O projeto ganha ainda mais força em 2025 ao consolidar a presença nas comunidades e promover a transformação social, ambiental e cultural. Edital para seleção já está disponível
Após uma estreia de sucesso em 2024, o projeto Arte nas Águas de Minas inicia sua segunda edição com um novo circuito de murais em reservatórios da Copasa espalhados por Minas Gerais. Alfenas, no Sul do estado, será a primeira cidade a receber as intervenções artísticas, que misturam grafite, muralismo, mobilização social e conscientização ambiental.
O edital de seleção para artistas locais de Alfenas já está disponível desde o dia 26/6. Dois artistas serão escolhidos para criar, em parceria com o artista convidado Rimon Guimarães, os primeiros murais desta nova etapa do projeto. O link para acesso é este.
Para Xavier Vieira, presidente da APPA – Cultura & Patrimônio, o projeto ganha ainda mais potência em 2025. “A segunda etapa do Arte nas Águas de Minas vem chancelar a importância do projeto como fomentador de transformação social, ambiental e cultural para a sociedade. Além disso, reforça nossa parceria com a Copasa e contribui para seu vínculo com as comunidades do entorno de seus reservatórios, que podem desfrutar de uma galeria a céu aberto, que reflete sobre temas caros ao cenário contemporâneo”, enfatiza.
Realizado pelo Ministério da Cultura e pela APPA – Cultura & Patrimônio, o projeto conta com patrocínio da Copasa e é viabilizado pelo Governo Federal União e Reconstrução, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).
Democratização do acesso e educação ambiental
A coordenadora do projeto e colaboradora APPA, Ludmilla Ramalho, explica os critérios utilizados pela Copasa para a seleção das cidades contempladas. “Além da viabilidade técnica da pintura, que tem relação com o tamanho da área a ser pintada, são levados em conta espaços que tenham comunidades ao redor, que passam mais pessoas, e que vão impactar o dia a dia dessas pessoas. Estamos indo para cidades que têm pouquíssimo acesso à arte urbana. Então, nós queremos chegar a um número amplo de artistas. Por isso, nessa edição, estamos trabalhando com artistas das cidades contempladas e das regiões ao redor também”, explica Ludmilla.
O diretor de Clientes, Comunicação e Sustentabilidade da Copasa, Cleyson Jacomini, destaca que os murais também têm papel pedagógico. “A arte tem o poder de comunicar de forma universal. Ao apoiar suas diversas linguagens, amplificamos a mensagem de que a água é um bem coletivo, mas finito. Esses murais são mais do que intervenções estéticas; são ferramentas de educação ambiental que reforçam nosso vínculo com as comunidades”.
Arte e sustentabilidade conectadas
Além de Alfenas, esta segunda edição do projeto vai circular por Brasília de Minas, Teófilo Otoni, Frutal, Pompéu e Belo Horizonte, totalizando 18 obras, com 12 artistas locais, escolhidos via edital público, e seis artistas nacionais, selecionados pela curadoria de Juliana Flores, idealizadora do CURA, Festa da Luz, MAMU e Breve Arte.
A proposta segue o modelo da primeira edição: em cada cidade, dois artistas locais dividem os muros dos reservatórios com um nome de destaque nacional, promovendo o intercâmbio artístico e a valorização da produção regional. As obras terão a água como tema central, buscando ampliar a percepção sobre sua importância e uso sustentável, enquanto transformam os reservatórios em galerias de arte a céu aberto.
Em Alfenas, o mural será instalado no reservatório localizado na Praça Fausto Monteiro, ao lado da Prefeitura e do Teatro Municipal -um ponto central e simbólico da cidade. O edital para seleção dos artistas locais segue aberto até 8 de julho, com inscrições pelo site www.appa.art.br. Os selecionados serão anunciados no dia 11/7 e iniciarão a produção no final do mês, ao lado do paranaense Rimon Guimarães, primeiro artista nacional convidado.
Com mais de 20 anos de atuação, Rimon é reconhecido internacionalmente por seus murais vibrantes, tropicais e engajados, presentes em 27 países e com temáticas que abordam urbanização, acessibilidade, ancestralidade e mídias contemporâneas. “O Rimon é um artista de trajetória consagrada na arte urbana brasileira e internacional. Seu trabalho traz a ancestralidade de um jeito pop e contemporâneo. A gente está sempre mesclando nomes consagrados com novos nomes para mostrar que temos uma cena forte, mas também muita gente chegando, dando continuidade ao legado da arte urbana brasileira”, diz a curadora Juliana Flores.
Grande exposição no Palácio das Artes
O segundo ciclo do projeto será encerrado com uma grande exposição no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, prevista para os meses de outubro e novembro. Com curadoria de Flaviana Lasan e Marcel Diogo, a mostra reunirá novos trabalhos dos 36 artistas das duas edições do projeto, extrapolando os limites do muralismo e do graffiti com outras linguagens visuais.
A programação da mostra contará ainda com documentários inéditos, visitas guiadas e bate-papos com artistas e especialistas. Os detalhes serão divulgados em breve.
Sobre o projeto
O Arte nas Águas de Minas é uma iniciativa da APPA – Cultura & Patrimônio, com patrocínio da Copasa e apoio do Governo Federal, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). Na primeira edição, entre outubro de 2024 e março de 2025, os murais chegaram a seis cidades mineiras: Divinópolis, Contagem, Araxá, Pouso Alegre, Montes Claros e Coronel Fabriciano.
Os artistas participantes representam a diversidade e a força da arte urbana contemporânea brasileira. Com estilos únicos e trajetórias plurais, eles trazem em seus trabalhos reflexões sobre a natureza, a ancestralidade e o cotidiano urbano, compondo um retrato multifacetado do que há de mais relevante na arte urbana do país.
Edital de Alfenas:
https://drive.google.com/file/d/1QQcVdDuLywZ3U6egleBpTMtNxPgdh5i3/view
“Arte nas Águas de Minas” nas redes:
Instagram: www.instagram.com/artenasaguasdeminas
Facebook: www.facebook.com/artenasaguasdeminas
Youtube: www.youtube.com/@artenasaguasdeminas
Site: www.artenasaguasdeminas.com.br
Texto: Sandra Nascimento