NOVA MOSTRA DO CINE HUMBERTO CELEBRA OS MÚLTIPLOS OLHARES DO CINEMA ASIÁTICO

“Cinematografias do Mundo: Ásia” reúne filmes de Abbas Kiarostami, Satyajit Ray e Edward Yang, evidenciando lado do continente menos conhecido pelo grande público


Cinematografias do Mundo: Ásia

Datas: 12/12 a 29/12

Horário: Variados

Local: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes

(Avenida Afonso Pena, 1537, Centro)

Classificação indicativa: Varia de acordo com a sessão

Entrada gratuita, com retirada de ingressos a partir de meia hora antes do início da sessão

Informações para o público: (31) 3236-7307 / www.fcs.mg.gov.br

Informação para a imprensa:

Arthur Santana | (31) 3236-7377 | (31) 98325-9162 |

arthur.santana@fcs.mg.gov.br


Os Terroristas (Créditos: Edward Yang)

O continente asiático é o maior em extensão territorial, abrigando cerca de três quintos da população mundial e uma diversidade cultural muito rica. Pensando nesse multiculturalismo, o Cine Humberto Mauro apresenta a mostra “Cinematografias do Mundo: Ásia”, de 12/12 a 29/12. Na programação, serão exibidas obras de três dos mais importantes cineastas do continente: Satyajit Ray (Índia), Edward Yang (Taiwan) e Abbas Kiarostami (Irã). Em conjunto, esses diretores oportunizam a construção de um olhar mais amplo sobre a diversidade de narrativas e estéticas presentes no território asiático. Todas as sessões são gratuitas, com retirada de ingressos a partir de meia hora antes do início das sessões. Após a temporada no Palácio das Artes, a mostra será exibida também em Congonhas, em janeiro.

A programação oferece uma seleção de filmes que expõe uma visão particular dos autores sobre os seus respectivos países, revelando uma Ásia multifacetada. O público poderá conferir obras marcantes de Kiarostami como “Onde Fica a Casa do Meu Amigo?” (1987), “Close-Up” (1990) e o curta “O Pão e o Beco” (1970). Entre os filmes do cineasta Satyajit Ray destacam-se “A Canção da Estrada” (1955), “O Invencível” (1956) e “O Mundo de Apu” (1959), que formam a “Trilogia de Apu”. Além disso, também serão exibidos os filmes de Edward Yang como “Um Dia Quente de Verão” (1991) e “Os Terroristas”.

Para além da exibição de filmes, a mostra oferece um espaço de reflexão crítica e formação para os espectadores. Serão realizadas sessões comentadas especiais, onde a obra de cada diretor será analisada em suas particularidades estéticas e/ou culturais, contemplando os elementos técnicos e poéticos que definem seus estilos. Além disso, a partir do dia 20, serão disponibilizados textos inéditos sobre os filmes exibidos na plataforma Cine Humberto Mauro Mais.

A mostra “Cinematografias do Mundo: Ásia” é realizada pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e Fundação Clóvis Salgado. A ação é viabilizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Governo Federal, Brasil: União e Reconstrução. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm a Cemig como mantenedora, Patrocínio Master do Instituto Cultural Vale, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal, Patrocínio da Vivo e correalização da APPA – Cultura & Patrimônio. O Palácio das Artes integra o Circuito Liberdade, que reúne 35 equipamentos com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo.

Onde Fica a Casa do Meu Amigo (Créditos: Abbas Kiarostami)

Outras facetas do cinema asiático – A escolha desses cineastas foi realizada a partir da representação de suas visões sobre os seus países de origem, traçando um panorama de uma Ásia menos conhecida do público. Apesar da relativa proximidade geográfica, as regiões possuem contextos e trajetórias históricas muito únicas. Inspirados pelo neorrealismo italiano, esses diretores retratam suas realidades de uma forma muito próxima e sensível.

“Os três diretores são amplamente influenciados pelo neorrealismo italiano, um movimento cinematográfico que surgiu após a Segunda Guerra Mundial, no qual os cineastas saíram às ruas para filmar a realidade que acontecia no país. Ray, Yang e Kiarostami, a partir disso, produziram obras que se relacionaram com as realidades de seus respectivos países e trouxeram uma sofisticação formal que reverberou internacionalmente”, explica Vitor Miranda, Gerente de Cinema da Fundação Clóvis Salgado e curador da mostra.

Satyajit Ray, com sua lente delicada e observadora, foi um dos primeiros cineastas a retratar as complexidades sociais e humanas da Índia pós-colonial. Ray propõe, quase sem que o espectador note, uma viagem de descobertas pela vida cotidiana, onde um fato ordinário revela camadas de significados que escapam aos olhos apressados e estrangeiros. Por sua vez, Edward Yang, um dos grandes nomes do cinema taiwanês, aborda em seus filmes dilemas existenciais, e faz isso com uma sensibilidade atenta à relação do indivíduo e da sociedade com as transformações sociais originadas nos atravessamentos entre tradição e modernidade, entre solidão e coletividade. Já Abbas Kiarostami é um artista iraniano que produziu um cinema localizado entre a poesia e a filosofia. O diretor frequentemente questiona o papel da imagem, a força da ficção, do tempo e da realidade, desafiando convenções fílmicas tradicionais e convidando os espectadores a uma reflexão sobre a própria natureza da sétima arte.

Rodrigo Azevedo, produtor de programação, ressalta a importância desta seleção de filmes. “Acreditamos que a relevância da mostra se destaca na oportunidade de expandir a compreensão sobre as cinematografias de países frequentemente marginalizados nos grandes circuitos de exibição cinematográfica. Eventos como este se tornam, por isso, essenciais para que mais pessoas possam se deparar com questões sociais e culturais de realidades diversas, trazidas por cinematografias distantes, mas que levam o espectador a ampliar seus horizontes e a vivenciar uma rica experiência de aprendizado e fruição intercultural”, destaca.

A canção da Estrada (Créditos: Satyajit Ray)

CINE HUMBERTO MAURO – Um dos mais tradicionais cinemas de Belo Horizonte, foi inaugurado em 1978. Seu nome homenageia um dos pioneiros do cinema brasileiro, o mineiro Humberto Mauro (1897-1983), grande realizador cinematográfico. Com 129 lugares, possui equipamentos de som Dolby Digital e para exibição de filmes em 3D e 4K. Nestes mais de 45 anos de existência, a Fundação Clóvis Salgado tem investido na consolidação do espaço como um local de formação de novos públicos a partir de programação diversificada, bem como através da criação de mecanismos de estímulo à produção audiovisual, com a realização do tradicional FestCurtasBH – Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte, e o Prêmio Estímulo ao Curta-Metragem de Baixo Orçamento. O Cine Humberto Mauro também é um importante difusor do conhecimento ao promover cursos, seminários, debates e palestras. Sessões permanentes e comentadas também têm espaço cativo a partir das mostras História Permanente do Cinema, Cinema e Psicanálise, Curta no Almoço, entre outros. Todas as atividades do Cine Humberto Mauro são gratuitas.

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado é responsável, ainda, pela gestão do Circuito Liberdade, do qual fazem parte o Palácio das Artes e a CâmeraSete. Em 2021, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todas as pessoas.


Texto: Fundação Clóvis Salgado


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