5 de março: Dia Nacional da Música Clássica

A data homenageia o compositor Heitor Villa-Lobos, nascido no Rio de Janeiro em 5 de março de 1887. Villa-Lobos é considerado até os dias de hoje como o maior compositor de música clássica das Américas

Não há uma definição precisa para o que é chamado de música “clássica” ou “erudita”. Na verdade, as composições enquadradas no gênero são uma invenção do mundo ocidental, cujos registros mais antigos remontam à Idade Média. 

De acordo com estudiosos, uma das principais características da forma clássica é que ela se desenvolve procurando manter um certo padrão do começo ao final. A música popular, em contrapartida, possui o formato mais livre.

O termo “música clássica” abrange uma série de estilos musicais. O termo só apareceu originalmente no início do século XIX, numa tentativa de se “canonizar” o período que vai de Bach até Beethoven, como uma era de ouro. Na língua inglesa, a primeira referência ao termo foi registrada pelo Oxford English Dictionary, em cerca de 1836.

Existe uma “etiqueta” nas apresentações clássicas: a plateia só deve aplaudir após a execução de todas as partes da composição. Motivo: as palmas nos intervalos podem atrapalhar a concentração dos músicos. O primeiro violinista de uma orquestra é chamado de “Spalla”. Depois do maestro, o spalla é a figura mais importante, orientando o grupo sobre a afinação e as indicações do maestro.

Uma estimativa aponta que cerca de 1.500 compositores considerados clássicos têm suas obras executadas com frequência em todo o mundo. Elas englobam estilos variados. Entre os mais conhecidos, estão os concertos, as missas, as canções, as sonatas, os oratórios, os estudos, as suítes, as tocadas e as sinfonias.

Na Idade Média, alguns homens cortavam os membros sexuais para que pudessem manter a voz muito mais fina e eram chamados de castrados, cantavam notas na mesma região de sopranos. Grande parte dessa mutilação era feita em garotos pela Igreja Católica, a fim de que os meninos (os castrati) pudessem cantar em óperas religiosas. Apesar disso, as suas vozes tinham ainda uma extensão muito mais aguda, o que fazia com que se destoassem dos outros cantores.

Heitor Villa-Lobos

Filho de imigrantes espanhóis, Villa-Lobos além de compositor, foi maestro, violoncelista, pianista e violonista, e é reconhecido internacionalmente como “a figura criativa mais significativa do Século XX na música clássica brasileira”. Villa-Lobos escreveu numerosas obras orquestrais, de câmara, instrumentais e vocais, totalizando mais de 2 mil obras até sua morte, em 1959. 

Participante da Semana de Arte Moderna de 1922, suas composições foram influenciadas tanto pela música folclórica brasileira quanto por elementos estilísticos da tradição clássica europeia, como exemplificado por suas Bachianas Brasileiras. Em 2011, seu nome foi inscrito no Livro de Aço dos heróis nacionais depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves.

Música clássica é patrimônio em Minas Gerais

A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais. Integrante dos Corpos Artísticos da Fundação Clóvis Salgado, a Orquestra Sinfônica cumpre o papel institucional de ser difusora da música erudita na diversidade de sua atuação, em óperas, concertos e apresentações na capital mineira e cidades do interior do Estado. 

Sediada no Palácio das Artes, seu primeiro concerto ocorreu em 1977. Na ocasião, a orquestra foi regida pelo maestro alemão Wolfgang Groth.

Buscando sempre estar próxima do público e possibilitando o acesso a todos, a Orquestra desenvolve inúmeros projetos culturais, em que se destacam o Concertos no Parque, Sinfônica ao Meio-dia e Sinfônica em Concerto, além do reconhecido programa Sinfônica Pop, que convida artistas da música popular brasileira para se apresentarem junto à Sinfônica. 

A APPA- Arte e Cultura atua no gerenciamento da programação artística da Fundação Clóvis Salgado, incluindo a contratação dos colaboradores que fazem parte dos Corpos Artísticos.

FOTO: Orquestra Sinfônica de Minas Gerais
Crédito: Paulo Lacerda

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