções cuidadosas e bem elaboradas que agradam ao público de todas as faixas etárias. Após a apresentação, será realizado um bate-papo com a Cia e a consultora de acessibilidade e inclusão do espetáculo, Cris Muñoz, com mediação de Bruno Grossi Begê.

A pré-estreia do espetáculo “Monga” também se destaca nesta edição. Segundo solo de Jéssica Teixeira – multiartista graduada em Licenciatura em Teatro e Mestre em Artes pela Universidade Federal do Ceará – o espetáculo pretende dar continuidade aos espelhamentos e aos estranhamentos entre o corpo de quem assiste e o corpo dela, que age.

O primeiro espetáculo solo profissional atuado e co-escrito por uma artista com síndrome de down: “Oi, eu estou aqui”, de Tathi Piancastelli é mais uma das atrações do Acessa BH. A jovem é atriz, empresária, palestrante, digital influencer, escritora e ativista. Multitalentosa, ainda criança Tathi foi inspiração para que Maurício de Sousa desse o nome de “Tati” a uma personagem da Turma da Mônica com síndrome de down.

Ao longo do Festival, ainda serão exibidos três longas: “João, O Maestro”, direção de Mauro Lima (SP), “As Linhas da Minha Mão”, direção João Dumans (MG), em sessão comentada pelo diretor João Dumans e pela atriz Viviane de Cássia Ferreira; e “Meu Amigo Lorenzo”, direção André Luiz Oliveira (DF). Além da exibição de quatro curtas: “Crisálida”, de Serginho Melo (SC), “Da Janela, quem é a namoradeira”, de Ademar Alves Jr. (MG); e “Lapso” e “Tinnitus”, de Caroline Cavalcanti (MG), em sessão comentada pelos diretores Ademar Alves Jr. e Caroline Cavalcanti e pelos atores Tales Douglas e Thayanne Reis.

Também estão na programação quatro oficinas: Dança e Escrita Aleijada, com João Paulo Lima (CE), Costurando o Braille, com Cintia Caroline (MG), Performance, Intervenção Urbana e criação de lambe-lambes: – Nos gusta desordem, com Nathielle Wougles (SC) e a Oficina Librário, com Flávia Neves (MG), que culmina na intervenção “Librário na rua: Democratizando a Libras no Espaço Público” que vai levar a discussão sobre a acessibilidade à comunicação para além das paredes das instituições de cultura e ensino, utilizando lambe-lambes para apresentar à comunidade palavras e expressões básicas na Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Quem patrocina o Festival Acessa BH

O Festival Acessa BH conta com o patrocínio master da Cemig por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, patrocínio do Itaú Unibanco, Redecard e Instituto Unimed-BH por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e do Grupo Zelo, através da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. Conta, ainda, com o apoio da Fundação Clóvis Salgado, Funarte MG, Centro Cultural Unimed-BH Minas, Sesc Palladium e Mercure. Uma realização da Vitral Bureau Cultural, Lais Vitral, Governo de Minas Gerais — Governo Diferente, Estado Eficiente e Ministério da Cultura – Governo Federal – União e Reconstrução.

Cemig: a energia da cultura

Como a maior incentivadora da cultura em Minas Gerais, a Cemig segue investindo e apoiando as diferentes produções artísticas existentes nas várias regiões do estado. Afinal, fortalecer e impulsionar o setor cultural mineiro é um compromisso da Companhia, refletindo seu propósito de transformar vidas com energia.

Ao abraçar a cultura em toda a sua diversidade, a Cemig potencializa, ao mesmo tempo que preserva, a memória e a identidade do povo mineiro. Assim, os projetos incentivados pela empresa trazem na essência a importância da tradição e do resgate da história, sem, contudo, deixar de lado a presença da inovação.

Apoiar iniciativas como essa reforça a atuação da Cemig em ampliar, no estado, o acesso às práticas culturais e em buscar uma maior democratização dos seus incentivos.

Instituto Unimed-BH

O Instituto Unimed-BH completou 20 anos em 2023. A associação sem fins lucrativos foi criada em 2003 e, desde então, desenvolve projetos socioculturais e socioambientais visando à formação da cidadania, estimulando o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, fomentando a economia criativa, valorizando espaços públicos e o meio ambiente. Ao longo de sua história, o Instituto destinou cerca de R$190 milhões por meio das leis de incentivo municipal e federal, fundos do idoso e da criança e do adolescente, com o apoio de mais de 5,6 mil médicos cooperados e colaboradores da Unimed-BH. Em 2022, mais de 20 mil postos de trabalho foram gerados e 2 milhões de pessoas foram alcançadas por meio de projetos em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.

Grupo Zelo

Nascido em Belo Horizonte há sete anos, o Grupo Zelo acredita e investe na diversidade e inclusão de forma constante.  A empresa escolheu apoiar o projeto Acessa BH desde o início, porque acredita que a promoção de ações como essa são essenciais não apenas na cena cultural, mas em todos os locais e situações. Comprometidos em apoiar iniciativas que refletem seus valores e contribuem para a construção de uma sociedade mais inclusiva e justa, o Grupo Zelo reafirma seu compromisso em desenvolver um ambiente que valoriza a diversidade e promove a inclusão, tanto internamente quanto nas interações com a comunidade.

SOBRE O EVENTO

Festival Acessa BH

Data:  05 a 29 de setembro

Locais: Centro Cultural Unimed-BH Minas, Funarte MG, Palácio das Artes, Palácio da Liberdade, Sesc Palladium e Teatro Raul Belém Machado

Entrada gratuita, exceto para o Concerto da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e Maestro João Carlos Martins

Acessibilidade

  • Acessibilidade física nos locais, incluindo a permissão para transitar e permanecer nos espaços com cão-guia devidamente identificado (de acordo com a Lei nº 11.126/2005). O Palácio das Artes, o Palácio da Liberdade, a Funarte MG, o Centro Cultural Unimed-BH Minas e o Sesc Palladium possuem cadeira de rodas para empréstimo, se necessário.
  • Interpretação em Libras/Português, durante os espetáculos, integrada aos filmes, e nos bate-papos após algumas apresentações.
  • Legendas descritivas abertas em todos os filmes.
  • Audiodescrição ao vivo durante os espetáculos, e integrada aos filmes.
  • Disponibilização de abafadores de ruído, espaços de respiro, sessões de filmes com portas abertas e luzes baixas.

Texto: Fundação Clóvis Salgado


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