Especial Representações traz as obras Branca de Neve e os Sete Anões (1937), O Mágico de Oz (1939) e Frankenstein (1931), com a proposta de refletir criticamente sobre as figurações trazidas por esses filmes da década de 1930, avaliando problemáticas, avanços e perspectivas para um cinema mais inclusivo.
ESPECIAL REPRESENTAÇÕES
Data: 4/12 (segunda-feira)
Horários: 16h, 18h e 20h15
Local: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes
(Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte)
Classificações Indicativas: Variáveis
ENTRADA GRATUITA, COM RETIRADA DE INGRESSO A PARTIR DE 1 HORA ANTES DAS SESSÕES, NA BILHETERIA DO CINEMA
Informações para o público: (31) 3236-7400
Branca de Neve e os Sete Anões (1937), O Mágico de Oz (1939) e Frankenstein (1931) são filmes clássicos da história do cinema, reconhecidos por crianças e adultos há gerações. Para além de experiências divertidas ou aterrorizantes, assistir a estas obras também é uma forma de compreender como questões sociais muito debatidas na atualidade eram vistas e apareciam na arte há quase um século. Pensando nisso, o Cine Humberto Mauro promove, em dezembro, uma sessão tripla do programa História Permanente do Cinema para discutir, a partir destes três filmes clássicos, as representações e a participação de pessoas com deficiência. As exibições acontecem no dia 4/12 (segunda-feira), às 16h, 18h e 20h15. A entrada no Cine Humberto Mauro é gratuita, com retirada de ingresso a partir de 1 hora antes das sessões, na bilheteria da sala.
A proposta curatorial do Especial Representações é trazer filmes da década de 1930 nos quais apareçam figurações das deficiências. Sendo assim, em Branca de Neve e os Sete Anões há os personagens com nanismo, que intitulam o filme junto à protagonista. Já o Mágico de Oz traz atores também com nanismo nos papeis dos Munchkins, que a personagem principal Dorothy encontra assim que chega à terra mágica de Oz – além de outras ideias mais subjetivas, de personagens como o Espantalho, que não tem cérebro. Por sua vez, Frankenstein gira em torno de um personagem que, de forma concreta no filme, mas também simbólica nas leituras extrafílmicas, não se encaixa nos padrões. “Eu acho que o conjunto dessas obras nos faz pensar como elas podem ser adaptadas para os dias de hoje, e como era essa representação na década de 30, quando as deficiências, ainda muito estigmatizadas, começava a aparecer na tela do cinema”, pontua Sara Paoliello, produtora do Cine Humberto Mauro e pessoa com deficiência, que comentará as sessões. Todas as exibições terão recursos de acessibilidade (dublagem ou legendas).
O Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam o Especial Representações. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e Correalização da APPA – Arte e Cultura.
PROGRAMAÇÃO
16h | Branca de Neve e os Sete Anões (David Hand, Ben Sharpsteen, Larry Morey, Perce Pearce, Wilfred Jackson, William Cottrell, EUA, 1937) | Livre | 1h23min | Sessão dublada
A rainha malvada morre de ciúmes da beleza de Branca de Neve e manda matá-la. Porém, logo descobre que a jovem não morreu e está morando na floresta com sete amiguinhos. A princesa então é envenenada pela rainha e só o beijo de um príncipe pode salvá-la.
18h | O Mágico de Oz (Victor Fleming, EUA, 1939) | Livre | 1h52min | Sessão dublada
Dorothy e seu cachorro Totó são levados para a terra mágica de Oz quando um ciclone passa pela fazenda de seus avós no Kansas. Eles viajam em direção à Cidade Esmeralda para encontrar o Mago Oz, e no caminho encontram um Espantalho, que precisa de um cérebro, um Homem de Lata sem um coração e um Leão Covarde que quer coragem. O Mago pede ao grupo que traga a vassoura da Bruxa Malvada do Oeste para, assim, ganharem sua ajuda.
20h15 | Frankenstein (James Whale, 1931) | 12 anos | 1h11min | Sessão legendada
Henry Frankenstein, um cientista louco, vagueia à noite pelo cemitério procurando membros de diversos cadáveres para costurá-los e formar um único homem. Mas para dar vida a este ser monstruoso, um cérebro é necessário. Após uma confusão de Fritz, seu assistente, o Dr. Frankenstein acaba colocando na criatura um cérebro criminoso. Mesmo com sua família e amigos tentando fazê-lo desistir deste experimento, Henry infunde vida na criatura, que escapa para a cidade e começa a causar estragos.
CINE HUMBERTO MAURO – Um dos mais tradicionais cinemas de Belo Horizonte, o Cine Humberto Mauro foi inaugurado em 1978. Seu nome homenageia um dos pioneiros do cinema brasileiro, o mineiro Humberto Mauro (1897-1983), grande realizador cinematográfico. Com 129 lugares, possui equipamentos de som Dolby Digital e para exibição de filmes em 3D e 4K. Nestes 45 anos de existência, a Fundação Clóvis Salgado tem investido na consolidação do espaço como um local de formação de novos públicos a partir de programação diversificada, bem como através da criação de mecanismos de estímulo à produção audiovisual, com a realização do tradicional FestCurtasBH – Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte, e o Prêmio Estímulo ao Curta-metragem de Baixo Orçamento. O Cine Humberto Mauro também é um importante difusor do conhecimento ao promover cursos, seminários, debates e palestras. Sessões permanentes e comentadas também têm espaço cativo a partir das mostras História Permanente do Cinema, Cinema e Psicanálise, Curta no Almoço, entre outros. Todas as atividades do Cine Humberto Mauro são gratuitas.
FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. A instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das galerias de arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.
Texto: Fundação Clóvis Salgado