“A FLAUTA MÁGICA” ESTREIA NO PALÁCIO DAS ARTES

Clássico de Mozart faz sua primeira noite da curta temporada em Belo Horizonte

Foi com o Palácio das Artes lotado que A Flauta Mágica, obra prima do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart, estreou sua curtíssima temporada em Belo Horizonte. A obra fica em cartaz até este domingo, dia 25, às 18h. A próxima apresentação da Ópera acontece neste sábado, dia 24, às 20h. Os ingressos custam R$60 (inteira) e R$30 (meia-entrada) e podem ser adquiridos no site da Eventim. A correalização do evento é da APPA – Arte e Cultura, e tem classificação livre.

Na noite de estreia, a Ópera começou as 20h11, tendo seu intervalo as 21h43 e se encerrando as 22h20, sendo aplaudida de pé, de forma reverenciada por toda a plateia. Foi uma apresentação impecável. Toda sua execução foi feita de forma acústica, sem utilizar nenhuma forma de ampliação sonora, o que deixa clara a boa condição acústica do Teatro.

Com um público predominantemente jovem, talvez devido às muitas releituras, adaptações e montagens de trechos, passagens e personagens da Ópera para cinema, livros, teatro e até desenho animado, A Flauta Mágica já se consolida como um grande sucesso nessa montagem, que traz em seu elenco solistas convidados ao lado da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, o Coral Lírico de Minas Gerais e o Grupo de Dança do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart), que integram o corpo artístico da Fundação Clóvis Salgado. 

Entre o público, ao perguntar aleatoriamente sobre a apresentação, percebeu-se a grande presença de músicos, quando Breno Rodrigo Bartolomeu, de 18 anos de idade, pianista da Fundação Clóvis Salgado, destacou que a “montagem fez uma leitura nova, atual, moderna, de um clássico da ópera mundial. Foi uma montagem que conseguiu destacar as sutilezas de A Flauta é Mágica, dando leveza para toda história e seus personagens”. Para Marina Batista Diniz, clarinetista, “a beleza das projeções e do cenário, algo diferente, que foge à forma tradicional das montagens das grandes óperas, apresentando um espetáculo bonito e moderno, foi um grande diferencial e surpreendeu, positivamente. Adorei!”.  

A Flauta Mágica é a quarta direção de Carla Camurati para montagem da Fundação Clóvis Salgado. Carla assinou as encenações de “Tosca”, de Puccini, em 2012; “O Barbeiro de Sevilha”, de Rossini, em 2003; e “La Serva Padrona”, de Pergolesi, sob a regência do maestro Sérgio Magnani, em 1997. 

A realização do evento é da Fundação Clóvis Salgado. A apresentação é da Unimed-BH, do Instituto Unimed-BH e do Instituto Cultural Vale. O patrocínio master é da Cemig, ArcelorMittal, AngloGold Ashanti e Usiminas. O apoio é da Rede Minas e da Rádio Inconfidência. A correalização é da APPA – Arte e Cultura. A produção é da Vlaanderen Produções Culturais.

O espetáculo

A Ópera A Flauta Mágica, além da direção e concepção cênica da cineasta, roteirista e produtora cultural Carla Camurati, conta com a concepção musical e regência do maestro titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG), Silvio Viegas. 

Excêntrica e banhada por uma narrativa mística, construída a partir do libreto alemão de Emanuel Schikaneder, A Flauta Mágica é considerada uma das obras primas de Mozart. Com estreia em Viena (1791), a montagem segue prestigiosa mais de duzentos anos após sua primeira apresentação.

A ópera acompanha a trajetória do príncipe Tamino que, com o auxílio de sua flauta mágica, enfrenta desafios na tentativa de salvar a princesa Pamina, filha da Rainha da Noite, mantida prisioneira por Sarastro. Na narrativa, os conceitos de liberdade, igualdade e fraternidade – motes da Revolução Francesa – transparecem em diversas passagens, se entrelaçando em alegorias baseadas no Iluminismo. Em sua montagem inédita, A Flauta Mágica é construída de forma íntima e potente, valorizando o clima mágico, prazeroso e filosófico desse espetáculo secular.

Integram o elenco, ao lado da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, do Coral Lírico de Minas Gerais e do Grupo de Dança do Centro de Formação Artística e Tecnológica, Sávio Sperandio (Sarastro), Daiana Melo (Rainha da Noite), Aníbal Mancini (Tamino), Camila Titinger (Pamina), Melina Peixoto (Pamina e Papagena), Fellipe Oliveira (Papageno), Sylvia Klein (Dama), Fabíola Protzner (Dama), Aline Lobão (Dama), Geilson Santos (Monostatos), Lucas Damasceno (Sacerdote), Pedro Vianna (Sacerdote), Alicia Beatriz Corrêa Maciel (Gênio), Marcela Alves de Souza Bento (Gênio), Isabela Rangel Motta Rocha Figueira (Gênio). 

O responsável pela criação do cenário é Renato Theobaldo, que leva para o teatro toda a imponência de uma floresta lúdica e encantadora. Quem cuida da iluminação é Fábio Retti, e os figurinos são assinados por Sayonara Lopes.

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