20 DE OUTUBRO: DIA DO POETA

O principal propósito da data é promover a poesia e os poetas, incentivando a leitura, a escrita e a publicação de obras poéticas em nosso país 

 

Como a poesia faz bem para todos nós, não é mesmo? Por isso, em 20 de Outubro, homenageamos os artistas que nos presenteiam cotidianamente com o fruto de suas inspirações e formas de ver o mundo.

 

O Dia Nacional do Poeta é comemorado de forma extraoficial, ou seja, não há uma lei que oficialize o 20 de outubro.

Já o Dia da Poesia é comemorado no dia 30 de outubro, data de nascimento do Poeta Maior, o mineiro Carlos Drummond de Andrade. O Dia Nacional da Poesia foi oficializado por meio da lei 13.131, de 3 de janeiro de 2015.

 

O dia 20 de outubro foi escolhido por uma razão muito especial para os poetas brasileiros, pois foi neste mesmo dia, no ano de 1976, em São Paulo, que surge o Movimento Poético Nacional, na casa do poeta e jornalista Menotti Del Picchia. A data homenageia e relembra esse momento ímpar para os poetas do Brasil.

 

Antes da criação da lei que oficializa o Dia Nacional da Poesia em 31 de outubro, a data no Brasil era celebrada em 14 de março, em caráter não-oficial. A escolha desta data era uma homenagem ao poeta brasileiro do romantismo Castro Alves, que nasceu em 14 de março de 1847.

 

Ainda existe o Dia Mundial da Poesia, em 21 de março, que se celebra em nível internacional. Esta data foi instituída durante UMA Conferência Geral da UNESCO, em 16 de novembro de 1999.

 

No livro A Rosa do Povo, publicado em 1945, Carlos Drummond de Andrade registrou um de seus mais conhecidos poemas, em que ele já diz, no título, o que é a poesia. Assim descreve Drummond em seu “Procura da Poesia”

 

Não faças versos sobre acontecimentos./ Não há criação nem morte perante a poesia./ Diante dela, a vida é um sol estático,/ não aquece nem ilumina./ As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam./ Não faças poesia com o corpo,/ esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica./ (…) Penetra surdamente no reino das palavras./ Lá estão os poemas que esperam ser escritos./ Estão paralisados, mas não há desespero,/ há calma e frescura na superfície intacta./ Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário./ Convive com teus poemas, antes de escrevê-los./ Tenha paciência, se obscuros. Calma, se te provocam./ Espere que cada um se realize e consume/ com seu poder de palavra e seu poder de silêncio./ Não forces o poema a desprender-se do limbo./ Não colhas no chão o poema que se perdeu./ Não adules o poema. Aceita-o/ como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada no espaço./ Chega mais perto e contempla as palavras./ Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra/ e te pergunta, sem interesse pela resposta,/ pobre ou terrível que lhe deres: Trouxeste a chave?

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