17 DE AGOSTO, DIA DO PATRIMÔNIO CULTURAL

A data homenageia o mineiro Rodrigo Melo Franco de Andrade, criador do que hoje é o IPHAN

Fazenda Boa Esperança.. (Crédito: Poly Acerbi)

Rodrigo Melo Franco foi o grande responsável pela criação, em 1937, do SPHAN – Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, hoje IPHAN.

Advogado, escritor e jornalista, Rodrigo nasceu no dia 17 de agosto de 1898, em Belo Horizonte. Além de trazer a consciência da preservação do patrimônio histórico e artístico para o governo brasileiro, Rodrigo esteve à frente do SPHAN no período chamado de heróico na instituição, que vai de 1937 a 1967. É desse período a recuperação e proteção de pinturas antigas, esculturas e documentos, além da criação de museus regionais e nacionais, como o Museu da Inconfidência, em Ouro Preto (1938); das Missões, em Santo Ângelo (1940); do Ouro, em Sabará (1945); do Diamante, em Diamantina (1954); da Abolição, em Recife (1957); o Regional de São João del Rei (1963), entre muitas outras.

Ao término de sua gestão, o IPHAN estava consolidado, reconhecido no país e internacionalmente pelo êxito de suas ações e realizações voltadas à preservação do Patrimônio Cultural. O legado de Rodrigo Melo Franco é tão grande que o IPHAN criou o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, em 1987.

O que é Patrimônio Cultural

A palavra patrimônio vem do latim “patrimonium”, junção da palavra “pater” (pai) e “monium” (recebido). Em sua origem, patrimônio se relacionava com tudo aquilo que era deixado pela figura do pai e transmitido para seus filhos. Herança.

Hoje, o Patrimônio de um país é o conjunto dos bens construídos ao longo da sua história, que pode ser o Patrimônio Material e o Imaterial.

Fazenda Boa Esperança. (Crédito: Poly Acerbi)

O Patrimônio Material envolve as construções históricas, os conjuntos arquitetônicos de uma cidade, as edificações, os bens tombados. O Patrimônio Material pode ser arqueológico, paisagístico e etnográfico, histórico, belas artes, e das artes aplicadas. Os bens tombados de natureza material podem ser imóveis como as cidades históricas, sítios arqueológicos e paisagísticos e bens individuais ou móveis, como coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos.

O Patrimônio Imaterial envolve as culturas e os saberes, a tradição passada de pai para filho, de lábios a ouvidos, ao longo dos anos. As práticas e domínios da vida social que se manifestam em ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) define como patrimônio imaterial “as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas – com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados – que as comunidades, os grupos e, em alguns casos os indivíduos, reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural.” Esta definição está de acordo com a Convenção da Unesco para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, ratificada pelo Brasil em março de 2006. 

Atualmente a APPA – Arte e Cultura trabalha na preservação e promoção dos patrimônios culturais tombados em Minas Gerais, como o Palácio da Liberdade e a Fazenda Boa Esperança, no município de Belo Vale. 


Texto: Petrônio Souza


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