Regido por Maria Clara Marco Fernández, programa é dedicado ao repertório coral-sinfônico europeu e tem obras de compositores como Beethoven, Verdi, Schubert e Mascagni
Lírico em Concerto
Data: 3 de julho (quinta-feira)
Horário: 19h
Local: Museu Inimá de Paula
(R. da Bahia, 1201 – Centro de Belo Horizonte)
Classificação indicativa: Livre
Entrada gratuita, sem retirada de ingressos
Informações para o público: (31) 3236-7308 / www.fcs.mg.gov.br
O Coral Lírico de Minas Gerais (CLMG) apresenta mais uma edição da tradicional série “Lírico em Concerto”, desta vez sob a regência da maestra argentina convidada María Clara Marco Fernández. O programa é dedicado ao repertório coral-sinfônico europeu dos séculos XVIII e XIX e conta com obras de compositores como Ludwig van Beethoven, Giuseppe Verdi, Pietro Mascagni e Franz Schubert. Serão destacadas peças corais e trechos célebres de óperas italianas, além de obras menos conhecidas do repertório romântico alemão, criando uma experiência sonora que transita entre o lirismo introspectivo e a força dramática operística. O evento será realizado no Museu Inimá de Paula, no dia 3 de julho, às 19h, com entrada gratuita, sem a necessidade de retirar ingressos previamente.
De Schubert, serão apresentadas duas peças menos conhecidas, “Hymne an dem Unendlichen” (Hino ao infinito) e “Gott im Ungewitter” (Deus na tempestade), que revelam a habilidade do autor em expressar o sublime e o divino por meio de harmonias poéticas. A obra “Meeresstille und glückliche Fahrt” (Mar calmo e viagem feliz), de Beethoven, retrata o contraste entre a paralisia do mar e a alegria da retomada do movimento, utilizando o coro como elemento dramático essencial. Já o repertório italiano traz à cena a grandiosidade das óperas de Verdi e Mascagni, com trechos marcantes como o hino triunfal “Gloria all’Egitto”, de “Aida”, o comovente “Va, pensiero”, de “Nabucco”, e o lírico “Regina Coeli”, da ópera “Cavalleria Rusticana” – a próxima superprodução da Fundação Clóvis Salgado, que será encenada no Palácio das Artes nos dias 6, 8, 9 e 10 de agosto, com ingressos já à venda. Nessas obras, o coro representa desde o povo até a comunidade religiosa, reforçando emoções coletivas como fé, saudade, celebração e conflito. Ao reunir esses diferentes universos sonoros, o concerto oferece ao público uma experiência que celebra a diversidade e a força da música coral.
“Lírico em Concerto” é realizado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e Fundação Clóvis Salgado. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm a Cemig como mantenedora, Patrocínio Master do Instituto Cultural Vale e Grupo Fredizak, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH, da ArcelorMittal e da Usiminas, Patrocínio da Vivo e correalização da APPA – Cultura & Patrimônio. O Palácio das Artes integra o Circuito Liberdade, que reúne 35 equipamentos com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. A ação é viabilizada por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura (LEIC) e Lei Federal de Incentivo à Cultura. Vale-Cultura. Governo Federal, Brasil: União e Reconstrução.
Da contemplação da natureza ao divino – A maestra Maria Clara Marco Fernández irá reger o Coral Lírico de Minas Gerais pela primeira vez. Nascida em Buenos Aires, ela é graduada com honras em Artes Musicais com especialização em Regência Orquestral pela Universidade Nacional das Artes, e fez mestrado em Regência Musical de Ópera no Instituto Superior de Arte do renomado Teatro Colón. Com uma trajetória consolidada na música clássica, a maestra irá conduzir os músicos por obras emblemáticas do repertório de concerto.
Segundo Maria Clara, será um percurso que vai desde a contemplação da natureza até a expressão do divino e do popular. “No início, nos aprofundamos na música de Schubert, na qual a natureza também desempenha um papel central. ‘Gott im Ungewitter’ expressa a força imponente de uma tempestade, associada ao poder divino. Já ‘Hymne an den Unendlichen’ é uma reflexão serena sobre a imensidão do universo e a presença de Deus nele. A mesma conexão entre natureza e espiritualidade aparece em ‘Meeresstille und Glückliche Fahrt’, de Beethoven, obra inspirada em dois poemas de Goethe. A quietude do mar dá lugar ao entusiasmo dos ventos que impulsionam a viagem. Para finalizar, interpretaremos alguns dos coros mais conhecidos e representativos das óperas de Verdi e Mascagni, como ‘La Traviata’, ‘Aida’, ‘Il Trovatore’, ‘Nabucco’ e ‘Cavalleria Rusticana’”, explica a maestra, que também irá reger o Coral Lírico de Minas Gerais no próximo “Lírico em Concerto”, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, no dia 15 de julho.
Programa do concerto
“Hymne an dem Unendlichen”, de Franz Schubert
“Gott im Ungewitter”, de Franz Schubert
“Meeresstille und glückliche Fahrt”, de Ludwig van Beethoven
“Vedi! Le fosche notturne spoglie” (“Il Trovatore”), de Giuseppe Verdi
“Noi siamo zingarelle” (“La Traviata”), de Giuseppe Verdi
“Gloria all’Egitto” (“Aida”), de Giuseppe Verdi
“Regina Coeli” (“Cavalleria Rusticana”), de Pietro Mascagni
“Va, pensiero” (“Nabucco”), de Giuseppe Verdi
“Libiamo ne’ lieti calici” (“La Traviata”), de Giuseppe Verdi
CORAL LÍRICO DE MINAS GERAIS – Criado em 1979, o Coral Lírico de Minas Gerais foi declarado Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais. Interpreta repertório diversificado, incluindo motetos, óperas, oratórios e concertos sinfônico-corais. Participa da política de difusão do canto coral, por meio da Fundação Clóvis Salgado, a partir da realização das séries Concertos da Liberdade – Lírico ao Meio-dia e Lírico em Concerto –, Coral Lírico na Cidade e Noites Líricas, além de integrar as temporadas de óperas da FCS. O Coral Lírico de Minas Gerais teve como regentes Luiz Aguiar, Marcos Thadeu Miranda Gomes, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Ângela Pinto Coelho, Eliane Fajioli, Silvio Viegas, Charles Roussin, Afrânio Lacerda, Márcio Miranda Pontes, Lincoln Andrade, Lara Tanaka e Hernán Sánchez Arteaga.
FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado é responsável, ainda, pela gestão do Circuito Liberdade, do qual fazem parte o Palácio das Artes e a CâmeraSete. Em 2021, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.
Texto: Fundação Clóvis Salgado