MARCUS VIANA apresenta DUAS OBRAS INÉDITAS em concerto

Após 40 anos, o multi-instrumentista estreia mundialmente a peça “Montanhas” e executa pela primeira vez “País de sonhos verdes” com uma orquestra. O programa ainda conta com clássicos do compositor mineiro, como os temas de abertura das novelas “Pantanal”, “O Clone” e a suíte orquestral do filme “Olga”. Com regência do maestro André Brant, as apresentações acontecem nos dias 18 e 19 de outubro, respectivamente às 12h e 20h30, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes.

“Escrevi a peça “Montanhas” há exatos quarenta anos e esta vai ser a primeira audição mundial da obra. Estou em um estado de alegria gigantesco. Também vai ser a primeira vez que apresento a peça “País dos sonhos verdes” em concerto”, explica, orgulhoso, Marcus Viana. Acompanhado da Orquestra Sinfônica e do Coral Lírico de Minas Gerais, o renomado compositor e multi-instrumentista apresenta em primeira mão as duas obras que compõem a “Cantata Sinfônica – A memória do futuro”, no também inédito “Concerto Acústico”, que acontece em 18/10 (terça-feira), às 12h, na série Sinfônica e Lírico ao Meio-Dia, com entrada gratuita, e 19/10 (quarta-feira), às 20h30, no Sinfônica e Lírico em Concerto, com ingressos a R$ 30 (inteira).

MONTANHAS – o ineditismo a ganhar vida

Composta em 1982, a peça “Montanhas”, que ganha o mundo só agora em 2022, é uma obra filosófica, segundo o compositor.  “Parto de um jovem escutando um idoso e uma criança, que discorrem sobre histórias de vida, sobre o embate entre o passado, o presente e o futuro. É uma peça grandiosa, que precisa de uma orquestra completa e de um coro inteiro para que possa ser executada”, pontua Marcus Viana. A inédita peça teve que ser reconstruída a partir de fragmentos, já que o rolo com a fita original se perdeu em meados da década de 1980. “Como o único registro fonográfico da obra foi perdido, tive que recompor todos os fragmentos lítero-musicais. Contei com a ajuda do meu filho João Viana, que assina a orquestração da obra”, explica Marcus.

Para a apresentação, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG) contará com 75 instrumentistas e será acompanhada por 65 coralistas do Coral Lírico de Minas Gerais (CLMG). “É uma honra e uma felicidade poder apresentar as duas peças, de forma inédita, acompanhado da Orquestra Sinfônica e do Coral Lírico de Minas Gerais. Minha história na música começa justamente na OSMG, quando toquei de 1977 a 1984. Aprendi a ser músico e a escrever para orquestra participando deste corpo artístico tão importante. Minha experiência na OSMG foi sobretudo de formação, pois sou um músico autodidata”, explica o compositor.

Para André Brant, regente assistente da OSMG e responsável por conduzir tanto a Orquestra Sinfônica quanto o Coral Lírico de Minas Gerais nos dois concertos com Marcus Viana, o trabalho de orquestração das peças é primoroso e requer a presença completa dos dois corpos artísticos da Fundação Clóvis Salgado. “Reger os dois grupos é sempre muito emocionante, principalmente quando se tem uma obra grandiosa quanto às que Marcus Viana estreia mundialmente conosco. Estou certo de que as peças vão causar um impacto muito grande. As duas possuem uma massa e densidade sonora muito ricas”, pontua André Brant.

PAÍS DOS SONHOS VERDES – psicodelia e preservação ambiental

Outra peça a ganhar vida pela primeira vez em concerto é “País dos sonhos verdes”. “A obra flerta com a psicodelia. A narrativa traz um indivíduo acordando de um sonho em um mundo em que o verde está intacto e só existem os povos nômades, selvagens.  Escrevi a peça em homenagem à vocação brasileira para preservar a natureza. Mesmo que isso tenha se perdido um pouco, ainda temos a maior floresta do mundo. Ainda temos um reino verde e precisamos preservá-lo”, avalia Marcus Viana, que pensa em um momento futuro apresentar “País de sonhos verdes” também em formato multimídia devido ao caráter quase operístico da obra.

João Viana, filho de Marcus, multi-instrumentista e compositor formado em Composição pela UFMG, assina a orquestração das obras inéditas. Além disso, João apresenta um movimento de uma peça sinfônica inédita de autoria própria. “Este é um concerto de pai e filho. João virou coautor dos movimentos da cantata, fez toda a orquestração e o trabalho que executou é incrível. É um orgulho poder tocar com ele e ver o quanto ele é um compositor, orquestrador e instrumentista exímio”, diz Marcus Viana.

As composições “Montanhas” e “País dos sonhos verdes” fazem referência e refletem sobre um momento de impasse vivido pela civilização, que tem que decidir entre progresso ou a extinção, no embate entre prosperidade e posteridade. “Ambas as obras cantam a urgência na criação de um novo modelo sustentável de vida e também da transformação ética do ser humano”, aponta Marcus Viana.

CLÁSSICOS – de “Pantanal” ao “O Clone”… de “Olga a “Chiquinha Gonzaga”

O programa ainda vai contar com algumas das aclamadas trilhas sonoras compostas por Viana, como a suíte orquestral do filme “Olga”, o tema de abertura da minissérie “Chiquinha Gonzaga” e, é claro, “A Miragem”, tema de amor da novela “O Clone”. “Os filhos dos filhos dos filhos dos nossos filhos verão”, tema de “Pantanal”, que sintetiza a fé do compositor na vitória dos antigos ideais humanos de fraternidade e igualdade, regidas pela consciência de preservação planetária, também será executada. “Pátria Minas”, antigo tema do programa “Terra de Minas”, faz parte do repertório. Assim como “Divertimento para Flauta e Orquestra de Cordas em Ré Menor”, em primeira audição mundial, tendo como solista o flautista Alef Caetano, da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.

