Os concertos vão acontecer no Museu Inimá de Paula, Palácio da Liberdade e Museu de Congonhas ao longo do mês de junho
Lírico em Concerto
Data: 5 de junho
Horário: 19h
Local: Museu Inimá de Paula
(Rua da Bahia, 1201, Centro, Belo Horizonte)
Datas: 12 e 13 de junho
Horário: 19h
Local: Palácio da Liberdade (dia 12 e 13 de junho)
(Praça da Liberdade, s/nº, Funcionários, Belo Horizonte)
Museu de Congonhas (dia 18 de junho)
(Alameda Cidade Matozinhos de Portugal, 77, Basílica, Congonhas)
Data: 18 de junho
Horário: 19h
Local: Museu de Congonhas (dia 18 de junho)
(Alameda Cidade Matozinhos de Portugal, 77, Basílica, Congonhas)
Classificação indicativa: Livre
Entrada gratuita, com espaço sujeito à lotação
Informações para o público: (31) 3236-7307 / www.fcs.mg.gov.br
O Coral Lírico de Minas Gerais, sob regência do maestro André dos Santos, realizará uma série de concertos em três importantes museus do estado no mês de junho. A primeira apresentação será no dia 5 de junho, no Museu Inimá de Paula, em Belo Horizonte, em um ambiente intimista e propício à experiência artística. Em seguida, o Coral se apresenta nos dias 12 e 13 de junho, no Palácio da Liberdade, um dos marcos arquitetônicos e históricos da capital mineira. Encerrando a série, no dia 18 de junho, o grupo se apresenta no Museu de Congonhas, na cidade que também abriga as emblemáticas obras de Aleijadinho. Todas as apresentações acontecem às 19h. A proposta tem como objetivo levar a música coral de excelência a espaços culturais que promovem o diálogo entre diferentes expressões artísticas, aproximando o público da experiência lírica de forma acessível e envolvente. A entrada é gratuita, sem retirada prévia de ingresso, com espaço sujeito à lotação.
A série é uma forma de difundir a música clássica, além de valorizar os espaços culturais do estado, aproximando o público da experiência lírica de forma acessível e envolvente. Para o regente, a apresentação tem um papel importante na formação de público. “Eu acredito que todos os lugares podem ser utilizados para concertos, mas os espaços alternativos podem representar uma aproximação diferente com o público, que muitas vezes vê o ambiente formal dos teatros como um local pouco acessível ou distante de suas realidades. Essas iniciativas certamente abrem a mente desse público, introduz o gosto pela música e quebra tabus sobre a música erudita e a ópera”, afirma André dos Santos.
O espetáculo “Lírico em Concerto” é realizado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Fundação Municipal de Cultura Lazer e Turismo de Congonhas – FUMCULT e Fundação Clóvis Salgado. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm a Cemig como mantenedora, Patrocínio Master do Instituto Cultural Vale e Grupo Fredizak, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal, Patrocínio da Vivo e correalização da APPA – Cultura & Patrimônio. O Palácio das Artes integra o Circuito Liberdade, que reúne 35 equipamentos com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. A ação é viabilizada por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura (LEIC), pelo Termo de Fomento 001/2024 entre a Fundação Clóvis Salgado e a Fundação Municipal de Cultura Lazer e Turismo de Congonhas e pela Lei Federal de Incentivo à Cultura. Governo Federal. Vale-Cultura. Brasil: União e Reconstrução.
Repertório diversificado – O programa reúne um repertório diverso, com momentos marcantes de diferentes períodos e estilos. A apresentação tem início com “Dona Nobis”, do compositor mineiro Carlos Alberto Pinto Fonseca, seguida por trechos de óperas consagradas. Estão presentes “Sansão e Dalila”, de Camille Saint-Saëns, obra baseada na narrativa bíblica de Sansão e Dalila; “Cavalleria Rusticana”, de Mascagni, ópera em um ato que estreou em Roma, em 1890; e “Tosca”, de Giacomo Puccini, baseado em uma peça homônima, com estreia também em Roma, no ano de 1900. O público poderá ainda conferir passagens de “Diálogo das Carmelitas”, de Francis Poulenc, uma versão ficcionalizada da história de dezesseis religiosas de um convento em Compiègne, guilhotinadas durante a Revolução Francesa; e “Os Pescadores de Pérolas”, de Georges Bizet, que narra o conflito entre dois amigos que se apaixonam pela mesma mulher. Cada obra é interpretada com solistas do próprio Coral Lírico, explorando a riqueza dramática e expressiva das obras.
Com destaque à música brasileira, o programa inclui “Xirê-Ogum”, também de Carlos Alberto Pinto Fonseca. Enquanto a primeira composição, “Dona Nobis”, expressa uma súplica pela paz, a segunda se assemelha a um canto de guerra africano. Fonseca foi um dos principais compositores e intérpretes da música coral brasileira. Nascido em Belo Horizonte, começou a estudar piano ainda criança e graduou-se pela Universidade Federal da Bahia, em 1960. No ano seguinte, entrou para a Ars Nova – Coral da UFMG, assumindo sua regência em 1962 e atuando à frente do grupo por 41 anos. Fonseca também já foi regente titular da Orquestra Sinfônica e do Coral Lírico de Minas Gerais. Sua obra-prima, “Missa Afro-Brasileira (de Batuque e Acalanto)”, foi composta em 1971 e premiada, em 1976, pela Associação Paulista de Críticos de Arte como “Melhor Obra Vocal”. Em 2023, celebrando a data em que completaria 90 anos, o Coral Lírico de Minas Gerais e o Coral Ars Antiqua realizaram uma apresentação no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes em homenagem ao maestro.
O repertório, segundo o maestro André dos Santos, trata da relação do ser humano com o sagrado. Ele destaca, ainda, que essa é uma questão universal que permeia diversas crenças, gerando, portanto, uma forte conexão com o público. “Esse programa traz como tema a presença da fé, através das várias manifestações religiosas que se mesclam ao cotidiano da humanidade, durante os vários períodos da história. Não se trata, em sua essência, de um programa sacro, mas sim da reflexão sobre o terreno versus místico. Creio que são assuntos que o público irá, de alguma forma, se reconhecer, refletir ou simplesmente desfrutar da beleza das diferentes obras apresentadas. Quando a arte é verdadeira, isso basta para criar um vínculo emocional com a platéia”, sustenta André.
FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Palácio da Liberdade, espaços geridos pela FCS. A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado é responsável, ainda, pela gestão do Circuito Liberdade, do qual fazem parte o Palácio das Artes, Palácio da Liberdade e a CâmeraSete. Em 2021, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todas as pessoas.
CORAL LÍRICO DE MINAS GERAIS – Criado em 1979, o Coral Lírico de Minas Gerais foi declarado Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais. Interpreta repertório diversificado, incluindo motetos, óperas, oratórios e concertos sinfônico-corais. Participa da política de difusão do canto coral, por meio da Fundação Clóvis Salgado (FCS), a partir da realização das séries Concertos da Liberdade – Lírico ao Meio-Dia e Lírico em Concerto –, Coral Lírico na Cidade e Noites Líricas, além de integrar as temporadas de óperas da FCS. O Coral Lírico de Minas Gerais teve como regentes Luiz Aguiar, Marcos Thadeu Miranda Gomes, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Ângela Pinto Coelho, Eliane Fajioli, Silvio Viegas, Charles Roussin, Afrânio Lacerda, Márcio Miranda Pontes, Lincoln Andrade e Lara Tanaka.
Texto: Fundação Clóvis Salgado