PASCOAL DA CONCEIÇÃO DÁ VIDA A “MÁRIO DE ANDRADE DESCE AOS INFERNOS”

Inspirado no poema homônimo de Carlos Drummond de Andrade, o trabalho do ator, dramaturgo e diretor paulista ,conhecido pelo personagem Dr. Abobrinha, leva ao palco do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, no dia 1º de novembro, às 20h30, uma narrativa em nove atos sobre os principais acontecimentos da vida e obra de um dos mais importantes nomes da literatura brasileira. O evento é gratuito.

A relação do ator, dramaturgo e diretor Pascoal da Conceição com Mário de Andrade, precursor do movimento modernista brasileiro, vai além dos palcos e textos. A simbiose entre os dois perpassa a poética e os modos de pensar. Na interlocução, que transcende a antropofagia das linguagens e estéticas, Pascoal incorpora Mário não apenas naquilo que o escritor deixou como legado, mas também nos traços físicos herdados ou adquiridos, como gosta de dizer o ator, incorporados por uma espécie de osmose do pensamento. O laço que une um dos principais nomes da literatura e da intelectualidade brasileira e o renomado artista, conhecido, entre outros trabalhos, pela interpretação do Dr. Abobrinha, no “Castelo Rá-Tim-Bum”, pode ser apreciado no dia 1 de novembro, às 20h30, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. Pascoal leva ao público a obra “MÁRIO DE ANDRADE DESCE AOS INFERNOS”, escrito a partir do poema homônimo de Carlos Drummond de Andrade, concebido logo após a morte do escritor paulista e publicado em “A rosa do povo”, livro do poeta mineiro de 1945. 

O evento faz parte das comemorações dos 120 anos de Carlos Drummond de Andrade e integra as ações do programa “O Modernismo em Minas Gerais”. Os ingressos podem ser retirados gratuitamente em www.fcs.mg.gov.br ou na bilheteria do Palácio das Artes.

O espetáculo, dividido em nove atos, que apresentam continuidade entre si, incorpora textos originais de Mário de Andrade em entrevistas, prosa, poema e crônica. A encenação passa pelas viagens que Mário de Andrade realizou pelo país em busca da identidade nacional, fundamentais para moldar o modernismo brasileiro, e textos proeminentes do pensamento modernista, como “Macunaíma”. “São nove estações, cenas, que discorrem sobre momentos da vida e obra de Mário de Andrade. O espetáculo apresenta um pensamento para lubrificar nossas reflexões sobre o agora, o Brasil, o brasileiro, o mundo e a arte”, reflete Pascoal.

Além da confluência de pensamentos, Mário de Andrade e Pascoal da Conceição compartilham na identidade a data em que vieram ao mundo, 9 de outubro, e o fato de terem nascido na capital paulista. “A minha conexão com o Mário vem de diversos lugares. Seria simples se fossem apenas o local e o dia de nascimento. Nossos pensamentos sobre sociedade, cultura, artes, e de linguagem são muito próximos, tão próximos que fisionomicamente me pareço com ele”, brinca Pascoal.

De acordo com Pascoal da Conceição, o pensamento de Mário de Andrade é coletivo e não se encerra em suas concepções. Ao contrário, é um espaço aberto para novas significações. “Esse é um dos aspectos que fazem Mário de Andrade tão atual, e extremamente contemporâneo. O pensamento dele é coletivo e só pode fruir em sua infinidade de significações por meio da coletividade. É algo em intensa construção e desconstrução, pois é no cotidiano, naquilo que o presente tem de concreto, que se desdobram as linguagens que querem absorver e ao mesmo tempo transcender o agora. O Mário de Andrade que eu penso representar é o Mário de Andrade do presente”, conclui.

