Iniciativa já alcançou cerca de 200 mil pessoas, com longas e curtas-metragens nacionais e estrangeiros das mais diversas épocas e acessíveis em todo o Brasil
Informações para o público: (31) 3236-7400 | www.fcs.mg.gov.br
O Cine Humberto Mauro, mantido pela Fundação Clóvis Salgado, é a principal sala de cinema público do estado de Minas Gerais. Com mais de 40 anos de atuação, apresenta uma programação arrojada, que concilia retrospectivas clássicas do cinema nacional e mundial à efervescência da produção contemporânea. Ao longo de sua história, a sala foi palco de eventos e exibições memoráveis, com mostras temáticas e homenagens a grandes cineastas como Alfred Hitchcock, Howard Hawks, Ida Lupino, Frank Capra, Stanley Kubrick, Yasujiro Ozu, Humberto Mauro e André Novais Oliveira, entre tantos outros.
Para além da histórica localização presencial, o Cine Humberto Mauro também conta com um espaço virtual totalmente gratuito, a plataforma de streaming CineHumbertoMauroMAIS, criada em 2020 e que desde então vem ampliando o acervo de filmes e as ações de formação, tornando-se um ponto de encontro, acesso e descentralização de uma das programações de cinema mais elogiadas do país. Vitor Miranda, Gerente de Cinema da Fundação Clóvis Salgado e Coordenador de Programação e Curadoria da plataforma CineHumbertoMauroMAIS, ressalta a boa receptividade que o streaming tem tido. “A plataforma foi desenvolvida durante a pandemia [de COVID-19], e eu acho que no pós-pandemia temos uma reflexão muito importante para nós sobre como ela foi relevante para atingir outros públicos que não podem estar aqui presencialmente no Cine Humberto Mauro. Temos grandes números da plataforma e um retorno muito interessante do conteúdo que é exibido lá”. De outubro de 2020 (primeiro mês em atividade) a dezembro de 2023, o CineHumbertoMauroMAIS foi acessado mais de 65 mil vezes, alcançando cerca de 200 mil pessoas no mesmo período.
O Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam a plataforma CineHumbertoMauroMAIS. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm Patrocínio Master da Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Prime do Instituto Unimed e da ArcelorMittal e Patrocínio da Vivo.
Acervo cada vez mais diverso – A plataforma chega em 2024 com mais de 150 filmes, entre longas-metragens de diversas épocas, países e movimentos cinematográficos. “Uma novidade para o ano de 2024 é que estamos pensando uma mostra de curtas-metragens experimentais para ser exibida exclusivamente online. Além disso, nossa mostra sobre o Ozu, que integrou a programação especial de fim de ano, deve continuar no ambiente virtual por um tempo, inclusive com a adição de novos filmes em janeiro. Então o público que não conseguiu estar aqui presencialmente e que não mora em Belo Horizonte pode ter acesso a esse conteúdo privilegiado que fazemos com tanto carinho. Estamos sempre alimentando a plataforma com muito conteúdo e pensando a nossa programação também com este viés online, que é extremamente importante para que as pessoas tenham acesso ao que estamos promovendo”.
Clássicos hollywoodianos como O Homem Invisível (1933), de James Whale, Rebecca – A Mulher Inesquecível (1940), de Hitchcock, Jejum de Amor (1940), dirigido por Howard Hawks, A Felicidade Não se Compra (1946), realizado por Frank Capra, e Medo e Desejo (1953), de Kubrick, estão ao lado de obras seminais do movimento expressionista alemão, a exemplo de O Gabinete do Dr. Caligari (1920), dirigido por Robert Wiene, e Metrópolis (1927), de Fritz Lang. Trabalhos aclamados do diretor japonês Yasujiro Ozu, como Filho Único (1936), Pai e Filha (1949) e O Sabor do Chá Verde sobre o Arroz (1952) convivem com obra de gênero, caso do filme noir O Mundo Odeia-me (1953), de Ida Lupino, e do marco do terror A Noite dos Mortos-Vivos (1968), dirigido por George A. Romero.
O cinema brasileiro também marca presença no CineHumbertoMauroMAIS, com curtas-metragens mineiros prestigiados da última década, como Rapsódia para o Homem Negro (2014), de Gabriel Martins, e Quintal (2014), de André Novais Oliveira, este último um dos filmes mais assistidos na plataforma. O streaming traz ainda uma especial dedicado a Humberto Mauro, cineasta cujo nome intitula a sala de cinema do Palácio das Artes e cujos filmes são exemplares pioneiros do cinema nacional. Dele, estão em cartaz obras como Brasa Dormida (1928), Sangue Mineiro (1930), Ganga Bruta (1933) e diversos outros longas e curtas-metragens clássicos das primeiras décadas do cinema mineiro. “Começamos a planejar nossa programação junto com essa possibilidade do online, também através da reflexão crítica, que contribui muito para a formação de público dos filmes que estão disponíveis lá. Então temos uma sessão chamada ‘Notas cinematográficas’, com ensaios críticos inéditos das obras que estão em exibição presencial e virtual, entrevistas e as versões online dos catálogos”.
A plataforma CineHumbertoMauroMAIS também caminha em paralelo e incorpora a programação da sala presencial. É o caso das mostras De Volta para o Futuro e A Rotina tem seu Encanto – 120 Anos de Ozu, exibidas em 2023, De Corpo e Alma, em 2022, e Cults do Terror, que aconteceu virtualmente em 2021, durante o período de distanciamento social. Recortes da curadoria destas mostras podem ser assistidos no streaming da Fundação Clóvis Salgado. A plataforma reúne programas permanentes do Cine Humberto Mauro, como o Cineclube Acessível – com filmes produzidos por, com e para pessoas com deficiência e com recursos de acessibilidade –, além de agregar curtas-metragens de várias edições do Prêmio Humberto Mauro – Curtas de Invenção, iniciativa de fomento da Fundação Clóvis Salgado em parceria com o BDMG Cultural que completou 10 anos em 2023. A plataforma ainda dá a espectadores de todo o Brasil a oportunidade de assistir às diversas mostras, retrospectivas e sessões que passam pela tela do Cine Humberto Mauro durante o ano, com destaque para as sempre diversas e pungentes programações do FestCurtasBH – Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte e de outros eventos já consolidados no calendário cinematográfico mineiro, como o Cinecipó – Festival do Filme Insurgente e o Forumdoc.bh – Festival do Filme Documentário e Etnográfico.
Texto: Fundação Clóvis Salgado