AO COMEMORAR 20 ANOS DO FOTO EM PAUTA, ITINERÂNCIA DO FESTIVAL DE FOTOGRAFIA DE TIRADENTES CHEGA À CÂMERASETE COM REFLEXÕES SOBRE A ECOLOGIA

Exposição “Eztetyka da Terra” aborda a relação entre seres vivos, o planeta e suas transformações a partir de obras de 11 artistas nacionais e internacionais; a abertura acontece no dia 24/10/24, e o período expositivo vai de 25/10/2024 a 4/1/2024


Exposição “Foto em Pauta – Eztetyka da Terra”

Abertura: 24 de outubro de 2024

Período expositivo: 25 de outubro de 2024 a 4 de janeiro de 2025

Local: CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais

(Avenida Afonso Pena, 737, Centro)

Horário de funcionamento: Terça a sábado, das 9h30 às 21h

Entrada gratuita

Agendamento de visitas: agendamento.educativofcs@appa.art.br

Informações para a imprensa:

Lucas Oliveira | (31) 3236-7378 | (31) 98592-2377 |

lucashenriquegomesdeoliveira@gmail.com


Foto em pauta (Crédito: Luciano Candisani )

O “Foto em Pauta”, que comemora 20 anos em 2024, é uma iniciativa que nasceu em Belo Horizonte e fomenta o diálogo entre público e autores, por meio de encontros, palestras, exposições e oficinas. Em 2011, também passou a produzir o Festival de Fotografia de Tiradentes, referência nacional na difusão da fotografia brasileira. Desde 2015, a Fundação Clóvis Salgado tem uma parceria com o festival, promovendo a itinerância das exposições de Tiradentes para a capital mineira – e, agora, a CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais recebe a exposição “Eztetyka da Terra”, de 25 de outubro de 2024 a 4 de janeiro de 2025. Com direção artística de Eugênio Sávio e curadoria de João Castilho e Pedro David, a mostra reúne obras de 11 artistas de diversas partes do mundo e de distintas épocas. São mais de 100 imagens de nomes como Pedro Motta (MG), que teve uma exposição individual na CâmeraSete em 2016, Cuia Guimarães (MG), Daniela Balestrin (SC), Gustavo Moura (PB), Luciana Alt e Vitor Moura (MG), Luciano Candisani (SP) e Marc Ferrez (RJ), criando um diálogo visual sobre a interconexão entre os seres vivos e a Terra. Há, ainda, obras de artistas internacionais como Isadora Romero (Equador), Janelle Lynch (EUA), Marcela Magno (Argentina) e Peter Fischli & David Weiss (Suíça). A entrada é gratuita.

Inspirada no manifesto de Glauber Rocha e no pensamento do filósofo martiniquense Édouard Glissant, a exposição revisita o conceito de estética e o transforma em “eztetyka”, uma linguagem que transcende a simples representação da Terra como tema. A mostra explora o planeta como um elemento ativo, presente na forma e no processo de criação das imagens, e não apenas como um objeto passivo de contemplação. As fotografias selecionadas capturam a interação constante entre seres humanos, ecossistemas e a Terra, questionando ideias modernas de desenvolvimento e progresso. A exposição também questiona a dicotomia entre natureza e cultura, propondo uma reflexão sobre o impacto da civilização no planeta e a interdependência entre todas as formas de vida.

A exposição “Foto em Pauta – Eztetyka da Terra” é realizada pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e Fundação Clóvis Salgado. A ação é viabilizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Governo Federal, Brasil: União e Reconstrução. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm a Cemig como mantenedora, Patrocínio Master do Instituto Cultural Vale, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal, Patrocínio da Vivo e correalização da APPA – Cultura & Patrimônio.

A CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais integra o Circuito Liberdade, que reúne 35 equipamentos com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo.