FICHA TÉCNICA – “MÁRIO DE ANDRADE DESCE AOS INFERNOS”

Pesquisa, Roteiro Dramatúrgico e Direção Artística: Pascoal da Conceição 

Elenco: Pascoal da Conceição, Gui Calzavara e Ito Alves

Músicos: Gui Calzavara (Cordas e Sopros) e Ito Alves (Percussão) 

Produção audiovisual: Cecilia Lucchesi, Igor Marotti e Pascoal da Conceição

Edição, montagem e finalização do filme: Cecilia Lucchesi, Igor Marotti e Pascoal da Conceição.

Trilha sonora original e efeitos do filme: Marcelo Pellegrini

Coordenação técnica e operação: Reinaldo Thomaz

Participação especial: Juliz Kizumba e Grupo

Produção Executiva: Cris Diniz e Karina Figueiredo

Operação de luz: Karina Figueiredo

Apoio: Cantina do Lucas e Sula Beaga

PASCOAL DA CONCEIÇÃO

Ator, dublador, produtor teatral e diretor. Formado pela Escola de Arte Dramática da USP. Recentemente atuou no espetáculo “Língua Brasileira”, com direção de Felipe Hirsch. Seus papéis mais conhecidos são o de Dr. Abobrinha, na série infantil “Castelo Rá-Tim-Bum”; e o de Mário de Andrade na minissérie “Um só coração”. Este último papel foi revivido em uma participação especial na minissérie “JK”. No Teatro Oficina, dirigido por José Celso Martinez Correa, fez “Hamlet”, de Shakespeare; “As bancantes”, de Eurípedes; “Mistérios Gozosos”, de Oswald de Andrade; “Taniko”, de Brecht; e “Pra dar um fim no juízo de Deus”, Antonin Artaud. Já trabalhou com os diretores Bibi Ferreira, Mauro Mendonça, Marcia Âmbujamra, Rui Cortez, Sergio Ferrara, Gabriel Villela, Fernando Bonassi, Carlos Alberto Sofredini, entre outros.  Atuou nas novelas “Caminho das Índias”, de Glória Perez, “Tempos Modernos”, de Bosco Brasil, “Deus salve a rainha”, de Daniel Adjafre, entre outras produções da Globo.

O MODERNISMO EM MINAS GERAIS – O Modernismo como trajetória histórica e cultural é fonte rica e inesgotável: deve ser vivenciado, revisitado, apreciado e preservado. Com essa premissa, o programa O Modernismo em Minas Gerais reconstitui a trajetória do movimento artístico mais marcante do século XX no Brasil.

O projeto percorre o núcleo modernista formado em Minas Gerais, principalmente Belo Horizonte, a partir da década de 1920 e evidencia a participação dos mineiros no movimento e suas contribuições em nível nacional. O programa pretende fazer com que o público entre em contato com as contribuições dos artistas nas mais diversas expressões e linguagens culturais, bem como as consequências do movimento nos mais variados domínios da arte.

Entre os destaques da programação, estão: Ciclo de Debates, Saraus Modernistas, Espetáculos Musicais, Mostra de Cinema, lançamento de longa-metragem documental, Espetáculo de Dança, Concertos Sinfônicos, Mostra Fotográfica, Espetáculo Teatral e Publicações. A programação acontece até o fim deste ano nos espaços do Palácio das Artes.

MINISTÉRIO PÚBLICO DE MINAS GERAIS   – O Ministério Público de Minas Gerais é uma instituição responsável pela defesa de direitos dos cidadãos e dos interesses da sociedade. A finalidade de sua existência se concentra em três pilares: na defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Como defensor da ordem jurídica, o Ministério Público é o fiscal da lei, ou seja, trabalha para que ela seja fielmente cumprida. Para tanto, possui autonomia funcional, administrativa e financeira, não fazendo parte nem estando subordinado aos Poderes Executivo, Legislativo ou Judiciário. Essa emancipação lhe proporciona um trabalho mais independente, para a garantia dos direitos da sociedade, em conformidade com o que está escrito na Constituição da República. O Ministério Público atua também para impedir ameaças ou violações à paz, à liberdade, às garantias e aos direitos descritos na Constituição. Nesses termos, tem a função de exigir que os Poderes Públicos respeitem esses direitos e garantias.

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.  A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

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