“madeira doce água áspera” fica aberta à visitação do público a partir de 17 de outubro, na Galeria Genesco Murta. Artista tem, pela primeira vez, trabalho exposto no Palácio das Artes
Madeira doce água áspera
Data: 17 de outubro à 28 de janeiro
Horário: de 09:30h às 21:00h (terça à sábado), e domingo de 17h às 21h
Local: Galeria Genesco Murta do Palácio das Artes
Entrada gratuita
Classificação indicativa: Livre
Informações para o público: (31) 3236-7400 | www.fcs.mg.gov.br
Velho Chico, Mar do Sertão, Rio da Integração Nacional. Não faltam nomeações para o “opará”, nome original do Rio São Francisco, um dos maiores e mais importantes cursos d’água do Brasil. O rio que nasce em Minas, mais precisamente na Serra da Canastra, e passa por mais três estados até chegar em Sergipe, é fonte de inspiração para incontáveis obras de arte, seja na música, no artesanato ou na poesia.
E é também às margens do São Francisco, no trecho do rio que corta o Norte de Minas, onde nascem as raízes do trabalho do artista plástico davi de jesus do nascimento, natural de Pirapora, filho de uma família de pescadores, lavadeiras e mestres “carranqueiros”.
O Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam “madeira doce água áspera”. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e da Copasa e Correalização da APPA – Arte e Cultura.
A partir do dia 17 de outubro, até 28 de janeiro de 2024, a Galeria Genesco Murta, no Palácio das Artes, recebe a exposição “madeira doce água áspera”, primeira individual de davi de jesus do nascimento no complexo. Serão expostas 19 obras do artista, entre desenhos, fotografias, aquarelas e uma carranca, uma das manifestações culturais que simbolizam Pirapora e o Norte mineiro. A abertura da exposição será no dia 17 de outubro, terça-feira, às 19 horas.
O artista
davi de jesus do nascimento (Pirapora, 1997) vive e trabalha em Pirapora. É artista barranqueiro criado às margens do Rio São Francisco – curso d’água de sua vida. Nascido em família de pescadores, lavadeiras e mestres carranqueiros, trabalha coletando afetos da ancestralidade ribeirinha e percebendo “quase-rios’’, no árido.
Guiado por forte escuta familiar, assim como por acontecimentos que remetem à sua comunidade barranqueira de origem, Davi toma como pontos de partida de seu trabalho o falecimento da própria mãe e o adoecimento do rio São Francisco.
A partir de criações que abrangem ações ritualísticas, vídeos, fotografias, textos poéticos e pinturas terrosas, aborda o ser humano e suas memórias como matéria essencialmente orgânica, entendendo a arte como campo propício à coletivização de dores que permeiam a passagem do tempo. Dedica-se ainda à produção de autorretratos e retratos de si em contextos rurais e urbanos, além de composições a partir de fotografias, alimentos, fósseis de animais e outros objetos, gerando efeitos que remetem a processos de luto, perecimento e integração que sucedem a morte da matéria.
FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.
Texto: Fundação Clóvis Salgado