Outro destaque dos concertos é que as apresentações serão realizadas de forma totalmente acústica, sem a participação de instrumentos convencionais da música popular, como guitarra, baixo elétrico e bateria. Todos os sons que o público ouvirá são os gerados pela orquestra e coro, à exceção do tradicional violino elétrico de Marcus Viana.

As séries Sinfônica e Lírico ao Meio-Dia e Sinfônica e Lírico em Concerto são realizadas pelo Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e pela Fundação Clóvis Salgado. A correalização é da APPA – Arte e Cultura. Tem como apresentadora do Programa a Cemig, e como patrocinadores ArcellorMittal, AngloGold Ashanti e Usiminas, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Conta com o apoio do Instituto Usiminas.

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo.

PROGRAMA | SINFÔNICA EM CONCERTO | 19/10 (quarta-feira) | 20h30

Marcus Viana |Concerto Acústico

§  Divertimento para flauta e cordas

§  Um novo século (Abertura da minissérie Chiquinha Gonzaga)

§  Pátria Minas (Tema do programa Terra de Minas)

§  A Miragem (Tema de amor da novela O Clone)

§  Suíte orquestral do filme Olga

§  Ardente Coração da Terra (do compositor João Viana)

§  País dos Sonhos Verdes (Cantata Sinfônica)

§  Pantanal (Tema de abertura)

§  Montanhas (Cantata Sinfônica)

MARCUS VIANA – O compositor e multi-instrumentista Marcus Viana vem desde o final da década de 70 desenvolvendo uma significativa produção musical no Brasil e no exterior. São de sua autoria as mais significativas trilhas sonoras de novelas e séries brasileiras de TV como “Pantanal”, “Ana Raio e Zé Trovão”, “Xica da Silva”, “Chiquinha Gonzaga”, “Terra Nostra”, “O Clone”, “A Casa das Sete Mulheres” e também para o cinema, como “Olga”, “Filhas do Vento” e “O Mundo em Duas Voltas”. É o artista brasileiro com mais títulos lançados no exterior, cerca de 75 álbuns. Seu estilo é eclético e transita entre a música instrumental, MPB, trilhas sonoras, música infantil, new age, clássica e o rock progressivo. Fundou o Sagrado Coração da Terra, considerado pela crítica internacional o mais importante grupo de rock progressivo da América Latina; e a Transfônica Orkestra, grupo de música vocal e instrumental que funde elementos sinfônicos às raízes brasileiras.

ANDRÉ BRANT | REGENTE ASSISTENTE DA OSMG – Natural de Belo Horizonte, André Brant formou-se bacharel em regência na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na classe dos professores Charles Roussin e Silvio Viegas. Formou-se mestre em regência orquestral e correpetição na Hochschule für Musik (Escola de Música) de Dresden, na Alemanha, na classe de Christian Kluttig e de Stefen Leißner. Tem se destacado atualmente como regente e pianista acompanhador em produções operísticas, dentre as quais: “Cosi fan Tutte” de Mozart, “Falstaff” de Verdi, “Das Tapfere Schneiderlein” de Mitterer, “Hänsel und Gretel” de Humperdinck; “Livietta e Tracollo” de Pergolesi e “Rita” de Donizetti, “O Segredo de Susanna” de Wolf-Ferrari, “La Cambiale di Matrimonio” de Rossini dentre outras. Em 2014, foi bolsista do 45° festival de inverno de Campos de Jordão. Já realizou masterclasses de regência com renomados maestros dentre os quais: Jorma Panula, John Neschling, Robert Spano, Lanfranco Marceletti, Marin Alsop, Giancarlo Guerrero, Osvaldo Ferreira dentre outros. É o diretor musical da Cia Mineira de Ópera. Desde 2016 é professor e regente na Escola de Música do Cefart, onde atua como regente titular do Coral Infantojuvenil e da Orquestra Jovem, bem como coordena a disciplina Ópera Studio. Desde 2020 é o regente assistente da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.

ORQUESTRA SINFÔNICA DE MINAS GERAIS – Considerada uma das mais ativas do país, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre, na capital e no interior de Minas Gerais. Criada em 1976, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais em 2013. Participa da política de difusão da música sinfônica promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, a partir da realização dos projetos Concertos no Parque, Concertos Comentados, Sinfônica ao Meio-Dia, Sinfônica em Concerto, além de integrar as temporadas de óperas realizadas pela FCS. Mantém permanente aprimoramento da sua performance executando repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, além de grandes sucessos da música popular. Seu atual regente titular é Silvio Viegas e André Brant ocupa a função de regente assistente.

CORAL LÍRICO DE MINAS GERAIS – Criado em 1979, o Coral Lírico de Minas Gerais recebeu o título de Patrimônio Histórico e Cultural do Estado em janeiro de 2019. Interpreta repertório diversificado, incluindo motetos, óperas, oratórios e concertos sinfônico-corais. Além de integrar as temporadas de óperas da FCS, participa das séries Lírico ao Meio-dia, Lírico em Concerto, Lírico Sacro e Sarau Lírico. O Coral Lírico de Minas Gerais teve como regentes os maestros Luiz Aguiar, Marcos Thadeu Miranda Gomes, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Ângela Pinto Coelho, Eliane Fajioli, Silvio Viegas, Charles Roussin, Afrânio Lacerda, Márcio Miranda Pontes e Lincoln Andrade, sendo Lara Tanaka sua atual regente.

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.  A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

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