“Aqui Mesmo” estreia em 16 de dezembro, no Cine Humberto Mauro, e foi filmado no Centro Técnico de Produção e Formação Raul Belém Machado (CTPF)
Estreia do Curta “Aqui Mesmo”
Datas: 16 de dezembro
Horário: 20h
Local: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes
(Avenida Afonso Pena, 1537, Centro)
Classificação indicativa: Livre
Entrada gratuita
Informações para o público: (31) 3236-7307 / www.fcs.mg.gov.br
Informação para a imprensa:
Arthur Santana | (31) 3236-7377 | (31) 98325-9162 |
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O Cine Humberto Mauro, no Palácio das Artes, receberá a estreia do curta-metragem “Aqui Mesmo”, realizado pelos estudantes da Escola de Tecnologia da Cena, do Centro de Formação Artística e Tecnológica da Fundação Clóvis Salgado (Cefart). Com direção de Gilberto Goulart e Fabrício Martins, a produção é uma releitura da história em quadrinhos “Aqui”, de Richard McGuire, e conta a história de uma cozinha em uma casa no bairro Floresta, em Belo Horizonte, desde 1900 até 2024. Ao longo dos anos, diversas famílias passam por esse cômodo, encenando vários momentos de ternura, tensão, alegria, e drama. O espaço doméstico, dessa forma, se revela para o espectador como um recorte da sociedade e as mudanças pela qual ela passa ao longo desses 124 anos. O lançamento acontece na segunda-feira (16/12), às 20h, com entrada gratuita.
A produção envolveu o trabalho de quatro turmas do Cefart. Os alunos de cenografia criaram a cozinha com todos os seus utensílios, fogões, panelas, pias e móveis de cada uma das épocas retratadas. A turma de figurino foi responsável pela caracterização dos atores, com maquiagens e roupas. Os estudantes de sonoplastia realizaram a captação de áudio e a concepção de sons incidentais e trilha sonora, criando uma ambientação da cidade ao longo do século. Por fim, os discentes de iluminação foram responsáveis pela atmosfera do cômodo, dando a noção de manhã, tarde, noite e madrugada, além de ambientações visuais importantes para a fotografia do filme. Em uma participação especial, os alunos do curso técnico de teatro também somaram no projeto, encenando os personagens.
O curta-metragem “Aqui Mesmo” é realizado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e Fundação Clóvis Salgado. A ação é viabilizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Governo Federal, Brasil: União e Reconstrução. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm a Cemig como mantenedora, Patrocínio Master do Instituto Cultural Vale, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal, Patrocínio da Vivo e correalização da APPA – Cultura & Patrimônio. O Palácio das Artes integra o Circuito Liberdade, que reúne 35 equipamentos com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo.
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Filme feito por muitas mãos – A produção do curta-metragem mobilizou todas as turmas da Escola de Tecnologia da Cena, o que guiou, inclusive, a escolha da obra fonte. Em “Aqui”, McGuire utiliza da sobreposição de quadros para narrar a história de uma sala ocupada por diferentes famílias em épocas distintas. Essas diferenças são ressaltadas por códigos visuais como cores, figurinos, objetos, etc. Segundo Gilberto Goulart, diretor do filme, esses elementos atenderam à ideia de que todas as equipes precisavam “quebrar a cabeça” para que a produção fosse realizada.:
“Esse processo de direção foi muito atípico e interessante. Ele está totalmente relacionado a um processo educativo e didático, por ser um trabalho realizado junto aos alunos de Tecnologia da Cena. A forma como tentamos adaptar esse tipo de produção a uma lógica que atendesse a essa proposta didática também foi um ponto crucial. A própria escolha da obra fonte passou por essa avaliação, pois trata-se de uma obra que propõe um desafio para cada uma das especificidades”, ressalta Goulart.
A partir dessa premissa, os alunos envolveram-se ativamente na elaboração da ideia que seria filmada, desde o roteiro, no período de pré-produção. O resultado foi uma cozinha que combinasse diversos elementos e repertórios próprios de cada um dos discentes. “As referências, não só minhas, mas também deles, vieram da bagagem de cada um, trazendo diferentes interpretações, especialmente no que se refere à época e aos cenários. Esses elementos são uma combinação de várias influências, sem que uma se sobressaísse sobre as outras. As pequenas homenagens feitas na produção, como certos objetos, foram escolhas de cada um”, explica o diretor.
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Enquadramento incomum – Diferente do material base, toda a narrativa se passa em uma cozinha ao invés de uma sala de estar. As gravações foram realizadas em uma cozinha real, localizada no Centro Técnico de Produção e Formação Raul Belém Machado (CTPF). Para isso, foram realizadas uma série de adaptações para que o cômodo fosse utilizado como um estúdio. Para o diretor, esse foi um dos grandes desafios da produção: filmar em um espaço que parecesse um estúdio, mas sem a amplitude de um.
Essa dificuldade foi traduzida em um curta de enquadramento único, utilizando-se de sobreposições de imagens assim como McGuire. Segundo Gilberto, isso produziu um material fílmico singular. “Esse filme é muito atípico na perspectiva cinematográfica. É uma obra de enquadramento único, onde a dinâmica, o ritmo e as modificações são feitas com inserções de maneira que repetem o próprio material original. São quadros que se inserem e se sobrepõem, o que, para a linguagem cinematográfica, não é de forma alguma algo corriqueiro. A proposta foi seguir a estética – ou a diagramação –, o modo como o próprio autor escolheu para apresentar os fatos. Essa perspectiva coloca em primeiro plano o cômodo, em um enquadramento que dá destaque para ele, como um personagem que tem um arco que se modifica, enquanto os outros personagens humanos são propositalmente mais rasos”, conta o diretor.
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CEFART – O Centro de Formação Artística e Tecnológica – Cefart, da Fundação Clóvis Salgado, é responsável por promover a formação em diversas linguagens no campo das artes e em tecnologias do espetáculo. Referência em formação artística, o Cefart possui amplo e inovador Programa Pedagógico para profissionalizar e inserir jovens talentos no mercado de trabalho da cultura e das artes. Diversas gerações de artistas e técnicos foram formadas ao longo dos quase 40 anos de atividades, com forte impacto no fazer artístico de Minas Gerais. São oferecidas, gratuitamente, oportunidades democráticas de acesso à formação cultural diversa, por meio de Cursos Técnicos, Básicos, de Extensão e Complementares, com grande repercussão social.
FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado é responsável, ainda, pela gestão do Circuito Liberdade, do qual fazem parte o Palácio das Artes e a CâmeraSete. Em 2021, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todas as pessoas.
Texto: Fundação Clóvis Salgado