Seleção explora a diversidade e as complexidades do país europeu, promovendo diálogos importantes sobre questões urgentes; exibições gratuitas ocorrem no dia 2 de outubro (quarta-feira)
Sessão “Histórias Plurais, Vidas Paralelas”
Data: 2 de outubro
Horários: Às 17h e às 19h30
Local: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes
(Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte)
Classificações indicativas: Variáveis
Entrada gratuita, com retirada de ingresso a partir de meia hora antes de cada sessão, na bilheteria do cinema
Informações para o público: (31) 3236-7400 /www.fcs.mg.gov.br
Assessoria de imprensa Fundação Clóvis Salgado
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Os profissionais franceses fazem parte do cinema desde o início. Nomes como Louis Le Prince, os irmãos Lumière e Georges Méliès foram precursores da sétima arte. Nas décadas seguintes, Jean Renoir, Jean-Luc Godard e Claire Denis tornaram o cinema francês um dos mais interessantes do mundo. Desde então, os filmes feitos no país conquistaram um espaço único na indústria audiovisual, levantando questões que fomentam discussões relevantes até os dias de hoje. Pensando nisso, nesta quarta-feira (2 de outubro), a partir das 17h, uma sessão que promove um diálogo cultural e uma reflexão sobre as questões da sociedade francesa contemporânea será realizada no Cine Humberto Mauro, fruto de uma parceria com a Embaixada da França. A seleção, intitulada “Histórias Plurais, Vidas Paralelas”, traz duas produções recentes, escolhidas sob curadoria da crítica e pesquisadora francesa Claire Allouche, que apresentará e comentará as obras, oferecendo uma análise aprofundada das narrativas e dos temas abordados. Claire integra a equipe da revista Cahiers du Cinéma e sua pesquisa de doutorado se concentra no processo de criação de ficção fora dos centros tradicionais de produção da Argentina e do Brasil. A sessão é gratuita, com retirada de ingressos a partir de meia hora antes do evento.
A sessão “Histórias Plurais, Vidas Paralelas” é realizada pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e Fundação Clóvis Salgado. A ação é viabilizada por meio da Lei Paulo Gustavo em Minas Gerais (LPG-MG) e da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Governo Federal, Brasil: União e Reconstrução. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm Patrocínio Master da Cemig e do Instituto Cultural Vale, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal, Patrocínio da Vivo e correalização da APPA – Cultura & Patrimônio.
Intercâmbio cultural – O longa “Nós” (2020), de Alice Diop, cineasta francesa de origem senegalesa, é o primeiro escolhido para compor a programação. Nele, a diretora, que possui mestrado em história e doutorado em sociologia visual, questiona “Quem somos nós? Que espaço existe para cada indivíduo nessa noção coletiva?”. O filme-ensaio revela, em meio a uma França marcada por divisões e tensões, um mosaico de vidas que, juntas, formam um todo coeso. Por meio de retratos íntimos ao longo de uma linha de trem que atravessa Paris e seus subúrbios, Diop explora a capacidade dos gestos humanos de construir conexões, apesar das barreiras que nos separam. Já em “Embarque” (2022), segunda obra selecionada, o diretor e roteirista francês Guillaume Brac apresenta uma comédia de verão campestre que captura a essência das experiências e interações de um grupo de jovens, em um ambiente que mistura charme e humor. Formado em cinema pela La Fémis Film School, Brac se descreve como alguém que quer produzir filmes que “precisam existir”, que digam algo sobre a nossa sociedade e nosso tempo.
Vitor Miranda, Gerente de Cinema da Fundação Clóvis Salgado, ressalta a relevância da iniciativa. “A presença de Claire Allouche aqui no Cine Humberto Mauro é muito importante, não só pelo seu trabalho admirável como pesquisadora da Universidade de Paris VIII e como escritora da revista Cahiers du Cinéma, bastante aclamada no meio do cinema, como para reforçar esse intercâmbio cultural. A mostra ‘Histórias Plurais, Vidas Paralelas’ conta com filmes que tiveram poucas exibições no Brasil e que dizem muito sobre as questões da sociedade contemporânea, vistas pela perspectiva de cineastas jovens”, explica.
CINE HUMBERTO MAURO – Um dos mais tradicionais cinemas de Belo Horizonte, foi inaugurado em 1978. Seu nome homenageia um dos pioneiros do cinema brasileiro, o mineiro Humberto Mauro (1897-1983), grande realizador cinematográfico. Com 129 lugares, possui equipamentos de som Dolby Digital e para exibição de filmes em 3D e 4K. Nestes mais de 45 anos de existência, a Fundação Clóvis Salgado tem investido na consolidação do espaço como um local de formação de novos públicos a partir de programação diversificada, bem como através da criação de mecanismos de estímulo à produção audiovisual, com a realização do tradicional FestCurtasBH – Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte, e o Prêmio Estímulo ao Curta-Metragem de Baixo Orçamento. O Cine Humberto Mauro também é um importante difusor do conhecimento ao promover cursos, seminários, debates e palestras. Sessões permanentes e comentadas também têm espaço cativo a partir das mostras História Permanente do Cinema, Cinema e Psicanálise, Curta no Almoço, entre outros. Todas as atividades do Cine Humberto Mauro são gratuitas.
FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro constituem alguns dos campos nos quais se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado é responsável, ainda, pela gestão do Circuito Liberdade, do qual fazem parte o Palácio das Artes e a CâmeraSete e mais 30 equipamentos culturais independentes. Em 2021, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.
Texto: Fundação Clóvis Salgado