CINE HUMBERTO MAURO REALIZA A MOSTRA “AS ALEGORIAS DE CARLOS SAURA”, EM HOMENAGEM A UM DOS PRINCIPAIS DIRETORES DO CINEMA ESPANHOL

Mais de 50 trabalhos realizados e mais de 60 anos dedicado à sétima arte, evento em homenagem ao cineasta, morto este ano, traz oito filmes que marcaram sua trajetória. Evento, uma correalização da Fundação Clóvis Salgado com o Instituto Cervantes de Belo Horizonte, acontece de 28 de julho a 5 de julho e tem entrada gratuita.


MOSTRA “AS ALEGORIAS DE CARLOS SAURA”

Local: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes

Endereço: Av. Afonso Pena, 1.537 – Centro Belo Horizonte/MG

Data: 28 de junho a 5 de julho de 2023
Horário: verificar na programação
Classificação indicativa: verificar na programação

Acesso Gratuito – Ingressos distribuídos uma hora antes de cada sessão

Informações para o público: (31) 3236-7400


Elisa, Vida Minha, de Carlos Saura: (Crédito: Divulgação)

Com mais de 50 filmes no currículo e tendo estreado na direção em 1956, com o curta “La tarde del domingo”, o cineasta espanhol Carlos Saura é tema da próxima mostra do Cine Humberto Mauro. Considerado um dos maiores diretores espanhóis do século XX e também um dos mais importantes da história do cinema, o realizador, morto este ano, será homenageado com “As alegorias de Carlos Saura”, que entra em cartaz nesta quarta-feira (28/06), às 17h, com a exibição de “Cria Cuervos” (1976). O evento, que traz ainda os trabalhos “A Caça” (1966), “Elisa, Vida Minha” (1977), “Mamãe Faz 100 Anos” (1979), “Bodas de Sangue” (1981), “Ai, Carmela!” (1990), “Goya” (1999)  e “Ibéria” (2005),  é fruto de uma parceria entre a Fundação Clóvis Salgado e o Instituto Cervantes de Belo Horizonte. A programação é gratuita e segue até 5 de julho.

A mostra passeia pela carreira prolífica do diretor e evidencia as diversas linguagens e estéticas que Saura incorporou em seu trabalho ao longo de mais de 60 anos de trajetória. O diretor abordou os mais variados temas em sua cinematografia, como a burguesia, o conservadorismo, a Guerra Civil Espanhola e a ditadura de Franco, que assolou a Espanha de 1939 a 1975 e censurou as obras de Saura. “Enquanto os filmes do realizar eram censurados em seu próprio país pela ditadura franquista, Carlos Saura era recebido e celebrado pelos principais festivais europeus, como Cannes e Berlim. O diretor trabalhou inúmeras linguagens em seus trabalhos. O realismo social alegórico foi a que mais se destacou e a que melhor o define. Ele queria fazer um cinema tanto autoral quanto popular”, explica Vitor Miranda, gerente do Cine Humberto Mauro.

Muito respeitado por seus pares, inclusive Luis Buñuel e Stanley Kubrick, o cineasta mistura o real com o sonho, o passado com o presente. “O cinema do diretor é um ponto de intersecção entre Buñuel, que é uma de suas influencias mais fortes, e Pedro Almodóvar, influenciado pelo próprio Saura”, pontua Vitor Miranda.

Sobreposições alegóricas – destaques da mostra

Dentre os filmes de destaque da mostra “As alegorias de Carlos Saura” está “A Caça” (1966). A obra aborda as alucinações que três amigos começam a sentir após um dia inteiro de caça a coelhos sob um sol escaldante. A película aborda as experiências traumatizantes do passado e de estímulos violentos do presente das personagens. A sessão, que acontece em 1 de julho, às 18h, vai ser comentada pelo cineasta e crítico de cinema Luiz Fernando Coutinho.

Outro ponto alto da mostra é a obra “Cria cuervos” (1975), que pode ser vista nos dias 28/06, às 17h, 02/07, às 18h, e 04/07, às 15h. O trabalho, que reflete a influência surrealista de Buñuel, venceu o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes, foi indicado ao Globo de Ouro e ao Cesar de Melhor Filme Estrangeiro. O filme analisa as relações familiares durante o franquismo por meio da história de Ana (Geraldine Chaplin), que presenciou os pais morrerem em um curto espaço de tempo. O trabalho esmiúça o trauma ao longo da vida da personagem.

“Bodas de sangue” (1981), que será exibido em 30 de junho, às 20h, também é um dos importantes trabalhos do diretor presente na mostra. A película é muito próxima do documentário e aborda o flamenco dentro da cultura espanhola. A trama envolve os ensaios para a adaptação de uma obra de Federico Garcia Lorca por uma companhia de dança. 