Estética da Terra – Foto em pauta (Crédito: Marc Ferrez )

Duas décadas de reflexões sobre a fotografia – Eugênio Sávio, criador do “Foto em Pauta”, conta que sua formação na fotografia foi profundamente marcada por eventos dos quais participou, além de festivais internacionais, o que influenciou na criação da iniciativa. “Como sempre fui ligado na educação, quis trazer para Minas a relevante produção fotográfica autoral brasileira, facilitando a qualificação e a atualização dos artistas que utilizam esse meio de expressão”, explica o fotógrafo e produtor cultural. Já em relação ao Festival de Fotografia de Tiradentes, Eugênio conta que a experiência anterior obtida nos sete anos do “Foto em Pauta” em BH permitiu oferecer um evento com uma seleção de artistas de indiscutível qualidade artística. “Somando isso ao cenário encantador de Tiradentes, o sucesso do Festival veio muito rápido. Nosso desafio é perceber as questões que são importantes no mundo contemporâneo e ver como os artistas da fotografia reagem a elas, o que faz o festival sempre conectado com o tempo presente e justifica sua relevância”, diz.

“A CâmeraSete é um dos espaços mais importantes da fotografia brasileira, e esta ponte com o Festival de Tiradentes, iniciada em 2015, amplia a visibilidade dos trabalhos dos artistas convidados e se encaixa no nosso propósito, que é consolidar Minas Gerais como referência para a fotografia contemporânea. ‘Eztetyka da Terra’ é uma mostra que apresenta trabalhos e reflexões muito atuais, além de artistas com diversas formas de olhar e relacionar com o planeta, o que vai encantar quem estiver presente”, enfatiza Sávio.

Foto em pauta (Crédito: Daniela Balestrin)

Novas formas de olhar o planeta – De acordo com os curadores, a exposição tem como objetivo refletir e suscitar questões sobre a Terra. Para isso, eles selecionaram trabalhos em que o planeta se impõe como elemento principal e é usado como personagem. “A ideia de uma estética da terra veio de Édouard Glissant. Estávamos interessados em investigar como os artistas que trabalham com fotografia lidam com os diversos agenciamentos terrestres e as relações que se estabelecem entre os múltiplos existentes da terra, sejam plantas, flores e animais, sejam rios, pedras e solo. A partir daí, resolvemos grafar a palavra da forma como Glauber Rocha fez no seu texto ‘Eztetyka da Fome’. Glauber mudou as letras para justamente tentar criar uma língua dentro da própria língua – uma forma contracolonial de linguagem da qual seu próprio cinema é um grande exemplo. Além disso, nos veio à lembrança seu filme chamado ‘A Idade da Terra’, que, de uma forma alegórica, fala muito dos dias de hoje”, explica João Castilho.

Embora as obras sejam feitas em lugares e tempos distintos, elas dialogam fortemente entre si – há, por exemplo, ecos das fotografias de Marc Ferrez nas obras de Luciana Alt e Vitor Moura, além de correlação entre formas e cores nas imagens de Fischli & Weiss e Daniela Balestrin. “O maior desafio da arte contemporânea é encontrar uma questão que trate de algo urgente, importante a ser discutido nos próximos tempos, e achar trabalhos que corroborem com essas questões. Para isso, usamos nossas pesquisas, contatos e experiências. É muito trabalho, que começa anos antes do início da elaboração da exposição e exige um caminho muito maior que o de Belo Horizonte a Tiradentes”, conta Pedro David.

Para João, os artistas da mostra contam histórias da riqueza das relações que podem existir entre os diversos entes que habitam o planeta. Ele e Pedro afirmam que a exposição pretende que o público tome contato com essas narrativas visuais e que se deixe sensibilizar por elas. “Que cada um seja afetado da forma que for possível, mas que possa refletir como a terra é o resultado de infinitas conexões, todas elas muito frágeis, e que, por isso mesmo, precisam ser cuidadas. Esperamos que o público pense a respeito de como estão levando suas vidas e o impacto que suas ações podem ter na Terra – uma reflexão cada vez mais urgente”, adiantam os curadores.

Foto em pauta (Crédito: LucianaAlt e Vitor Moura)

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.  A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado é responsável, ainda, pela gestão do Circuito Liberdade, do qual fazem parte o Palácio das Artes e a CâmeraSete, entre outros diversos equipamentos. Em 2021, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.


Texto: Fundação Clóvis Salgado


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