Goya, de Carlos Saura: (Crédito: Divulgação)

PROGRAMAÇÃO | MOSTRA “AS ALEGORIAS DE CARLOS SAURA”

28/06 (QUA)

17h | Cría Cuervos (Carlos Saura, ESP, 1976) | 18 anos | 1h45

19h | Goya (Goya en Burdeos, Carlos Saura, ESP-ITA, 1999) | 14 anos | 1h40

29/06 (QUI)

16h | Elisa, Vida Minha (Elisa, Vida Mia, Carlos Saura, ESP, 1977) | 14 anos | 2h05

19h | CINECLUBE ACESSÍVEL | Sessão especial Prêmio Humberto Mauro | 14 anos | 54 min

Determino Coragem, Coragem (Cristiano Araujo, André Victor, BRA, 2021) | 12 anos | 10 min

Dois (Guilherme Jardim, Vinícius Fockiss, BRA, 2021) | 14 anos | 10min

Ursula (Chris Tigra, BRA, 2021) | 12 anos | 7min

Procura-se Indianara (Mayra Santos, BRA, 2021) | 14 anos | 10min

Não há ninguém perto de você (Juliana Antunes, BRA, 2021) | 12 anos | 7min

App (Aisha Bruno, BRA, 2021) | 14 anos | 10min

Sessão conta medidas de acessibilidade de libras, audiodescrição e legendagem LSE

Sessão comentada por Sophia Mendonça, pesquisadora e jornalista. Comentário com interpretação em Libras.

30/06 (SEX)

13h | Curta no Almoço | 14 anos | 37min.

Infantaria (Laís Santos Araújo, Brasil-AL, 2022) | 14 anos | 24min.

Madhu (Tanmay Chowdhary, Tanvi Chowdhary, India, 2022) | 14 anos | 13min.

16h | Mamãe Faz 100 Anos (Mamá Cumple Cien Años, Carlos Saura, ESP-FRA, 1979) | 12 anos | 1h38

18h | Ai, Carmela! (Ay, Carmela!, Carlos Saura, ESP-ITA, 1990) |14 anos | 1h42

20h | Bodas de Sangue (Bodas de Sangre, Carlos Saura, ESP-FRA, 1981) | 14 anos | 1h12

01/07 (SAB)

16h | LANÇAMENTO | COLINA – Comando de Libertação Nacional (Chiquinho Matias, BRA-MG, 2023) | 10 anos | 50min | Sessão com a presença da equipe do filme.

18h | HISTÓRIA PERMANENTE DO CINEMA | A Caça (La Caza, Carlos Saura, ESP- 1966) | 14 anos | 1h31 | Sessão comentada por Luiz Fernando Coutinho

20h30 | Ibéria (Iberia, Carlos Saura, ESP-FRA, 2005) | 10 anos | 1h40

02/07 (DOM)

18h | Cría Cuervos (Carlos Saura, ESP, 1976) | 18 anos | 1h45

20h | Mamãe Faz 100 Anos (Mamá Cumple Cien Años, Carlos Saura, ESP-FRA, 1979) | 12 anos | 1h38

04/07 (TER)

15h | Cría Cuervos (Carlos Saura, ESP, 1976) | 18 anos | 1h45

17h | Elisa, Vida Minha (Elisa, Vida Mia, Carlos Saura, ESP, 1977) | 14 anos | 2h05

19h30 | 23ª Curta Circuito – Amores Brasileiros | Minha namorada (Zelito Viana, Armando Costa, BRA-RJ, 1971) | 16 anos | 1h26 | Bate-papo após a sessão com o crítico Fernando Oriente e o cantor Marcelo Costa.

05/07 (QUA)

16h | Goya (Goya en Burdeos, Carlos Saura, ESP-ITA, 1999) | 14 anos | 1h40

18h | Mamãe Faz 100 Anos (Mamá Cumple Cien Años, Carlos Saura, ESP-FRA, 1979) | 12 anos | 1h38

20h | Ai, Carmela! (Ay, Carmela!, Carlos Saura, ESP-ITA, 1990) |14 anos | 1h42

CINE HUMBERTO MAURO – Um dos mais tradicionais cinemas de Belo Horizonte, o Cine Humberto Mauro foi inaugurado em 1978. Seu nome homenageia um dos pioneiros do cinema brasileiro, o mineiro Humberto Mauro (1897-1983), grande realizador cinematográfico. Com 129 lugares, possui equipamentos de som dolby digital e para exibição de filmes em 3D e 4K. Nestes 43 anos de existência, a Fundação Clóvis Salgado tem investido na consolidação do espaço como um local de formação de novos públicos a partir de programação diversificada, bem como à criação de mecanismos de estímulo à produção audiovisual com a realização do tradicional FestCurtasBH – Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte, e o Prêmio Estímulo ao Curta-metragem de Baixo Orçamento. O Cine Humberto Mauro também é um importante difusor do conhecimento ao promover cursos, seminários, debates e palestras. Sessões permanentes e comentadas também têm espaço cativo a partir das mostras História Permanente do Cinema, Cinema e Psicanálise e Curta a Tela, entre outros. Todas as atividades do Cine Humberto Mauro são gratuitas.

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.  A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.


Texto: Fundação Clóvis Salgado


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